Poemas : 

Entre a raiz e o céu

 


Moves-te entre sopros de tempo
e frases suspensas
às vezes distraído com mil ruídos
num compasso de incerteza
e desassossego.


Caminhas entre a raiz e o céu
seiva invisível entre as margens
do que és
e do que te sonhas.


Respiras a memória dos retratos
vidro líquido
lume aceso em lareira de sílabas
para que o verbo se desfaça
e volte a ser semente.


E eu
guardiã de murmúrios
esperarei por ti
com um espaço guardado no tempo


como quem bebe um silêncio morno
ao fim do dia.











 
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idália
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