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Benjamin Pó | Publicado: 14/08/2025 21:52 Atualizado: 14/08/2025 21:53 |
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O título é um achado, pela sonoridade e pelo ponto de partida para o poema, que o aproveita tão bem para falar do que (e de quem) nos prende e de que não nos conseguimos soltar. À sensação de encarceramento interior sucede-se a fuga, desamparada e sem orientação, mas inevitável, obedecendo ao impulso da sobrevivência. Pode parecer despropositado, mas lembrei-me do filme "O silèncio dos inocentes", em que a detetive Clarice conta a Hannibal "the cannibal", como, depois da morte do seu pai, vivendo em casa de familiares, escutava os balidos dos cordeiros, que a desesperavam. Tentou salvá-los, abrindo as portas do estábulo, mas eles não saíam. Então agarrou em apenas um deles e fugiu, sentindo que se salvasse apenas um... E o seu discurso fica suspenso, como nós, ao terminarmos de ler o poema de Beatrix. |