Poemas, frases e mensagens de marcusmatraga

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de marcusmatraga

bêbados

 
Já não temos mais na noite
os bêbados de antigamente
inconvenientes a desafiar,
raivosos e falastrões,
ao coro dos contentes.
Para onde foram eles?
Bêbados que paravam o trânsito do bar,
que vociferavam e que aos brados
chamavam a atenção de todos
para a sua desconformidade
para com essa triste ordem das coisas.
Ordem injusta e opressora,
que nos inclui, sonâmbulos e dóceis,
a qual aceitamos e fingimos não ver,
enquanto dormentes,tomamos um trago
nas mesas ou no balcão .
Hoje pululam pelos bares
os bêbados mansos,
solitários ou não,
silenciosos que sempre sofrem calados,
e que culpados,
afogam no álcool as mágoas
mas não perturbam a ninguém.
Positivamente, ai que saudades
do burburinho e do seu alarido estridente,
mas hoje já não se fazem mais bêbados
como aqueles de antigamente.
 
bêbados

Carta de homem de Peixes para mulher de Leão

 
Não acredites no que dizem de mim
que sou sonhador, que deslizo nas águas
que sou pouco prático, fraco e indeciso
talvez um pouco exótico, um tanto romântico
mas nada tanto assim, que de perto
ninguém é normal e, ademais,
de ti, também falam mal.
Que és rainha despótica, exigente
e enxergas tudo pela sua ótica
queres ser sempre a figura central.
Se agua e fogo se desafiam
certamente se darão mal
um se apaga e o outro se evapora
cuidado portanto há que se haver
para aproximação que não seja fatal.
Mas se me aqueces , eu te refrigero
teremos uma temperatura ideal
todo cru será cozido
no fogo lento, a agua ferve
o som das ondas e o fogo a crepitar
podem ser sinfônicos num alternar.
Se fores rainha, posso ser súdito leal
me cai bem ter uma musa
a quem devotar meu ideal.
só uma coisa tenho a pedir
que não me trates nunca mal
sede justa soberana,
é a justiça um caminho para o céu.
Assim sendo, para você mulher de leão
homem de peixes tira o chapéu.
 
Carta de homem de Peixes para mulher de Leão

Fundo de mulher

 
Retirem-se as crianças da sala e também aos puritanos poís o poema abaixo contêm elementos que pode ofender sensibilidades moralistas

Boceta não tem fundo!
Ensina-me, surprêso, num fim de tarde,
com elegancia sábia, uma amiga
displicentes num café grego,em Atenas.
Traduz sabedoria ancestral
herdada do bom senso de um avô.
Pacientemente, explica e me esclarece,
dessa singela verdade,
masculinamente tão ignorada,
por nós, tantos e vários varões,
saltitantes de uma para outra
buscadores dessa quimera
que é o fundo fundo de uma mulher.

Não tem fundo, insiste ela,
não adianta procurar
mulher é bicho ôco,
todas elas e qualquer uma,
ainda que nem todas o saibam
e que finjam algumas ignorar.
Boceta é abismo e precipicio
para se mergulhar com coragem
sem ter medo de morrer.

Não tem fundo; penso eu.
Quanto tempo perdido, reflito
nessa nossa pressa masculina
de ali se instalar
causados da ansiedade de fundo,
no fundo da mulher não encontrar.
Onde começa, onde acaba este ser
túnel que se perfura todo dia
ontem, hoje, amanhã
num eterno recomeçar.
Quanta ilusão destilada,
quanto medo de errar
quantas mulheres esquecidas
distantes elas mesmas
de sua verdade elementar.

Não tem fundo ! Boceta não tem fundo,
repete a amiga, não adianta procurar.
Se acalmem todos os homens
mulheres, não há de que se envergonhar
não ter fundo não é defeito
fonte do profundo mistério,
impossível, mulher decifrar.
 
