A janela de oportunidade
estava numa casa sem dono,
lar rarefeito,
iluminava
ao sol
um quarto escuro, quase vazio;
quem a aproveitava
ficava oportuno, pleno, uno.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.