Poemas, frases e mensagens de MVSPROFESSOR

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de MVSPROFESSOR

Cantora

 
Dói tentar esquecer-te
digo para mim em súplicas
suavizo meu temor de ficar só
grito palavras duras
e peço o seu perdão
meu amor é vulcão
que queima terras
destrói ventos
evapora águas
sulfato melodias puras
de quem ama
e não acredita no abandono
próprio dos brutos
sei da maldade dos homens
reconheço meus medos e erros
mas também sei que vida
alguma é boa longe dos seus lábios
dos seus cheiros
dos seus pelos
te amo... não te esqueço.
 
Cantora

Recife Nau

 
Corto as ruas imundas e alagadas do Recife
Trago o peso do mundo nos ombros
Nas mãos livros!
Na boca verso!
Na mente revolta ...
pela infâmia
pela injustiça
Recife com seus prefeitos imperfeitos
Sem corações e sem rins
Recife é um esgoto a céu aberto
Seus livreiros são canalhas
Porcos analfabetos funcionais
Vendem papel
Pensando que são livros
O que entendem de cultura?
E de arte?
Choro as lágrimas invisíveis da tristeza
Tenho fome
Tenho sede
Mas não só de pão
Tenho desejos de ver flores e pássaros
De ver beleza!
E não a podridão desta cidade
Que transforma pessoas em coisas feias de se ver
Ando pelo Recife com desejo
De nunca mais vê-la ...

Miguel Vieira
 
Recife Nau

TUDO É PARA GLÓRIA DE DEUS (À William Blake )

 
TUDO É PARA GLÓRIA DE DEUS (À William Blake )

O ódio ou o amor que sinto
Tudo é para glória de Deus.
A blasfêmia, o sabor, o pudor
Tudo é para glória de Deus.
A hipocrisia, a mentira, a virtude, a verdade, a vontade,
Tudo é para glória de Deus.
O medo, a traição, o pecado, a ressurreição,
Tudo é para a glória de Deus.
O bem, o mal, a juventude, a velhice,
Tudo é para a glória de Deus.
A morte, a vida, o ciúme,
O rancor, o beijo e o tapa,
Tudo é para a glória de Deus.
A sangue, a carne, a alma,
O existir e o desaparecer,
Tudo é para a glória de Deus.
A sal, o medo, o veneno e o amargo,
Tudo é para a glória de Deus.
A barbárie, a vida e também a paz,
Tudo é para a glória de Deus.
A abandono, a solidão,
Tudo é para a glória de Deus.
A beleza, a meiguice, a volúpia e a luxúria,
Tudo é para a glória de Deus.
Seu sexo, seu cheiro que entranha
Em meu falo e em minha fala,
Tudo é para a glória de Deus.
A choro, a lágrima, o sorriso e os dentes,
Tudo é para a glória de Deus.
A carinho, o desprezo, o nojo e o desejo,
Tudo é para a glória de Deus.
A dia, a noite, o começo e o fim,
Tudo é para a glória de Deus.
A Suicido, o homicídio,
A tempestade, a chuva e o frio,
Tudo é para a glória de Deus.
O expandir do universo,
O cair de uma folha,
Tudo é para a glória de Deus.
Mesmo com toda a contradição em meu peito,
Sem saber que sou ateu ou crente,
Se sou bom ou mau, se comunista ou
Anarquista, se brasileiro ou judeu, se poeta
Ou mentiroso, se vivo ou morro,
Se covarde ou audacioso, contemplo
As minhas dúvidas e sei que toda
A inquietação do meu espírito,
Tudo é para a glória de Deus.
 
TUDO É PARA GLÓRIA DE DEUS (À William Blake )

Tsunami

 
Visões do tempo
e a mediocridade intima da vida
o desprezo
o luto
fragilidade aparente do verme
o homem
e os sons do mundo
a vida
a morte
único item
possível da criação
o meu amor
a minha dor
os beijos de sua boca
te amo?
não sei!
e isso já é óbvio
meus medos
e destruição da terra.
 