Fundo de mulher

Cúmplice

 
Devagar, sediciosa, silente
Escorregas, infiltras, escoas,
pelos orifícios de minha alma
e te aninhas como claridade
nos meus recantos mais obscuros...
Insistente, a tua palavra me chama e ecoa,
nos meus fundos mais fundos, abissais,
reverberando boas novas,
fazendo promessas de paz!
Que toda essa doçura que conjuras
se reverta em ti, força coragem,
bálsamo aos teus delicados pés.
Que tua semeadura seja fértil
que o cansaço não te colha.
E que, mesmo sem o merecer,
eu possa, receber de ti, preciosa,
toda a luz que tu me trazes.
beijo-te sempre
com os beijos da minha boca
digo-te sempre
as palavras que são só para você
porque te beijo sempre com os beijos
que são só teus
e te falo sempre na paz
que também é tua.
 
Cúmplice

Lembrança

 
E assim, do nada aparente,você aparece
e ocupa a minha cena mental.
desliza por meus pensamentos
por quem sabe, por quanto tempo mais,
só se sabe que dura um momento fugaz.
imagens de memoria vividas ,
sonhadas ou pressentidas
e depois,assim como veio,você vai.
misterios amorosos que ligam
os que existiram de modo tão proximo
e se afastaram para tão longe, não mais.
dos nossos dias, os corpos quentes
não estão e nem fazem parte,
mas os espiritos, almas,
energias amorosas que insistem
seguem conosco em aparições ocasionais.
 
Lembrança

Pedido aos céus

 
Ai meu pai, ai meu senhor,
Dai-me essa mulher para mim
Ou dai-me outra, igualzinha assim
que seja do jeito que essa é.
Que seja inteligente e sensível,
coisa rara de se combinar
em se tratando de uma mulher.
Que seja tão meiga e intensa
como essa que não tem defeito
Que sinta assim em demasia
ainda que isso, não raro,
a faça perder o senso de direção.
Que seja assim tão doce, tão alegre,
mesmo quando esta zangada.
dai-me senhor, dai-me ela só para mim...
 
Pedido aos céus

jogo de sedução

 
Você me queria e eu sem o saber, sabia
Mas nada fiz a respeito,
impedido pelo proibido,
que a mim mesmo me proibia.
E você me queria.
Agora que mudei de lado, fiquei errado?
Era para não me ter?
Era só pra me querer?
Que gosto é esse que ama pelo avesso,
sonha com o impossível, recua diante do sensível? Agora é minha vez de te querer querendo
querendo que tu me queiras muito.
Convoco a tua coragem para atravessar a imagem
e com seu desejo se haver.
Agora que já dei conta do meu...
Serei, entretanto paciente
paciente num tanto certo
que possa te trazer para perto,
perto suficientemente perto
para que de olho bem aberto
você possa me querer.
 
jogo de sedução

Esquinas da perdição

 
Uma estranha calma me invade
quando beijo a esquina da sua boca,
ali, onde os seus lábios vão se encontrar.
E nela me deixo ficar demorado,
sentido uma leve emoção,
seguindo um fio que me leva ao limbo,
ou as escadarias do céu,
não sei muito bem,
mas sei que é muito bom.
Reside naquele ponto um mistério,
que é o mistério das esquinas,
do mesmo tipo que encontro quando topógrafo pelado
com a vista larga demarco, desde o alto da colina,
o falso risco que corta a sua virilha,
e separa o travesseiro macio do púbis
das duas avenidas largas e suaves
onde fronteira não sei situar:
são as sua coxas grossas que começam
ou suas longas pernas que terminam?
Amo essas suas esquinas, menina,
oh, como as amo!
Onde as coisas são, e ao mesmo tempo não são,
e nelas gosto de estar.
Amo essas suas confluências,
lugares de maciez permanente
suavidade de textura calor morno, quase molhado
onde o liso e o doce convidam para a ruína do tempo
e para a perda definitiva de qualquer perspectiva.
 
Esquinas da perdição

Crasch!

