Todos os dias têm sido tão santos
Ingénuos do teu toque de cetim
Alimento de corpos sem mais fim
Gemidos não contidos pelos mantos
O vizinho já nos sabe em tais prantos
O nosso amor transborda assim enfim
Teu suor brota o cheiro de alecrim
Vou e volto do céu com os teus encantos
Este auge mais feliz que a mim me entrega
Os teus lábios traçados no Olimpo
Fluidez de um afeto que em nós rega
Do passado a sofrer agora eu limpo
Lágrimas hoje alegres que em ti prega
A habilidade de te ter com grimpo
Dornelas, Mini-mesa
António Botelho