Poemas : 

Quando Penélope Dorme

 
Não fui eu quem cavou as veias,
mas sangro por todas elas.
Não pedi os nomes,
e mesmo assim, levo cada um na carne.
Resíduos de língua,
mordida antes do grito.

Ando com as pernas de quem veio antes
e tropeço nas histórias que esqueceram de contar.

Não me prometam alívio,
não quero pano limpo,
quero o lodo que sustenta a raiz.

Barro
Febre
Ruído entre partida e destino.

Tece teu esquecimento, Penélope...
Eu costuro cicatriz.


 
Autor
Aline Lima
 
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Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 24/07/2025 19:41  Atualizado: 24/07/2025 19:41
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Usuário desde: 14/04/2015
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 Re: Quando Penélope Dorme
Olá, Aline Lima

Se o mundo cala ou se desfia
A poesia se levanta
E faz do fim a melodia
Com a beleza que encanta!

De rara beleza. Um hino á poesia!

Abraço