Poemas : 

Dióxido

 
Tens
o ar de solo

que suspiro e respiro

em que me deito
e consolo.

Tens
também

o fogo da água

em que fervo
e me dissolvo.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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