Poemas, frases e mensagens de SoniaNogueira

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de SoniaNogueira

Membro efetivo de quatro academias, e três correspondente no Rio, Valparíso Chile, e Búzios. Agraciada com treze troféus: Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Pedro Aleixo, Drumond Ouro, Machado de Assi, dois Destaques Ewpeciais, ADB 70 Anos, Diamonds

*QUEM SERÁ MINHA MÃE?

 
*QUEM SERÁ MINHA MÃE?
 
*Quem será minha Mãe?

Onde está minha mãe? Apenas lembro-me de um caixão e um rosto pálido de olhos fechados sem olhar para mim.
Está dormindo, falou alguém me apertando nos braços.

Havia tanta gente na sala! Para que tanta gente olhando uma mãe dormindo na sala? Todas as pessoas dormem! E entre choros e angústias partiu minha mãe e nunca mais voltou.

Foi morar com papai do Céu. Porque papai do céu leva as mães? As crianças precisam de colo, de mãos para afagar e enxugar as lágrimas, mudar o lençol úmido pela urina. Faz tanto frio, mãe!

No silêncio da sala o vazio de vozes. Meu pai embrulhado na rede vivendo a solidão da dor, preso a inutilidade perante a força do destino. Eu e meu irmão com três anos, eu com menos de dois.

Quede as crianças? Estávamos em baixo da mesa do santuário, com imagens de São Francisco, protetor do meu pai e Nossa Senhora da Conceição com anjinhos a contemplá-la, escultura de autor desconhecido, autodidatas, que o talento chega e faz da arte a sobrevivência e divulga a história. Encontraram-nos colhidas, amedrontadas, indefesas, a procura de proteção. Não entendiam a partida da mãe, sem beijo, sem abraço. Apenas foi.

Mas criança, pela graça de Deus, e da sábia natureza vai amoldando a mente para o irremediável.

Quem será minha mãe? Meu pai. Foi ele meu abrigo, minha mãe enquanto viveu seus 74 anos. Foi mãe extremada, cuidadosa, zelosa. Tudo fez para compensar a perda brutal de uma vida ceifada aos 29 anos, uma menina que teve sete filhos. Teve hemorragia pós-parto um sertão sem médico, com farmacêutico distante, primo do meu pai, até enviou remédio quando meu pai regressava de viajava a trabalho.
Soube do acontecido no caminho e voo em cima do cavalo, rio cheio, mas o tempo esgotou as forças e minha mãe fraca não resistiu.

No dia das mães a ausência do sorriso, o presente do braço, aniversários sem bolo, elogio pelas primeiras letras do alfabeto. Li com precocidade. Certo dia li para o meu pai-mãe um trecho da carta de abc.
É meu pai, eu vou lê, faz mui bem, eu já sei, vá ler mais.

Minha moça, era assim que me chamava, sabe lê? O sorriso foi o maior dos sorrisos de felicidade, para um pai-mãe semianalfabeto e meu grande incentivo, meu ídolo. Em seguida a cartilha. A de amor, B de bola, C de casa e por aí fui. A leitura era diária com cordel e tudo mais que viesse. No terceiro ano primário sabia decoradas as quatro operações da tabuada.

Minha tia reprovava a leitura de cordéis. Vá lê a Bíblia, menina, em cordel só há leitura de morte, traição e corno. Eu baixava a cabeça em silêncio. Quem ousaria responder pai, mãe, avós, tios, professores, idosos?
O vazio guardado perdura ainda alimentando a saudade. Nunca mais caixão, rosto pálido alcançaram meu olhar, refuto para longe, apago da mente...

Sonia Nogueira
 
*QUEM SERÁ MINHA MÃE?

*DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

 
*DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL
 
No Reino de Sininho, um dos meus livros infantis. Em cada letra do alfabeto, um animal com um poema e a historia da vida do animal.

G - Gato Mimi

Mas que gatinho mimoso,
Vem cedo me acordar,
Mia, mia, sem parar,
Com este olhar azul do mar.

Seu pelo é tão macio,
Branco parece à neve,
Mas cuidado meu amigo,
Cuide dele bem de leve.

Ele tem asma demais,
Apesar de sua beleza,
Dormir com ele jamais,
Só amigos nada mais.

