Luso-Poemas
 
Sonetos : 

A FLOR DA MANHÃ

 



Cortaram pela haste a flor da manhã,
Secou o orvalho e o gosto a hortelã,
Que emanava da terra o seu fragor,
Ficando só o jardim em súbito torpor.

O sol desapareceu a meio à chuva
E as vinhas em ira não deram uva.
Pobre agricultor que fica sem pão,
Porque a horta já não cresce do chão.

Ante a afronta a natureza se rebelou,
Não mais os braços nem o nervo,
Da pobre gente que jazendo se calou.

Quem foi que aqui cometeu tal crime,
Da natureza o seu ilustre acervo,
Vem homem, quem foi, dime, dime?

Jorge Humberto
16/06/07





 
Autor
jorgehumberto
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1042
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
2 pontos
2
0
0
Recentes
PEQUENO POEMA DE UM NASCER DE SOL
DESLINDAR A VIDA DO SONHO
HOTEL CALIFORNIA
E… O QUE FICOU?
AINDA ESPERO UMA PALAVRA TUA
Aleatórios
AMAR… AMA QUEM PODE
NAMORANDO COM A NATUREZA
ACÇÃO E REACÇÃO
ENLEVO
NOITE DE MEUS SONHOS
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 16/06/2007 22:19  Atualizado: 16/06/2007 22:19
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: A FLOR DA MANHÃ
Mais um soneto brilhante.
Gosto imenso da tua escrita.

Beijinhos

Enviado por Tópico
Manuela Fonseca
Publicado: 16/06/2007 23:43  Atualizado: 16/06/2007 23:43
Colaborador
Usuário desde: 13/06/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 885
 Re: A FLOR DA MANHÃ
Poesia da mais pura!
Gosto!

Beijinhos
Nela

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre