Uivos de fogo derramam relâmpagos sobre o rio amarrado às margens. Os instantes de luz ferem os ponteiros da cidade engolida no espanto da sombra. Dói o rosto da noite a estremecer desde o ventre da terra. O silêncio é vertigem onde a morte sem nome se acomoda. Nas palavras confundem-se abrigos e tumultos de viagens derradeiras. A casa o caos. Mapas de limbos na permanência dos dias ou voos extasiados no orvalho dos olhos.