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Poemas, frases e mensagens de agniceu

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de agniceu

Faguices

 
Faguices
 
 
Olho
Agora
Para o aquário
Vazio
Não deixa de ser bonito…

Mas, o que sinto
Sãos a recordações tuas
Do teu entusiasmo
Do primeiro peixinho
Da “tata tuga” como dizias na altura …
Das nossas peripécias
Com a limpeza e alimentação das criaturas

O que recordo á volta do aquário,
Sãos teus sorrisos e as tuas lagrimas,
E a nossa história a dois …

Talvez os lugares de antigamente, envelhecem e morrem da mesma maneira que a gente, apesar da imortalidade dos sentimentos verdadeiros… o importante é não desperdiçar a riqueza dos momentos e do tempo certo deles …
 
Faguices

Lutadores

 
 
Os heróis de bicos de pés
Alcançam o céu para nós

Cabe também a nós
Azular os seus passos
 
Lutadores

A moradia mais bonita é o teu coração…

 
A moradia mais bonita é o teu coração…
 
Moras cá dentro
Feito sentimento
Doseando a pressa das horas
E os rumores do reencontro ….
Jurado no latejo dos olhos …
Na inevitabilidade
Dos pontos cardeais
Dispersos
No desassossego
Irrequieto …
Dos passos

Porem,

Há uma força contida na veia mais fina
No suspiro maior
Soprando o teu nome
Numa nortada de amor
Que não arrefece
O núcleo
Dos sonhos
Castrados
Pela distancia dos
Nossos braços
Pelos traços
Molhados de dor…
 
A moradia mais bonita é o teu coração…

Há um firmamento no teu olhar …mapeando o velejar do meu coração … Há um firmamento no teu coração …mapeando o velejar do meu olhar …

 
 Há um firmamento no teu olhar …mapeando o velejar do meu coração … Há um firmamento no teu coração …mapeando o velejar do meu olhar …
 
 
Poderia escolher um milhão de estrelas,
Semeadas por Deus no céu
Para me guiar na emoção …
Mas escolho a luz do teu coração
Para atravessar a escuridão
Da solidão,
Dos passos leigos
Feridos pelo chão molhado …

Escolho a esperança do teu amor
Por mais incerto que seja
Por mais encoberto que esteja o olhar,
Escolho olhar-te,
Despido de peito …

Por mais perto que esteja o clarão de um outro amor,
Escolho fugir para longe, mais perto da dor e da tua incompreensão …

Escolho – te
Pois só há
Uma escolha …

Amar-te!
Amar-te!
Amar-te!

E se um dia,
Deixar de te amar,
É por que morri de alma e de carne …
 
 Há um firmamento no teu olhar …mapeando o velejar do meu coração … Há um firmamento no teu coração …mapeando o velejar do meu olhar …

Escuta, linda flor ,com genes de Lisboa ...

 
Escuta, linda flor ,com genes de Lisboa ...
 
 
Escuta, linda flor ,com genes de Lisboa ...

A marulhada da alma

 
A marulhada da alma
 
 
oiço os passos da chuva

correndo



a madrugada chegou tão

rápido

ao canto dos olhos
 
A marulhada da alma

Depois do teu adeus …o mundo virou as costas ao sol …

 
 
O acenar das tuas mãos
Lembram,
Fósforos queimando
Na magreza dos minutos…
O emadeirado dos seus corpos…

E quando parar a imolação da sua luz,
Será o fim do sossego do escuro

Então os olhos se rasgarão dos teus
Deixando a tua imagem intacta
Como tatuagem da alma
Imortalizada no infinito do íntimo

Uma espécie de oásis largado para trás
No começo do deserto…
No início suicida do resto
Que ficou …
 
Depois do teu adeus …o mundo virou as costas ao sol …

Se eu pudesse afinava tuas assas só para regressares… salva das tempestades…

 
 
os amores do século passado
já não podem sentir
o aperto de um abraço
a culpa é de um desgraçado
despassarinhado que te prometeu
levar ao céu e apenas te deixou
uma
pena
ao teu lado

[sinto que os meus erros
foram pesos nos teus ombros
e as promessas
flechas arremessadas por um cupido
imperito ]

e agora …?

a reviravolta
está na dança
da tua anca
ou viraste para trás
ou segues em frente
rodopiando
caminho
com os teus lindos passos ….

