Poemas : 

Até Onde Vamos ?

 
Até onde vamos por aqueles a quem amamos ?
Até onde você iria por amor aos seus ?
Você iria ao inferno,
dançaria com o diabo ?
Confessaria os seus pecados, encarando a face de Deus ?
Iria além do que os olhos podem ver ?
Acreditaria sem duvidar quando sentisse
na alma o que a razão não ousa saber ?
Enfrentaria os seus temores ? Desprezaria os seus pudores ?
Salvaria o mundo ou o faria queimar ?
Arriscaria a sua vida ou ousaria viver ?
Mataria ou morreria sem se arrepender ?
Por amor acreditamos ir mais longe que o distante,
eternizamos um mero instante , fazemos crível a fantasia,
realizamos o impossível de tudo poder.

 
Autor
Aline Lima
 
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Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 06/03/2023 10:41  Atualizado: 06/03/2023 10:41
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 Re: Até Onde Já Fui?
Adorei seu poema. Claro não se trata de um questionário a ser respondido, mas faço-me de desentendido e respondo apenas uma delas: dançar com o diabo? Ah, sim... e fui eu que o tirei para dançar! Tudo de bom e ruim (por sina parece que mais deste) que me aconteceu foi feito por agir em nome do amor.
Noutra vez fiz um poema sobre o que fiz por amor, que tomo a liberdade de reproduzir aqui em homenagem ao teu, com minhas homenagens e minhas saudações.

Ah vida, o que não fiz por amor
Janelas abertas, mundo fechado
Versos avessos, verbos errados
Buscas concretas, edifícios virtuais
Ruas sujas e caminhares descalços
Absolvição silente ao pé do cadafalso
Por amor, eu me fiz em verdade
Sofri, calei, berrei sempre sem rima
O ser que fala, aspira ao dom de criar
Perfaz do sacrifício em seu desejo
O agridoce sabor do desconhecido
Meu próprio sabor de ter existido
Por amor vivi, morri, sangrei, sorri
Sonhei sonhos leves, sonhei pesadelos
Briguei co’a escuridão na paz da luz
Ao pé dos ipês, ouvi o bem-te-vi
Quis ser o céu azul, o sol, o sal, o cio
Ao ver a revoada das andorinhas
Sem medo me lancei em ti, vida
Nas águas, nas marés, na chuva
Fui incompreendido, obra inacabada
Por amor, fui pai e, assim, o filho
O poeta (o homem) é apenas sopro
O futuro é o hoje, o oblívio da morte
Diga-me o que resta fazer por amor?

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