Sonetos : 

AO CREPÚSCULO

 



Mais uma tarde, que cai por sobre o rio.
As árvores estão estranhamente calmas.
E dos pássaros não se ouve um leve pio,
Nem sequer há aqui quaisquer vivalmas.

Para onde foram todos, na tarde sombria,
Que secaram as águas e os barcos sumiram,
Deixando-nos a perguntar porque finda o dia,
Quando todos já há muito o previram?

As andorinhas já regressaram ao seu ninho.
Os gatos preparam-se para mais uma noite.
E os estores fecham-se devagarinho,

Para não incomodar as gentes que passam.
Mas não é gente, o que vemos na pernoite,
Antes os fantasmas, que nos enlaçam.

Jorge Humberto
12/03/07

 
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jorgehumberto
 
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