…mas não percas a lava do peito
nem esse jeito
de espiritar o melhor
dos nossos atos

o que fazes… fazes bem
basta ajustar o sossego ao olhar
e verás a solução
de um coração
tão golpeado

...acredito que um sorriso te acompanhará…
 
Se eu pudesse afinava tuas assas só para regressares… salva das tempestades…

Papagaio-do-mar repete tantas vezes rio para se tornar doce para um amor que corre por um fio …

 
 
em tua direção
meu coração
chega ao teu lado
antes do peito

até os recados recatados
não passam dos lábios fechados
nem conseguem ser respingo
na curva do teu ouvido

por vezes junto letras às tuas letras
para que a dança dos ecos
perfume os silêncios

de vez enquanto
finjo ser folha

no teu jardim

no teu poema

no rascunho
do supermercado

e como seria bom!

ser tocado pela magia
dos teus traços …

ser tatuado por um vocábulo
nascido dos teus lindos dedos

ser pisado
pela leveza dos teus passos
 
Papagaio-do-mar repete tantas vezes rio para se tornar doce para um amor que corre por um fio …

Meu mano indo …

 
Meu mano indo …
 
 
seguia o trajeto dos pássaros
fazia de conta que tinha asas nos braços
lascava as pernas
naquelas terras
de searas velhas

naquela planície
[fora da gaiola]
sentia-se ave
com pernas altas
á solta
procurando
limpar
tristezas
sem sujar a roupa

um herói
que fez
dos tombos
regressos
tatuados
de sangue posto
sorrindo
ainda
com pedaços
de terra
nos bolsos
dos calções


um dia
não chegou a tempo
do lanche
nem do jantar
nunca mais chegou
para nos abraçar

meu mano…
o herói
que mudou
o peito
de lugar
sem levar
o coração
 
Meu mano indo …

Vou-te amar até à ultima gota de luz …

 
Vou-te amar até à ultima gota de luz …
 
Procura-se o vinculo mais forte, no céu mais estrelado,
Procura-se o regadio da lágrima mais pesada …
Mas a resposta recostei no profundo da alma …
Com a promessa de te amar …
No eterno lugar onde o tempo não tem espaço …

Poema dedicado a todas as mães que se tornaram estrelas antes de serem avós …

Poema dedicado a todas as filhas que ficaram com o coração amputado, antes de serem mulheres…
 
Vou-te amar até à ultima gota de luz …

Faz nos tão bem… escrever sobre o coração com o coração

 
Faz nos tão bem… escrever sobre o coração com o coração
 
 
os únicos espelhos

que espelham o real espectro da alma

sem inverterem a imagem das palavras [por desenhar] ….

são os olhos



e como é imperdível

o seu confronto

com olhar do ser amado



aqueles sorrisos

sem lábios !



aquele brilho

sem o céu estrelado !



como é possível

nascer daqueles rostos,

o mais preciosos piscares de sonhos



e as vezes

num simples restolho do rostolho

nasce um fio de mar



e quando o mar

se confunde com o céu

naquele silêncio doce

o abraço precoce sucede

sem grandes trabalhos

[é assim a mãe e um filho

quando entram em casa

carregados de saudades]
 
Faz nos tão bem… escrever sobre o coração com o coração

Iria sempre á Cova da Iria

 
Iria sempre á Cova da Iria
 
 
Um peregrino
Segue o caminho
Que o leva
Ao coração

O peregrino não tem um tamanho definido
Apenas uma sede de infinito
Que se sacia
Assim que se chega
Aos pés de Maria

No outro dia
Seguimos o trilho
Tão pisado

Seguimos a concha raiando um sol
Para a gradecer o milagre das rosas

O milagre das rosas

A mãe
Do oco tronco à rama frouxa
Fez nascer um botão de vida

Da ferida dos espinhos
Fez nascer a beleza mais bonita

Aquela criança
Com um sorriso nos olhos
Que nos faz nascer
Em toda a parte
 
Iria sempre á Cova da Iria

Os silêncios dos teus vocábulos mudaram as cores das ruas

 
 
o peito afunda
a sede
de acreditar
que o amanhã
vai mudar

a esperança verde
ganha
a cor da espiga
antes de ser fendida

os olhos viram
lagos
copiando
os raios
do nosso astro
chorando a lua

tudo isto ... só porque desististe
do nosso abraço

do afago
dos nossos
gestos

tudo isto... porque o teu mundo
virou mudo
e as palavras caíram descalças
no asfalto
no itinerário
dos lábios
 
Os silêncios dos teus vocábulos mudaram as cores das ruas

Estatuetas feitas de letras

 
Estatuetas feitas de letras
 
Os poemas são estátuas,
Lembram-nos os feitos da alma
De qualquer poeta...
Seja poeta menino
Ou velhinho
O que importa é sua obra
E a indiscutível forma de obrar o íntimo.