 
"Não entendi muito bem o que você me falava. Havia um descompasso entre o movimento dos seus lábios, seus olhos assustados e o tom calmo da sua voz. Só depois caiu a ficha: você estava me dando adeus... Fiquei ali parado, entorpecido. Eu era todo inação. Fui tomado por um senso radical de economia que me informava que diante do desastre eminente que empurrava minha vida para o abismo, qualquer gesto seria inútil. Pura perda de tempo. Foi assim, com o corpo desmontado numa cadeira, que vi a porta se abrir e em seguida se fechar. Um piscar dos olhos meus e você já tinha ido.. È curioso como a gente vai se acostumando com as pessoas que amamos ou que pensamos amar. O tempo de convivência parece ter o poder de entorpecimento das memórias de nossas identidades individuais. As recordações sobre o estranho que acolhemos um dia em nossa simpatia se dissolvem, na exata medida em que vamos assimilando os cheiros do corpo, o gosto da saliva ou do suor, a imagem invertida de nós mesmos...
Estranha despersonalização esse efeito temporal que no acumulo dos dias bons e alguns ruins, vai
apagando em nós, a noção obvia de que o outro é um outro. È insidioso o trabalho que a convivência opera, nos ocultando a verdade elementar de que as liames que nos unem no amor são mais de natureza imaginaria do que biológica... Mas na hora do adeus é o corpo que paga por esse estado de alienação. Não que eu pudesse alegar ter sido pego de surpresa ou que tua partida tivesse algo de desleal. Quando a porta se fechou, atras de você, eu era a própria consciência das tantas advertências, que entre soluços e lágrimas, ou aos gritos irritados as vezes, suplicante você me havia endereçado... Na verdade eu me sentia de tal modo ligado a você que tudo aquilo não me parecia senão como um teatro, que você como uma parte de mim, se rebeleva contra a minha recusa de abrir mão daquilo que, para além de você, tambem me fazia gozar...e que a sua obstinada recusa em aceitar fazia incendiar e me fazia reincidir. Veja, já estou de novo aqui colocando a culpa em você. Jurei para mim mesmo que eu não faria isso de novo. Nos meus momentos mais lúcidos essa foi a unica condenação que sempre assumi. Não haveria de haver culpados... Não dessa vez! Mas na verdade eu nunca acreditei que você tivesse a coragem suficiente para ir embora. Talvez porque na minha mente embaralhada nem você, nem eu, seríamos suficientemente corajosos para nos deixarmo-nos ficar para trás, nem um, nem o outro. E estes pensamentos todos que começavam a se insinuar em minha cabeça, não me faziam bem. Então fiquei muito enjoado e comecei a vomitar..."
 
Crasch!

TANTRA

 
TANTRA

Venha meu amor,
Venha comigo, mas venha devagar.
Na noite deslizemos, para não acordar as estrelas.
Conheçamos companheiros, os mistérios mais profundos,
de Deus tornado homem e mulher.
Eu te dispo. Tu me despes.
E nossa nueza crua, assim tão nua,
brilha mais do que a lua.
Venha meu amor; devagar bebamos a doçura
que dos olhos este momento mágico exala.
Eu te quero e tu me queres,
mas, não nos movamos,que assim,
tornados estátuas, perpetuamos segredos,
que continuam no gesto de minha mão
que agora toca ao rosto teu.
Rola na tua face, lágrima solitária,
teus olhos me brindam, brotando emoção.
Tremem os meus lábios,
que a sorvem, sem no teu rosto tocar.
Venha meu amor; que a morte não te assuste.
Morramos para tudo neste momento final.
A tua mão com timidez, ao meu corpo toca,
deslizando docemente, tu falas ao meu coração:
_ Sim, contigo eu vou, amor meu,
da morte não tenho medo
que morrer neste instante é sublimidade da paixão.
E o teu corpo ao meu se cola.
Perdidos estão os contornos,
não sabemos mais quem somos,
Não sabemos, tu e eu.
E o teu corpo assim tão próximo,
o teu seio tão macio, o teu colo,
teus cabelos e o perfume que exalam,
tudo fala e tudo cala.
Outra vez quedamos imóveis.
Fechas teus olhos.
Fecho os meus.
E nos abismos do ser em serenidade mergulhamos.
Tudo é paz. Tudo é silêncio. Tudo é só verdade.
Assim, as almas libertas, em proximidade tão distante
voam, voam pelo céus,
e nem percebem a fusão que aconteceu.
Não sei mais da minha carne e nem tu sabes da tua.
Não sei mais do meu ser e tu não sabes do teu.
E assim mantidos imóveis perdidos
num tempo que não passa,
descobrimos a eternidade:
Tu me sabes e eu te sei!
Nada é o que nos resta
O milagre aconteceu!
 
