Poemas, frases e mensagens de joaquimfranco

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de joaquimfranco

EU SOU O POVO

 
EU SOU O POVO

Chamam-me povo, gente ou comunidade. Mas então
eu me questiono: quem poderia me chamar de povo, não
sendo ele parte do povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que reclamo muito, exijo muito, nunca estou
satisfeito e nunca agradeço o bem que me é feito. Mas
então eu me questiono: como posso reclamar ou exigir
muito, se a minha voz para vós não passa de um
sussurro insignificante?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou pobre e miserável porque detesto
estudar e trabalhar. Mas então eu me questiono: como
não gosto de estudar se desde pequenino, caminho
quilómetros à pé para chegar a escola mais próxima?
Como não gosto de trabalhar, se executo os serviços
mais humilhantes e desprezíveis para vós?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou humilde, respeitoso, cordial, hospitaleiro,
sempre disposto a cooperar, a respeitar e a obedecer. Mas
então eu me questiono: como não podia ser humilde,
respeitoso e obediente, se eu sou APENAS o povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou o responsável por toda confusão e
desordem na humanidade. Mas então eu me questiono:
como posso ser responsável pela desordem na humanidade,
se eu sou a PRÓPRIA humanidade?

Você e eu somos o povo!
 
EU SOU O POVO

Não Sou Alegre?

 
Não Sou Alegre?

Cresci tão introvertido que jamais me acharia convertido
nos versos da alegria que rimam nos poemas que fazem a
a vida ser vida.

Vi e vivi tantos dissabores na vida, que jamais achei que
voltaria a reconhecer os sabores que temperam o prato da
vida com a alegria, alegria de sentir o coração transbordando
de gratidão pelo dom da vida.

Me encanta tanto ouvir a melodia da vida no sorriso inocente de
uma criança, que é impossível me conter de alegria, alegria de
sentir que os detalhes desprezíveis fazem a vida ser mais vida.

Ao enfrentar a agonia, tenho visto que a alegria tem sido a
anestesia que me desliga das inevitáveis dores da vida.

Se é assim que vejo, sinto e vivo a vida, NÃO SOU ALEGRE?
 
Não Sou Alegre?

Em Ti…

 
Em Ti…

Em ti, eu acredito meu amigo. Acredito
que sem você, eu nunca poderia ser um
Ser.

Em ti, espero o bem e o melhor.
Espero que
o bem que vem de ti, me dê esperanças, para
continuar acreditar no melhor, no melhor que
o ser humano tem.

Em ti, eu enxergo a perspectiva de um amanhã
mais feliz, que se reflecte no teu olhar sereno.

Em ti, eu confio…
uma confiança que tem me
dado segurança, segurança quando me confronto
com as adversidades causadas pelas minhas
fraquezas..

Em ti, eu me revejo, porque até certo ponto,
eu sou você…
 
Em Ti…

EU SOU CAPAZ!!!

 
EU SOU CAPAZ!!!

Quando as adversidades me faziam lembrar das
Minhas debilidades, eu as confrontava com a
Frontalidade, que não se desvia para as fronteiras
Da cobardia.

Eu sou capaz!

Quando as cordas do desespero, teimavam em
Acorrentar as minhas esperanças, transformando-as
Em meros desejos inalcançáveis, eu as alcancei com
O suor suspirante da minha determinação, que nunca
Foi em vão.

Eu sou capaz!

Quando fui vitima da descrença e descrédito do meu
Semelhante, eu sempre acreditei que a firmeza dos meus
Sonhos, tornaria firme a realidade que vivo.

Eu sou capaz!

Quando as nuvens negra de desanimo tomavam conta do
Meu ânimo, eu fui buscar forças nas tempestades da vida.

Eu sou capaz!

Diante do cansaço, das noites em claro, dos dias levados
Pelas incertezas… eu sempre me mantive convicto de que
Preciso estar invicto na estrada do sacrifício, que agora se
Tornou oficio… vencendo os vícios da vida.

Eu sou capaz

Eu sou capaz de apoiar a franqueza, mesmo quando a
Fraqueza fala mais alto na minha vida.

Eu sou capaz de vencer, mesmo quando perder é a lei.

Eu sou capaz de gritar pela vitória, mesmo quando me sinto
Terrivelmente derrotado…

Sim! Eu sou capaz de ser… capaz!!!
 
EU SOU CAPAZ!!!

Despertai!

 
Despertai!