Tsunami

Meus Dias

 
Estou cansado de comer tudo calado
estou cansado de não poder dá-lhe
um tapa e cuspi sua cara
estou cansado de dizer sim senhor
estou cansado de dizer por favor
estou cansado de ser gentil e, educado
sorri frio e falso
estou querendo mesmo
é mandar você tomar no cú
vai tomar no cú
no seu cú..
estou farto de pagar as contas em dias
atual, contratual, sócio patrimonial
seguro de vida, empréstimo bancário
INSS e cartão salário
não quero mais pedir desculpas
minhas culpas
e, tantas renuncias.
 
Meus Dias

No Colo

 
No Colo

Tive visões oníricas
De desejo ou tesão
Meu corpo antes morto
Ressuscitou...
Tremendo queixo e mãos
Tornando tão duro... O absurdo
Importuno...
Rasgo categoricamente
As fumaças do tempo
Sinto o gosto da cerveja
Ainda passado...
Nas noites estreladas de luas sempre crescentes
E, novas
E nunca nascente
E com diz Belchior:
É amor de perdição
Perdido eternamente
Suspirando
E morrendo a cada
Dia de medo e solidão
Provando EU mesmo
Do fracasso
Arruinado na ilusão
De ser selvagem e liberto...
Pois sou escravo... E nada tenho... Além da dor.

Miguel Vieira
 
No Colo

Desertos Íntimos

 
Não quero ver mais
Ninguém do meu Passado
colocar em sombras
Ás lembranças e, de sobra os amores...
Mas anseio pelos os ETs do meu Futuro!!!
Igual a sonho de criança
Com desejos de medos
Pois sei de minha mediocridade
E sua ausência...
Como encarar o ocaso?
Como ter coragem?
Dos dentes de sabre
Dos dias de chuva...
Ando sobre lâminas reluzentes
E tenebrosas
Ando sobre os abismos do coração
Choro nas noites
Nos dias planto flores
Tenho visões de felicidade
Meu peito é Atacama e estou sempre
Atado a sua cama...

Miguel Vieira
 
                                               Desertos Íntimos

Girassóis e Solidões

 
Tristeza caminho da solidão
Pântano putrefato da alegria
Escondi nos olhos o brilho
Do único sentimento
Devastador: O Amor!!!
Elo perdido da vida
Capaz de ressuscitar
Cadáveres jaz
Sepultados pela
Existência,
Capaz de brotar girassóis
Entre os nós do meu corpo
E fluir vendavais em
Meu peito.

Miguel Vieira
 
Girassóis e Solidões

NÃO EXISTE PADRE PROGRESSISTA

 
NÃO EXISTE PADRE PROGRESSISTA
Cuspi na cara do capitalista
Mas ele disse-me: Sou eu
Que pago seu salário
Mandei-o tomar no cú!
Pois sou herói
Resisto a infinitas tentativas
Do poder.
Minha mulher disse: manda em mim
Não consigo... Sou infeliz
É fácil não ser nada
Difícil é manter-se vivo,
Criativo, resistindo às moedas.
Sujas,
Sonhei com a vida plena
Cheia de ouro,
O que eu quero mesmo.
É a morte do Papa
Filho da puta que gera nada.
Quem dera que o puto do Fidel
Transasse com o Santo Papa
Na Praça de Havana
Não gosto de Fidel
Menos ainda do Papa
Fascista de direita
De esquerda
O eu... Anarquista!

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
 
NÃO EXISTE PADRE PROGRESSISTA

O SEXO DA LUA E DO Sol

 
O SEXO DA LUA E DO SOL

Nas sinfonias de desejos escondidos.
Lembrei que também era homem
E busquei com todo furor.
A doçura de camas até então sonhadas
Querendo fumar
Um único cigarro de maconha
Para te provar que sou fraco.
Mas tomando como exemplo o sol
Quero iluminar teu dia
Sem promessas para cumprir.
Quero arrancar apenas o sangue...
De lábios incompletos.
Hoje eu nasci outra vez
Ressuscitei em tuas pernas
Senti como é bom te dar prazer
Por isso te digo
entre estrelas e céu
Você é o arco-íris
que reluzia minha face.
E na neblina do teu cigarro
Sinto cada gota do teu orgasmo
Mulher,
Só uma palavra me traduz.
Você.
Radiava um sol
que se desonerava
Pelas antenas receptoras
Do meu (cérebro) Poros.
Essa mesma luz ofuscava
Qualquer visão retrógrada
Que a sociedade tinha sobre sexo.
E ria centrifuga de sua língua
O meu esperma
Parecia o mel de uma abelha,
Ainda não nascida, em evolução.