TANTRA

mulher champagne

 
O que queres, me perguntas assim de chofre
enquanto me esforço como posso
com um tosco saca rolhas
tento abrir o vinho para a refeição.
E do ácido em que transformas o jantar
em mais um momento tenso e sem tesão
extraio de imediato, certeza e inspiração:
Eu? Eu quero uma mulher champagne,
Generosa, vibrante, oferecida
ávida por expulsar a rolha
que a tolhe em seu mergulho para a vida
Borbulhante, fresca e refrescante
Como os bons vinhos frisantes:
frutados, não muito alcoólicos
e sem maiores pretensões.
 
mulher champagne

Carpe diem...(para a menina de Floripa)

 
Deixe a santa em casa menina.
Se solte nos rodopios,
dance e cante com alegria,
deixe viver a Catarina.
"Carpe diem”, exulta o poeta
que a noite é certa
como certo é o fim do dia.
A vida é curta, a morte é meta.
Colhamos então, os frutos da poesia.
Faça do passo, um passo primeiro
enfeite os cabelos e venha sonhar
Deixe a santa em casa menina,
se solte nos rodopios
dance e cante com alegria
deixe viver a Catarina.
 
Carpe diem...(para a menina de Floripa)

o nome da rosa

 
e de repente você misteriosa
bela serpente desaparece
se esgueira sinuosa
por entre os tempos, estremece.
e eis que aqui te vejo, toda prosa
azar de quem se entristece
privado da beleza desta rosa!
 
o nome da rosa

Rio 4O°

 
Solitário, nos arcos da Lapa,
A puta pediu: Vem gozar comigo, vem !
Vem gozar comigo, meu bem !
E eu, até que queria, ir com a puta,
gozar com a puta.
Não com a puta que pediu,
Mas com a puta que me viu...
Junho de 1999 - Rio.
 
Rio 4O°

LUTA DE CLASSES

 
Pingo, gota, cristal
deslizante delinqüente,
notícia de jornal.
Imagine o pingo pingando
em ignota travessura,
na testa do chefe,
levando-o a loucura.

Um pingo travesso,
em preparado trajeto,
o chefe amarrado
em profusão de nós,
chorando e clamando,
completamente a sós.

E o chefe avechado
em tão triste tortura
talvez vislumbrasse
a tamanha amargura
que pingo pingando
fiscal sem lisura
vai provocando
dia após dia,
em mim,
tão má criatura.
 
LUTA DE CLASSES

sem opção

 
Não sou poeta por escolha

Tal destino não escolhi

A poesia que brota de mim

Nasceu comigo quando nasci,

É que ficara escondida,

Como das praias conchas na areia

Paixão sofrida a revelou

Do barro do garimpo ouro na bateia.

Outra sina se eu pudesse

Certamente escolheria.

