Poemas : 

O parir dos cravos

 
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A roseira
em frente ao muro
fazia uma sombra ligeira

leve, tão leve
como o perfume
a lume
e a futuro.

Os seus espinhos, agudos,
paramentavam coroas,
anzolavam o cardume,

em contas de multiplicar
feitas num rosário
dum terço
e meio…

O milagre da palavra nasceu.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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