Poemas : 

abjuro

 
Recuso-te com toda a minha força,
acelero até ao infinito
do
querer que não quero

estou convicto
desta minha convicção.

Renego-te com todas as ganas,
tão enganado que estive,
sou
quem vive da negação

e abraço este meu fado
das coisas mundanas.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
Data
Leituras
33
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
0
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.