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
 
O SEXO DA LUA E DO Sol

Pecados

 
Joguei pedra
na cruz de Cristo
e, não foram
pedras pequenas
também soltei
palavrões
e, quando Maria
pediu-me
para não mais jogar
Espanquei-a
Estuprei-a.
 
Pecados

Sist

 
Meticulosamente os olhos espreitam
Os lares dos miseráveis dos inocentes
Na metátese sonora do sistema
Pobres caem na vala comum
Do hospital e cemitério
E nem mesmo o Padre Eterno sabe quem é o dono da
Boca, dentes e dentadura...
E no pátio das ilusões e carnavais
Saboreiam patê e pataxós
Remisso é a honra
E cisticerco é a política
Faminta do planalto
Que morram as crianças, os velhos e a inocência
Na planície devastadora da incerteza
E só a morte é corriqueira
Na atalaia celestial
Peditório de um povo
Que só pensa em existir
Como oferendas para deuses pagãos e vãos
Que lêem só mãos
E nunca desfrutarão de Renoir, Keats ou Genet!
Multidão de encéfalos
Do cotidiano fundente
Que consomem lixo e gente.

Miguel Vieira

Desertos Íntimos

Não quero ver mais
Ninguém do meu Passado
colocar em sombras
Ás lembranças e, de sobra os amores...
Mas anseio pelos os ETs do meu Futuro!!!
Igual a sonho de criança
Com desejos de medos
Pois sei de minha mediocridade
E sua ausência...
Como encarar o ocaso?
Como ter coragem?
Dos dentes de sabre
Dos dias de chuva...
Ando sobre lâminas reluzentes
E tenebrosas
Ando sobre os abismos do coração
Choro nas noites
Nos dias planto flores
Tenho visões de felicidade
Meu peito é Atacama e estou sempre
Atado a sua cama...

Miguel Vieira
 
Sist

Privada da Verdade

 
Enraizei-me no azulejo do
Meu banheiro, foi isso mesmo.
Que aconteceu.
O meu pé entrou no buraco
Da minha pobreza
A água molhou a cabeça
E, o sangue misturou-se dentro
Do ralo, existiam água, homem
E tristeza
Um espelho que pensei que fosse
Azulejo mostrou a face horrorizada
pela fragilidade de
Um gay
Tive coragem no momento de
Gritar, pelo corte que mostrava
Sua verdadeira personalidade.
Meu vaso sanitário comparo
Com o céu da minha boca
Tão sujo, porém doce
Pois é nele que eu gero os
Meus filhos e idealizo minhas
Mulheres e, na louça branca
Do meu cérebro cuspo a vida
De milhões de seres e, depois
A água lava a minha hipocrisia,
O meu banheiro é reinado dos vermes
Acho até que o Papa fixou
Resistência nele por algum
Tempo junto com os seus
Primos
E. masturbam-se até para
Lúcifer

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
 
Privada da Verdade

Sofrimento

 
Todo castigo para mim é pouco
pelo ódio
pelo mal que faço
pela dor que sinto
já chorei meus arrependimentos
mas não matei a tristeza
desses anos todos
não sei o que fazer
para suavizar minha angústia
e, o meu desespero
suicídio em cada pensamento
onde está o meu amor?
que não mais vivo!
peço-te o seu perdão
e, as minhas lágrimas
são oferendas ...
pela morte
só tenho gratidão.
 
Sofrimento

Santo Papa

 
Solto vômitos em
catedrais católicas
sinto nojo
de todo padre
de toda freira
eles são maus
são mais cruéis que eu
usam o disfarce da bondade
eu visto a mais bela pele de lobo
não tenho vergonha de
minha maldade
se pedir pão
dou chão
se pedir perdão
dou prisão
se pedir carinho
dou espinho
se pedir amor
digo que já vou!
 
