Não te mostres inteiro.
Quero o escuro que te move.
Há uma ferida de luz sob a tua pele,
um cansaço de eternidade no gesto.
Encosta-te em mim
como quem refaz o cerco.
Deixa que o ar se incline
e aprenda o teu fôlego.
Não há salvação no que pedes,
mas há febre.
E nela, um templo.
Quando te bebo,
o tempo esquece o corpo.
O chão respira.
Tudo arde,
e o ardor é quieto.