Poemas : 

Naquela manhã

 
 
Não me lembro qual foi a manhã,
Se estava ensolarada ou chuvosa,
Animada, radiante ou preguiçosa,
Entre idas e vindas, foi naquela manhã

Não me lembro qual foi a manhã,
Em que vi minha vida repentinamente mudar
Desde então, naqueles olhos não consigo parar de pensar,
Entre idas e vindas, foi naquela manhã

Não me lembro qual foi a manhã,
Com aquele olhar, misterioso e profundo
Ele me fitou de modo estranho, mas oriundo
Entre idas e vindas, foi naquele manhã

Não me lembro qual foi a manhã,
Apenas me envolvi e me deixei levar
Se pudesse voltar ao tempo, tentaria não me apaixonar
Entre idas e vindas, foi naquela manhã

Não me lembro qual foi a manhã,
Me perdi quando encontrei um par de Jade,
Intenso e envolvente, era aquele olhar de sublimidade
Ah! Entre idas e vindas, foi naquela manhã.

 
Autor
AndradeTamires
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/12/2021 15:19  Atualizado: 14/12/2021 15:20
 Um estranho encontro






B.S.







Há dias em que cada pessoa que encontro, e, ainda mais,
as pessoas habituais do meu convívio forçado e quotidiano,
assumem aspectos de símbolos, e, ou isolados ou ligando-se,
formam uma escrita profética ou oculta, descritiva em sombras da minha vida. O escritório torna-se-me uma página
com palavras de gente; a rua é um livro; as palavras trocadas
com os usuais, os desabituais que encontro, são dizeres para
que me falta o dicionário mas não de todo o entendimento.
Falam, exprimem, porém não é de si que falam, nem a si que
exprimem; são palavras, disse, e não mostram, deixam transparecer. Mas, na minha visão crepuscular, só vagamente
distingo o que essas vidraças súbitas, reveladas na superfície
das coisas, admitem do interior que velam e revelam. Entendo sem conhecimento, como um cego a quem falem de
cores.