Eu e meus demônios nos refugiamos no espelho
Da superfície d'agua de um mar revolto
No qual não sei se existo...
Ou se insisto..
Esse meu coração duro para as rosas
E frágil para as pedras...
Minhas vértebras presas e meu peito sufocado
Meus versos sem rimas num tom desesperado
Um interno juiz a sentenciar: “meu caminhar é errado”
O vento leva as folhas
mas não a angústia...
O tempo a escorrer
sempre em linha reta
Minha alma:
sempre dúbia...
Apostas perdidas e chances desperdiçadas
Versos sanguinários
Feridas silenciadas
Tracejadas
Nessas linhas escondidas...