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A balança

 
A balança
 
Eu consigo me resumir ao ponto mais ínfimo da existência
Ser lixo bem acalcado para não ocupar espaço
Consigo ser dor em cada centímetro de meu corpo
Ser corda ao pescoço, lâmina nos pulsos

Tu consegues me expandir, me fazer infindo, além de um ponto
Sabes ir buscar ao lixo a minha vida amarrotada e clamá-la
Consegues ser amor em cada milímetro da minha alma
Ser apoio e alegria, escova nos cabelos, carinho no rosto

O meu maior desgosto é este meio termo, é este não ser nada
É este estar, este ficar sentado olhando uma balança equilibrada
É ver-te sentada num prato e eu no outro esperando
Que em algum momento de desequilibro te precipites me amando
 
Autor
TrabisDeMentia
 
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Enviado por Tópico
Chou
Publicado: 12/02/2017 21:59  Atualizado: 12/02/2017 21:59
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 Re: A balança
Nos extremos dos iguais o inimaginável traz equilíbrio e perfeição.