Vós sonolentos na sonolência da ignorância que vos leva
a inércia dos corpos__Despertai!


Vós os que julgais que a felicidade humana na face da
terra é apenas uma utopia, sonhando apenas no nirvana
de um suposto alem__Despertai!


Vós os que vos apegais a Deus, a fé e a religião, em razão
de apenas ser a derradeira cura dos vossos gemidos pelos
infortúnios da vida, infortúnios que não poupam os mais
inocentes ou indecentes dos homens__Despertai!



Vós os que desacreditais a Deus e a fé, considerando-os como
barreiras ao progresso humano, mas vos esqueceis que o
homem só é humanizado com os valores espirituais que o tornam
distinto de outros seres viventes__Despertai!


Despertai meus irmãos, para a vida e pela vida, despertando podereis
enxergar nitidamente a dimensão da imensidão do horizonte que pode
ser colorido ou a preto e branco.
 
Despertai!

Voltei!

 
Voltei!

No lamaçal da insensibilidade dessa existência, que me
coloca em penitencia, me sinto cada vez mais deslocado
do sentimento de lar.

Do lar que nem sempre é doce, mas é o meu predilecto adoçante
que adoça o lado insípido da vida.

É para esse lar que eu… bem… eu voltei!

Voltei para o passado nunca esquecido, para o passado que
me viu crescer qual menino franzino que corria e sorria pela
rua poeirenta, descalço, tronco nú, amparado pela inocência
que se reflectia no brilhar dos meus olhos negros.

Voltei para os dias em que eu e os “meus” nos deixávamos levar
pelos longos serões das noites africanas, rindo, cantando, contando
e ouvindo lendas que me faziam sentir o lar que eu sempre tive.

Voltei… sim!

Voltei para o lar… que tem sido o oásis que me tem confortado
no temível deserto da indiferença humana.
 
Voltei!

Reticencias…

 
Na eminência da aurora, as reticencias se apoderam
Sobre a minha essência, me levando a um mar de
Inquietações, que formam o inquérito que desafia a
Minha existência.

Graças as reticencias, eu valorizo a ciência, que estimula
A minha inteligência, me tornando um individuo em
Divida com o conhecimento, que tende a refutar as dúvidas
Que me apoquentam.

As reticencias me convencem a vencer as minhas ignorâncias,
Me deixando convicto de que preciso me manter invicto na
Maratona do conhecimento.

Para mim… as reticencias é a omissão que preciso para cumprir
A minha missão, missão de porta-voz de uma humanidade que
Sempre fala, mesmo quando cala.

Oh reticencias!

Sem as reticencias, eu… bem… eu… não poderia poetizar
A vida, sendo um… poeta que…
 
Reticencias…

Impotente…

 
Impotente…

Sinto-me impotente, quando vejo que o
relógio do tempo, avança, avança
implacavelmente, me arrastando por uma
corrente que sempre vai, mesmo quando vem,
levando consigo as minhas vivências, deixando
comigo, apenas a nostalgia que me
conforta.

Sinto-me impotente, quando vejo os céus, os
céus que me dá a liberdade de o contemplar,
mas impede-me de voar e viajar por ele,
desfrutando dos seus encantos.

Sinto-me impotente, quando vejo o mar, o
mar que pela sua grandeza, me ensinou que
a humildade não é uma questão de opção,
é a condição que nos é imposta.

Sinto-me impotente, quando vejo que a morte
é uma certeza que cobre a vida de incertezas…
incertezas de um amanha que pode “nunca” ser.

Sinto-me impotente, quando sinto que eu poderia
ser alguém melhor, fazer algo melhor, mas sou
limitado pelos limites, que desafiam o meu
carácter… mas… eu… posso…

Eu posso!!!
 
Impotente…

É PRECISO ACREDITAR

 
É PRECISO ACREDITAR

É preciso acreditar no bem e no melhor, no triunfo
do bem sobre o mal.

É preciso acreditar
É preciso acreditar na fé, na fé que dá um sentido
mais pleno a existência humana.

É preciso acreditar na esperança que não se esmorece com
o tempo, na esperança que rompe os grilhões da escuridão
e brilha como farol na imensidão da escuridão da noite.

É preciso acreditar
É preciso acreditar no amor que de modo revelado ou escondido
faz morada no coração de cada homem terreno, no amor pelos
detalhes que fazem a vida ser vida.

É preciso acreditar para resgatar a vontade de viver.
 