Outra, que não fosse essa:

Que na vida não fizesse versos;

Que o amor não me pregasse peças.
 
 sem opção

Baú das infelicidades

 
è sempre bom ter a coragem
para voltar aos guardados
regressar aos nossos baús mais fundos
enfrentar, de olhos bem abertos,
os fantasmas, a poeira e o dó
que em nossos dias mais frágeis,
um dia, sentimos por nós mesmos.
Que filhos do tempo, quando o fazemos,
já somos outros que não aqueles
superfície esponja de todo o sofrimento
espelhado nos fragmentos preservados
fotos, pequenos objetos, papeis,
documentos dos dia atônitos e aflitos.
pois que ali, onde a memória nos reteve, infantis,
tristes, incompreendidos e incompreensíveis,
que surpresa: fomos nós, também felizes!

marcus matraga in www.lanternadosafogados.blogspot.com
poemicídios e outras mortes...
 
Baú das infelicidades

LADAINHA

 
Francisco dos farrapos meu bom santo,
ilumina-me o meu caminho,
ensina-me o amor do coração,
ensina-me a falar aos passarinhos.
Francisco dos farrapos meu bom santo,
tu que se casaste com a pobreza
ensina-me cortejar tão nobre dama,
ensina-me a humildade e a nobreza.
Francisco dos farrapos,
Francisco roto e descalço,
qual é o mistério que nos faz de todos iguais,
de todos irmãos?
Qual é o mistério, que doma a carne quando esta nos diz não?
Francisco dos farrapos meu bom santo,
Francisco roto e descalço que dos teus olhos irradias somente amor e bondade
diga-me qual é a batalha para se conquistar a humildade?
Se o meu coração te ouvisse mais que os ouvidos querem escutar,
de te ouviria nesta hora, de tão contrito orar,
Dizer-me da via tão simples na qual maltratastes teus pés.
Nada querer. Não desejar. Na fé, a Deus se entregar.
Mas meu coração não te ouve, não ouve, o que me tens para falar, os meus ouvidos não deixam
pois de ti esperam resposta.
Parado no mesmo lugar eu continuo a rezar:
Francisco dos farrapos meu bom santo...
 
LADAINHA

MENINAS... Para Angela, Bela e Mirian

 
São todas mulheres.
Contam seus casos.
Riem e brincam como meninas;
Mas são todas mulheres.
E seduzem e cativam.
E convidam ao seu jogo predileto,
brincar de transparência,
sugerir revelação.
E no faz de conta da ausência de segredos
mulheres-moluscos guardam no útero
fantasmas e medos.
Medos de beira de rio.
Fantasmas do tempo de avós.
Meninas, são mulheres fortes.
Altivas, extraem a sua força dos seus homens.
Dos seus homens de ontem e de hoje.
Dos homens com quem sonham e brincam,
fazendo deles meninos,
Maternais e incestuosas.
Mulheres são meninas frágeis.
Tem medo de escuro e das almas dos que já morreram.
Lhes assusta a solidão e a voragem do rio cheio, que lhes parece um castigo por suas tantas brincadeiras..
E driblam narciso que por natureza,
em sua igualdade as fez rivais
E seguem, como as águas do rio
unidas em seu curso,
Solidárias e cúmplices,
de alegrias e dores,
na corredeira dos casos
que meninas-mulheres vão contando e brincando, displicentes em festa nas suas noites fartas,
ao redor da mesa.
 
MENINAS... Para Angela, Bela e Mirian

Esforço

 
Que a vida fosse só de mel de rapadura,
cama fofa e macieza.
Só descidas,
sempre sombras no sol quente
agua fresca da bica,
batendo na testa da gente.
Rede armada na varanda,
pirão molinho,
"pra mo'de" não forçar os dentes.
Somente risos e alegrias
numa festa do coração sempre contente.
Eu e ela. Ela e eu.
Se nós num quizesse mais gente...
E se fosse desse jeito
e se assim desse modo fosse
eu ia logo pedir pró condutor:
_Moço, para esse mundo
que eu quero descê !
Só pra mode, atrás dele corrê
so pra mode atrás dele andá
e sonhá que um dia
eu iria lhe alcançá ....
 
Esforço