Tens
o ar de solo
que suspiro e respiro
em que me deito
e consolo.
Tens
também
o fogo da água
em que fervo
e me dissolvo.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.