Eretas erguem-se as muralhas
Penetrando o céu azul
Sabendo que fecundam o verão
Sempre mais e mais a sul
Têm a brisa da canícula
Envolvendo as suas espáduas
De pedra e, contudo, gastas
Da força orgásmica das águas
Também elas se derramam
Sobre as sombras sossegadas
Num amor de tantos anos
Num amor feito de vagas
Felisbela Baião