Hoje, no presente estas de corpo e alma...
Em um voo rasante, percorro seu corpo ardente,
Me vejo junto ao seus pés, louca para te amar,
Parte de mim te deseja, parte anseia seus beijos,
Vicio-me em seus abraços...
Sacia-me com seus afagos...
No peito bate meu respiro por amar te sempre...sempre.
Te busco nos meus sonhos...te encontro no meu destino.
Para amar com sedução ate o fim dos meus dias.
Te vejo no meu futuro, pois no meu passado você esteve la,
Hoje no presente, estas de corpo e alma.
Te amo...te amo...te amo.
você sabe que é para você que escrevo...beijos
"Repleto de si" - Soneto
"Repleto de si" - Soneto
Nem notei a falta de aceno e de adeus.
Andei ocupada demais, a colar os cacos.
Uma dor colossal, em silêncios só meus.
Fragmentos de tempos, vis, rasgados.
Por isso respeito teus outros “contornos”
E não me surpreende a fartura de mel
Só lamento que compre amor com suborno
Pois amor não se compra, é presente do céu.
Não foi demissão, então, sem garantia.
Virando o jogo, sabe a dor que causou.
Já que o colo, mesmo disperso, o acalentou.
Tanto sentimento, não foi só poesia.
E o que chama de paixão, era puro amor.
E nem com suas farpas, vai virar rancor.
Glória Salles
SÒ BEIJO DE MÃE
SÓ BEIJO DE MÃE
Só o beijo da mãe tem importãncia
Quando nos penduramos ao seu pescoço
Ainda criança...
Como o som repenicado ainda ouço...
É um acontecimento o beijo da mãe!
A infância continua dentro de nós
Como uma papoila que estremece ao vento
Ainda agora, da mãe me lembra a voz.
Deixo-me a vaguear neste acontecimento
Entre o passado e o presente
Este dia está velho!?
Como o meu pensamento.
As ruas silenciosas,
As portas cerradas
Das arvores as folhas caem, chorosas,
Das flores, foram-se as pétalas perfumadas.
Fico atenta ao que vejo
Nuvens rindo no céu passeando,
O Sol há muito acordou
E os casais, esses?! Continuam-se amando!
Daqui a pouco a tranquilidade da tarde
E eu aqui estou...
Vivendo vou lembrando com saudade.
O beijo da mãe, que acaba com a solidão
Que põe fora a inquietação
E um anjo a minha história vai arquivando
E guarda tudo o que vou lembrando.
Escrevo, mesmo parecendo ausente
Estou recordando meu chão
A brincar me deixo na ilusão
Que ainda sou dez réis de gente.
rosafogo
(Dez réis de gente, gente pequena.)
Esta poesia tem algum tempo, ainda embalava meu
neto que hoje é homem e às vezes me chama de mãe.
Gerúndio de mim
Sentindo que o tempo
estava passando
assustei-me um pouco
por vê-lo fugindo
Disse à juventude:
não te vás embora!
mas ela enganando-me
acabou partindo...
Deixou-me inquieta,
mesmo angustiada,
pretérito verbo
do meu desencanto
que quero encerrar
O pavio da vela
quase se apagando
implode de novo,
renovando os votos
de manter a chama
da vida latente.
Renasce de novo,
gerúndio de mim,
escolhendo o presente.
Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
Natural: setúbal
“Saudades de um cata-vento” - Soneto
“Saudades de um cata-vento” - Soneto
É para o desconhecido, que a vida caminha
Bebendo nostalgia ouço o eco dos passos
Silente vou noite adentro, ferida só minha
A fluência das horas seguem mesmo compasso
Néscios sonhos fortalecem esse faz-de-conta
Sob a refutação dessa saudade dorida
Presente selado de lembranças sem conta
Trazem o choro brando, no manancial da vida
Guardo dentro, sentidos melancólicos, confusos
Que o tempo, faz vir a tona, algoz e oponente
A tais sentimentos digo amem, selo o presente.
Calam-se as palavras, diante dos sonhos obtusos
Densas lágrimas eternizam o discurso cinzento
Magia que se refaz nas memórias de um cata-vento.
Glória Salles
07 dezembro 2008
18:29 hrs
NOTA: Passando para agradecer aos tantos amigos, que com tamanha gentileza e carinho, seguram minha mão, oram pelo meu pai,e estão comigo nesses momentos difíceis.
A expectativa, as perspectivas são grandes...