Há quem “ moluge ” as palavras à realidade presente,
Quente dos instantes …

Outros insistem em trazer consigo, um passado distante,
Colhendo saudades…

Mas todos,
Todos aromam os sonhos
Escrevendo as imagens das suas falas…
Numa janela voltada para o mundo …para a arte …
 
Estatuetas feitas de letras

Não sei amar

 
 
o problema
nunca foi teu…

nunca foi o teu colo
nem o baloiçar dos teus braços

nunca foi a direção dos teus passos
nem mesmo os estilhaços de afeto
que chegavam do teu coração

o problema foi meu
sempre te vi lá em cima
brilhando mais que as estrelas

sempre te vi a árvore
alta
resistindo às tempestades
de uma beleza ímpar
capaz de servir de abrigo
aos anjos mais vulnerados
enraizando
os olhos
os solos
os sonhos
de tanta gente …

como poderia ser jardineiro do teu canteiro ?
podar as cicatrizes dos teus ramos ?
regar-te com gotas de céu ?
se apenas sei imitar o mar
e apenas trago uma chave de sal
impossível de destrancar o cadeado do peito teu …
 
Não sei amar

Ensaios de liberdade

 
Ensaios de liberdade
 
 
guardo
nos ombros
tuas asas …

deformadas
feridas
ensopadas
decorosas

confesso
que não as sei usar ...

não pesam
mas choram as tuas mãos
assim que ondulam
o azul sem chão

para fazer do céu um verdadeiro par
terei de aprender o bailado
dos teus braços
reconhecer
o mau humor do vento
descobrir a sinceridade nas estrelas
assim que a noite silenciar a lua
entre o eclipse da saudade
 
Ensaios de liberdade

Depois da dor o amor ...

 
Depois da dor o amor ...
 
 
perto do fim da jornada …

o coração pesa toneladas

guarda o melhor de ti

guarda os teus sorrisos

as tuas falas

guarda a tua alma



em cada minuto que passa

existe uma saudade nova

que chega

trazendo a novidade atrasada

[meu amor por ti é bem maior que há uma hora ]



mas sei que não posso

apressar a saudade de te chegar

tenho que desfardar

todas as mágoas,

todos os adeuses,

todos os espinhos sem rosas …

para te proteger

para te amar
 
Depois da dor o amor ...

... que perdure no tempo

 
 
tantas vezes duvidei da força
das nossas ilusões
perdi a conta
as vezes que tapei a boca do coração
com a razão
mas ele acabava por falar através das lágrimas de saudade
mareadas nos olhos que te abraçaram
no primeiro dia
que o reflexo teu
me iluminou

pensei que o tempo apaga-se o rasto da nossa história
sabendo que é violento escrever fim ainda no prólogo do sonho

pensei que a distância
dos nossos corpos …
a ausência das âncoras
dos nossos braços
fossem suficientes
para extinguir a vontade de amar-te
mas foi em vão
o coração em alma
arde no gelo
ferve no silêncio
e não esquece o desfiladeiro do bescoço
a carícia ensaiada na costa dos ombros
o salpico de som no ouvido torneado

sem falar das promessas sinceras
de puro amor
serenadas no coração
[de certa forma
foram sementes
molhadas
em terra fértil
independente das secas
ou das tempestades]

talvez o destino de um amor assim
ancorado no cais
possa um dia
enfrentar o mar dos nossos lábios
e encontre um beijo
seguido
de um sim …
 
... que perdure no tempo

Quando voltar ser semente no céu… quero ver-te a iluminar os lugares da terra com esse sorriso lindo de um filho herói …

 
Quando voltar ser semente no céu… quero ver-te a iluminar os lugares da terra com esse sorriso lindo de um filho herói …
 
 
ensinas
um pequeno coração
como o meu
a guardar
tanto amor
para dar [te]

sabes …

troco o lugar
mais belo e prefeito
do mundo
[se permanecer sozinho]
por qualquer outro lugar
onde possa estar contigo

sei que um dia
não vou cá estar

deixarei marcas pela casa…

as fotos emolduradas
com os melhores momentos
de um filho que será pai
e de um pai que será velhinho

deixarei
aqueles sentimentos
parados pela imagem
que soldamos todos os dias
com um aperto
de um abraço
e um sorriso
bradado nos lábios

deixarei
no teu coração
um espaço grande
para amares
como um dia
um pai
amou um filho
 
Quando voltar ser semente no céu… quero ver-te a iluminar os lugares da terra com esse sorriso lindo de um filho herói …

“Acredito que o céu pode ser realidade, mas levarei flores para o pai - Erotides ”