A FORÇA DOS EUFEMISMOS

Olá, Gabriela. Primeiramente agradecer por sua leitura e por sua interação. Filosoficamente podemos pensar o paraíso como a ordem e o inferno sendo a desordem. Tomando partido disto, temos em mãos ferramentas conscientes para a correção do itinerário. O que não significa facilidade de maneira alguma. É preciso ter claro na mente um ideal humano, com suas virtudes plenas, para persegui-lo e tentar aproximar-se o máximo possível através da imitação (mimese). O cristão, por exemplo, tem em Jesus o modelo completo. Mas há outros tantos homens e mulheres grandiosos na história que atingiram um nível altíssimo nas atividades que propuseram-se a fazer. Muitas das vezes não é preciso olhar tão distante, há tantos bons exemplos próximos a nós. De resto, é moldar a vida em busca desse objetivo desde as menores ações. Eis o que acredito e procuro praticar em minha vida. Novamente, obrigado de coração. Um abraço!

Eu preciso começar agradecendo de coração o tempo dispensado à leitura, e, também, pelo generoso comentário. É sempre uma imensa motivação ter feedback's como este, significa que todo o empenho nos estudos e na prática tem valido a pena.

A crônica é um gênero muito saboroso por ter um caráter informal, lembrar de fato uma troca de ideias sem maiores pretensões (propício ao gingado brasileiro), o que nos permite ir experimentando alguma coisa com relação ao estilo aqui e acolá. Esse gênero possibilita-nos a adequação da voz do eu-lírico nessa busca constante de todo e qualquer escritor que é o poder de síntese: ser o mais simples possível (ser simples e jamais simplista).

Desde Machado de Assis, lá pelos idos do século XIX, o tema em si (o enquadramento histórico, como bem disse) tornou-se um mero pretexto para o cronista - diferente do que era pro folhetinista - importando, de fato, o trato com as questões humanas universais (vale para a arte em geral). E é esse o almejado, o ansiado por mim.

E, para finalizar (já me estendi o suficiente) o brasileiro ainda nasce católico, tal qual o português. Nossos laços de parentescos são evidentes, de modo que, para conhecermo-nos, temos de conhecê-los mais profundamente porque está aí muito da nossa origem.

Novamente, agradeço imensamente essa interação. Meu muito obrigado!