Mas a fé também o é.
Não sabem o quanto é importante e vital, sentir vosso carinho nesse momento...
Perdoem a ausência...
Um dia cheio de boas surpresas.
beijo no coração.
Cravina rosada
Nasci do amor
Fui chamada de flor
Cravina rosada
Pequenina delicada
Saltita menina
Na inocência divina
Do céu um presente
Ternura emanente
Plantada em um jardim
Rodeada de capim
Sorrir e viver
E...eternamente renascer.
google
Presente
Meu encanto desvairou-se em pranto
Foi como poucos emergindo
E convergindo
Com algo estranho que vinha vindo...
Colidiu com o futuro
Dinâmico e obscuro,
E que eu nem juro
Que consigas pular o muro!
Meu encanto foi-se em pranto
uniu-se com o passado...
com armaduras, agarrado!
em pensamentos fechados.
Foi-se com o vento, foi-se com a
Descoberta, de que no mundo
Não existe presente puro
Sem auxilio de passado e futuro.
APScheffer.
NÃO QUERO SER ENGANADO
Corro, corro, corro
E não estou apressado
Corro na vida
Corro nos anos
E já nem vejo o passado
Está a ficar tão longe
Que já não me acompanha
Ainda tento parar
Não consigo travar
Esta velocidade tamanha.
Corro, corro, corro
E não estou apressado
Corro para o futuro
Que não vejo, está escuro
Não quero ser enganado.
A. da fonseca
A RESPEITO DA FAMÍLIA DE ONTEM E DE HOJE
Tornou-se uma raridade aquela avó acolhedora que cuidava dos netos quando os pais iam trabalhar. Aquela avó, que era quase uma ou às vezes até mais que a mãe para seus netos. Aquela avó que além de cuidar, fazia todo tipo de vontades com um sorriso de dar inveja. Mas, os tempos são outros, quando a avó não tem ocupações de diversos tipos, mora longe; hoje é comum que as “modernas avós” não tenham muito tempo para os netos, como não tiveram para os filhos; são comuns avós profissionais liberais, empresárias e por aí vai. Não existem mais as avós dos nossos sonhos, ficaram num tempo que ninguém quer de volta. Só querem, de volta por estranho que pareça, aquela avozona, tudo presta, só não prestam as avós modernas... A vida contemporânea exige de todos um distanciamento físico, os filhos partem para destinos distantes, um mora em Deus me livre, outro na Groelândia, o caçula casou e mora não sei onde. Partem para onde existem melhores oportunidades de ganhar a vida. Os pais modernos, também, quase não participam da vida dos filhos, que são criados em creches ou por empregados. Aquele pai que almoça e janta com os filhos, é exceção ao que o mundo vem exigindo de todos. São raros indivíduos, que podem trazer de volta, um pouco desse mundo antigo. Filhos premiados são esses com certeza! Conheço uma família que conseguiu essa proeza! Houve a opção de não deixar ir embora essa parte boa da vida. Filhos pais e avós vivem numa cidade de aproximadamente 300 mil habitantes, a família não se desfez, pelo contrário aumentou com os agregados, netos, etc. Os que estudaram fora preferiram voltar e exercer suas profissões, médicos, engenheiros, empresários, por perto. São raros os dias em que não ocorrem almoços familiares, com a balbúrdia costumeira Três gerações diariamente no almoço, um sonho para muitos, ali é comum. Mas, quase todos tiveram oportunidade de partir atrás de ocupações com melhores remunerações. Existiu a opção por ficar ganhando menos e ter realmente uma família. Para muita gente” moderna” isso é falta de ambição ou outras besteiras de quem só pensa em ganhar mais. É claro que a opção de ficar perto da família, de morar perto do trabalho, nem sempre é possível, todavia tem muita gente que pode fazer essa opção, mas prefere a modernidade, prefere ver os filhos crescerem sem os pais, aceitam que avós sejam apenas visitadores dos netos. Ser “moderno” ou ultrapassado, como sempre, eis a questão.
O QUE EU PODERIA SER
O QUE EU PODERIA SER
Por ora, o que sei
Sei desconhecendo.
Compreendo tudo
De não saber.
Dispensei
O que eu poderia ser
Pelo ser contingente
Em que agora estou...
E o futuro deste outro
Que não mais me tornarei
Trouxe-me de presente
Já no presente momento
Um perfeito discernimento
: O que jamais serei,
Já vingou