Vou neste caminho, triste e sozinho,
sem saber da vida o certo destino;
vagueio nas sombras, sem ter um abrigo,
perdido na dor de um amor tão ferino.
Na estrada da alma só resta o espinho,
e a esperança se esconde em desatino;
meu peito cansado já perde o sentido,
na luta sem fé, tão duro e contino.
Se a vida é castigo, pesada cruz,
que ao homem conduz ao fundo do mar,
eu clamo dos céus um raio de luz,
um sopro divino a me confortar.
E se nada resta senão tua voz,
que Deus me salve e viva em mim por nós.
C.H.A.F.