Recuso-te com toda a minha força,
acelero até ao infinito
do
querer que não quero
estou convicto
desta minha convicção.
Renego-te com todas as ganas,
tão enganado que estive,
sou
quem vive da negação
e abraço este meu fado
das coisas mundanas.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.