É PRECISO ACREDITAR

Da Minha janela…

 
Da Minha janela…

No frio do meu divã, me pego pensando na
frieza e nobreza da vida.

Me levanto e, encaro a minha janela bem
aberta, me observando descaradamente, me
convidando para ver a vida através dela.

Então é ai que…

Da minha janela, eu sinto através das persianas, a
brisa que suaviza o meu carácter visionário sobre o
cenário da vida.

Da minha janela, recebo os raios do sol que brilham e
anunciam jubilosamente o nascer de um novo dia, que
tende a renovar as minhas expectativas na esperança.

Da minha janela, observo serenamente as correrias que
fazem do mundo, um campo de concorrências, alimentado
pela incoerência.

Da minha janela, entendo que temos perambulando a
estrada da vida, na busca de um tesouro que sempre
esteve connosco

Da minha janela, compreendi que se eu desprezo o
calor humano, me tornando uma pessoa fria, não
posso condenar a frieza de um mundo que é produto
do meu produto.

Da minha janela, eu enxergo que sou apenas um ser
que sempre procurou ser aquilo que pensa ser… mas
que nunca foi…

E assim, é daí que…

Da minha janela, eu consigo visionar o mundo
através de mim mesmo e…
 
Da Minha janela…

Nunca Desista!!!

 
Quando as tuas aflições tomarem conta
das tuas emoções e se transformarem
em pragas com garras de
de perseguição__ nunca desista!

Quando as tuas fraquezas, assumirem ares
de grandeza, quais gigantes na terra dos
anões__ nunca desista!

Quando os teus planos sempre forem
aplacados, pelos imprevistos, que as
vezes parecem vistos para um destino
incerto__ nunca desista!

Quando ninguém acreditar em ti, no
teu potencial, na tua inteligência, na
tua essência e vontade de dar volta a
vida__ nunca desista!

Quando o mundo, em volta de ti, te
parecer moribundo, uma imitação
barata em desuso ou um lugar apenas
de desilusão__ nunca desista!

O significado do viver, é não desistir…
de ti, de mim, de nós… é assim que é…
a vida.
 
Nunca Desista!!!

VIVA A VIDA!

 
VIVA A VIDA!

Raios de sol invadem a floresta densa, juntando-se
ao assobio dos passarinhos, bem sintonizado
pelo farfalhar das folhagens que se esvaem
no vácuo do oxigénio da vida. Dizendo…

Viva a vida!

Colinas entrecortadas por belos riachos, inundadas
por peixes coloridos, que movem as aguas cristalinas,
que vão caindo feito cristais da cachoeira. …

Viva a vida!

Savanas que testemunham a dança das borboletas
sobre o capim verde e fresco, fresco de orvalho, do
orvalho da chuva miúda, que emana da terra, um
um aroma da vida que dá vida.

Viva a vida!

No imensurável e infinito mar, sua profundidade
abriga uma comunidade de segredos inóspitos
que nos fazem sentir pequenos diante da grandeza
da vida.

Viva! Viva! Viva!
Viva a vida e a tudo de bom que ela traz à nós!!!
 
VIVA A VIDA!

JUSTIÇA INJUSTA

 
JUSTIÇA INJUSTA

Quando a lei me alveja com leis, que
me diminuem como humano, digno de
direitos e deveres que preservam a minha
identidade espiritual e moral__ É justiça injusta.

Quando a lei, só é imposição, não educação, que
me ajude a ser uma pessoa melhor__ É justiça
injusta.

Quando a lei, apenas salvaguarda os transgressores
sob o teto dos direitos humanos, transformando
vitimas em vitimas de uma burocracia, cegada
pela hipocrisia__ É justiça injusta.

Se a lei é feita, para apenas formar um sistema
de formalidades, afastando-se da realidade que
vivemos__ É justiça injusta.

Se a lei me encurrala com regras rígidas em todos
aspectos da minha existência, ferindo a minha liberdade
de consciência__ É injustiça injusta

Se a justiça tarda, quando chega, não é justiça,
É… justiça injusta.
 
JUSTIÇA INJUSTA

Poeta Perdido

 
Sempre achei
que eu me achei
Mas quando acho que me achei
É ai que me sentido perdido.

Perdido ao procurar o que sempre esteve comigo.
Perdido quando senti que o ar da vitoria não é o troféu
Que me liberta das persistentes batalhas da vida.

É assim que me meti na insaciável busca de ideias que ao menos
Me fizessem sentir a ilusão de liberdade
Liberdade de vencer e se julgar invencível.

