Poemas : 

A brincadeira

 




Brinca comigo à procura
dos anjos que vagueiam
pela noite. De tão pequena
sorte e grande vontade.
Os Velhos. Velhos lobos.
Esculpidos pelo tempo.


Zita Viegas















 
Autor
atizviegas68
 
Texto
Data
Leituras
45
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
1
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
namastibet
Publicado: 26/06/2025 15:59  Atualizado: 26/06/2025 17:23
Novo Membro
Usuário desde: 26/06/2025
Localidade:
Mensagens: 2
 Trincadeira (Inda)




Inda



Inda Trinco mais que escrevo,
Dou-me pla garganta, antes fosse mudo, pato negro.
Embora padeça, entrego d’fact’o maço pla mão,

É a anca, tendo menos quadril quanto o que digo, eu senil "trincadeiro", grego.
É falso e cruel meu objeto sonhado, atuo descalço, nu Acordo e estremunhado.

Sonho Sonhos rasos de soldado, sem esforço de caça fresca escassa
E aos pouco perco benefícios de galgo cruel, sou em louça
Pra quem julga que aboco algo sangrento e o fel-fogo de santelmo.

Dar é morrer por dentro e cada textura que dou me trama,
Eu-me-morro, como em pleno ato sexual um pouco
E em cada poção de cio também, me nego

Numa frase bora banal e gasta,
Bora igual ao que alguém já disse, por seu turno e
Todavia mais brilhante que minha valente virilha de Recluso, amante de uma onça.

-Ao que me leva o ciúme, mentira “Mentira seja tinta”.

Desconfio das estrelas que não têm conjunção.

Ainda brinco quando escrevo numa brincadeira
De gato morno e em fogo manso, diapasão de Bach
Bocejo de morte, Arcanjo David, feiticeira.

Como se Trincadeira fosse casta de vide.