Santo Papa

Voltei a ser Poeta

 
Depois de longas noites
E poucos sóis
Ainda Sou...
Só...
Sozinho...
Solitário...
Solidão...
Poeta de macarrão
Faz calor mesmo no Maranhão
E o sol que sair
Em dias nublados
Nos labirintos pessoais
A cada passo celebro Antonio Maria
E bebo água pura dos reatores de Tóquio
E janto com o menino Muamar
Logo após o incêndio dos corpos
Ainda lembro-me da minha infância
Das punhetas escondidas
E da fome escancarada...

Miguel Vieira 
 
Voltei a ser Poeta

Zona de Exclusão Aérea

 
Z

Pobre menino Muamar
Que não pode brincar
Com os insurgentes
Obama quer evitar o massacre
Como são generosos os Americanos
O menino Muamar
Só quer distribuir balas, bombas e confeitos
Mas a ONU insiste na carnificina
Como sina do Oriente
O menino Muamar brincar de reizinho
Pior se ele quisesse ser um tirano
A União Européia tripudia
Estripulia
Trípoli
De si mesma...
O regime vai prevalecer
O menino Muamar come apenas legumes, cereais e Albenesas...
Produzidos em abundancia na Líbia
Nos lírios dos campos de Ruanda!!!
É legitima as brincadeiras do menino Muamar
Que fica feliz com a União da Liga Árabe
Sempre tão gentis....

Miguel Vieira
 
                                                 Zona de Exclusão Aérea

ORAÇÃO JUDAICO - CRISTÃ II

 
ORAÇÃO JUDAICO - CRISTÃ II

Senhor! Perdoa os imbecis.
E que minha sapiência não
Seja interpretada por arrogância.

Senhor! Mantenha os idiotas
Fora do meu alcance
E que esse distanciamento
Não seja interpretado
Por desprezo.

Senhor! Que minha lucidez
Seja para os puros e cultos
E nunca saboreada pelos vis.

Senhor! Faça-me forte
E que meus desejos
Não sejam interpretados
Como lascívia.

Senhor! Que eu encontre a paz,
E suporte os tolos,
E que minhas verdades
Não sejam interpretadas
Por soberba.

Miguel Vieira
 
ORAÇÃO JUDAICO - CRISTÃ II

O Gozo

 
O GOZO

Termina ligeiro
Se não vem alguém
Masturba rápido
Vão nos pegar a transar, Deus!
Chega orgasmo!
Não vê que nos denuncia a nudez
Devagar com as mãos
A luz é muito indiscreta
Qualquer movimento já sabe
Olhos nos zíperes, vamos...
Está chegando, não, não, não dá.
Vem alguém, vista-se
Ahhhh, é tarde.
Nós gozamos no olhar deles.

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
 
O Gozo

Day Angel

 
O anjo trafega na terra
Trocando a sua polaridade,
Às vezes dentro dessa matéria.
Corrompeu-se,
Embebedou-se e viciou-se
Em drogas pesadas.
Conheceu o seu lado
Negro.
E no negro permaneceu nas
Ruas...
Ébrio e maltrapilho.
Esqueceu o verdadeiro objetivo,
Sua linda feição
Tomou-se macabra e aterradora,
O lindo demônio no globo.
Porém a luz de onde originara
Está encoberta mais latente
No seu ser.
E o salva na última quimera
Em um só lampejo
Recobra a realeza
E salva o mais necessitado
No momento do holocausto.
Ganhando assim
A oportunidade de realçar
Sua candura e descobrir
O seu papel aqui.
O sol é visto bem próximo
Dos seus olhos celestiais.
Não mais aquele astral negro
com aquela limitação
que o seu algoz o mantinha em cárcere,
Não mais o prende.
Uma batalha de proporções
dantescas travasse na
Dimensão-tempo espaço.
Para destruir tais trevas,
É preciso sacrificar-se a salvar
Os menores na desventura de
Sua partida,
A tristeza dos queridos,
mesmo os amigos
Que guerrearam com ele,
choram mais felizes,
Sabem que eles alcançaram
Outra vez a luz.

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
 
Day Angel