De tantas ideias se libertarem do âmago do meu consciente
Tornei-me um poeta que procura, mesmo quando acha que
Tudo está perdido.

Sempre que me sinto perdido, fico com a sensação de que nem sempre
A razão e a verdade são filhos do poeta
Por mais sincero que ele seja.

Sou um poeta perdidamente feliz
Feliz por me perder no anonimato que a vida me apresenta.

Quando me sinto perdido,
consigo vencer o orgulho que as vezes inflama
A soberba que me faz pensar que estou acima do meu semelhante.

Quando me sinto perdido,
dou-me conta que só assim Jeová me achou.

Bendito o poeta perdido…
 
Poeta Perdido

Dono da Verdade…

 
Quando as minhas ideias se transformam
no ideal para as vidas alheias… me sinto
dono da verdade.

Quando o estudo da ciência me leva a
desprezar a essência humana, qual
criatura de Jeová Deus… me sinto dono
da verdade.

Quando o fogo da religiosidade que mora em
mim, atiça chamas de radicalismo que incendeia
o campo da liberdade humana… me sinto
dono da verdade.

Quando desrespeito o livre-arbítrio do meu próximo,
sob pretexto de que eu seja o arbitro do jogo da
vida… me sinto dono da verdade.

Quando penso que eu… eu sou o dono da verdade… me
dou conta que tenho sido uma séria ameaça para a
aliança da convivência humana e…
 
Dono da Verdade…

Periferia…

 
Periferia…

Nunca foi tida nem achada,
no tempo pelos meus contemporâneos.

Vitima da falta de visão
periférica dos dirigentes que também são
gentes, mas nos tratam como gentio.

Apartada de uma sociedade que
nos negou a civilização moderna, nos legou
apenas os sonhos que já cansaram de se tornar
pesadelos à luz do dia.

Criada pela sociedade e criticada,
odiada, desprezada, condenada pela mesma
sociedade, que se esconde sob o manto da
hipocrisia modernista.

Da periferia, cujo desejo é a segurança que
dá confiança de viver, a paz que pacifica e acalenta
a alma afugentada pelas aflições do viver.

Da periferia, que me ensinou a viver, a valorizar
o simples e o que parece trivial…
 
 Periferia…

ERA UMA VEZ…

 
ERA UMA VEZ…

“Era uma vez…” me leva a um passado
que nunca vivi, quiçá um passado inexistente
no consciente de quem o narra.

É um passado que me dá ares de liberdade,
liberdade de torná-lo presente no presente
que a vida me dá e torná-lo futuro, mesmo
que seja ilusório.

Ao soar nos meus ouvidos, essa frase, sempre
me remeteu a imaginação de um mundo à parte
do real.

De um mundo manipulado, pelo crer no querer,
pela fantasia que contradiz o fanatismo, pela
miragem que me leva a viagem de ideais… e
pela utopia orquestrada no piano da vida.

Era uma vez…o passado foi resgatado, o
presente foi vivido, o futuro ilusório foi
convertido na fé dos audazes.
 
ERA UMA VEZ…

EU SOU O POVO (reedição)

 
Chamam-me povo, gente ou comunidade. Mas então
eu me questiono: quem poderia me chamar de povo, não
sendo ele parte do povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que reclamo muito, exijo muito, nunca estou
satisfeito e nunca agradeço o bem que me é feito. Mas
então eu me questiono: como posso reclamar ou exigir
muito, se a minha voz para vós não passa de um
sussurro insignificante?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou pobre e miserável porque detesto
estudar e trabalhar. Mas então eu me questiono: como
não gosto de estudar se desde pequenino, caminho
quilómetros à pé para chegar a escola mais próxima?
Como não gosto de trabalhar, se executo os serviços
mais humilhantes e desprezíveis para vós?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou humilde, respeitoso, cordial, hospitaleiro,
sempre disposto a cooperar, a respeitar e a obedecer. Mas
então eu me questiono: como não podia ser humilde,
respeitoso e obediente, se eu sou APENAS o povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou o responsável por toda confusão e
desordem na humanidade. Mas então eu me questiono:
como posso ser responsável pela desordem na humanidade,
se eu sou a PRÓPRIA humanidade?

Você e eu somos o povo!

Reedito este poema conforme me foi sugerido por uma pessoa amiga, aqui nesse espaço. Obrigado!
 
EU SOU O POVO (reedição)