H - Hipopótamo

-Olá, amiguinho,
Bom dia feliz!
Seus dentes são lindos,
Seu olhar cativante,
Sua boca um perfume,
Seus dentes gigantes,
Amo-te assim mesmo,
És muito elegante.

Para não me comeres
Eu vou te agradar
Depois fujo correndo
Par não mais te olhar

Sonia Nogueira
 
*DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

*A ESCULTURA DA PALAVRA

 
*A ESCULTURA DA PALAVRA
 
A Escultura da Palavra

Dia Internacional da Poesia
21 de março

Esculpida estás na minha mão
Palavra-poesia de encantos mil
Sou de ti escrava em ato ação
Como na tábua gravada em buril

Vejo-te em todas as dimensões
No luar claro ou oculto nas nuvens
Na paisagem ou ventos vulcões
Na moldagem onde me convéns

Nas enchentes destruindo a cidade
No grito que fere o coração indefeso
Na terra fértil ou no mosteiro abade
Nos corredores da vida contrapeso

Encontro-te na infância reprimida
Ou na colcha de cetim perfumada
Em cada objeto em apetecida
Para esculpir-te com mão acirrada

Em cada momento há inspiração
Deito em ti a palavra merecida
Na saudade, dor, alegria, emoção
És meu cobertor minha acolhida

Sem ti sou ave sem ninho certo
Amplidão num vácuo ilimitado
Vagando debruço-me por certo
No teu ombro. És o meu achado

Sonia Nogueira
 
*A ESCULTURA DA PALAVRA

*NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

 
*NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
 
Homenagem a Mãe de Jesus
13 de Maio – Nossa Senhora de Fátima

Maria que foste escolhida
Para ser mãe de Jesus
Louvo-te com alegria
Porque és mãe, guia e luz
Em mil novecentos e dezessete
Em Portugal apareceste

Fátima era a cidade
Que para lá te moveste
Região montanhosa e agreste
Estavam os três pastorinhos
Jovens crianças inocentes
E o terço apresentaste
Para orarem eternamente

Primeira aparição (1917)
Deu-se a treze de Maio
Lúcia apenas dez anos
Francisco estava com nove
Jacinta apenas com sete
Todos na cova da Iria
Sobre a azinheira se via

Que Ela sempre aparecia
Os três viam a senhora
Mas Francisco não ouvia
Jacinta que via e ouvia
Apenas Lucia a mais velha
É que falava com Maria

Uma Senhora de branco
Mais brilhante que o sol
Com sua luz espargindo
Mais claro que o cristal
Iluminou as crianças
Que esperavam um sinal

Segunda aparição
Em junho do mesmo ano
Os videntes lá estavam
Com cinqüenta acompanhantes
Curiosos se espalhavam
E por todos comentavam

No dia treze de julho
Na terceira aparição
Já com dois mil peregrinos
Que olhavam admirados
Sobre um sol ofuscante
E uma nuvem acinzentada
Uma visão radiante
Que a todos perturbava

Na quarta aparição
Agosto do mesmo ano
A igreja recusou-se
Nas crianças acreditar
Eles foram sequestrados
Para o segredo revelar

Francisco e Jacinta
Bem cedo Deus os levou
Lúcia que sobreviveu
Para Roma viajou
E em dois mil e cinco
O céu já a alcançou

Sonia Nogueira

Santuário em Fátima
 
*NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

*A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NA ESCOLA

 
*A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NA ESCOLA
 
*A Importância do Livro na Escola*

A arte de ler é adquirida pelo hábito da leitura. Na maioria das vezes precisa de incentivo dos pais e professores. Mas essa menina lia desde a mais tenra idade, logo que ela foi alfabetizada, sem nenhum incentivo, apenas pela vontade de ter conhecimento de outros mundos, outras histórias.

Tinha uma amiga, na escola, a Aninha, que não gostava de estudar, o tênis para ela era a força maior que dominava seu pensamento. Conversava sempre com ela sobre a importância do estudo, da leitura de livros, da escola.

- Para que estudar amiga, eu vou me dedicar ao jogo e vou ganhar muito dinheiro.
-Jogo e estudo combinam muito bem, cara amiga. Caso nada der certo sua vida será um fracasso sem o estudo. Aninha fez uma prova para entrar no time e não passou. Chorou e através do fracasso sentiu a necessidade de adotar os livros como seus melhores companheiros. Nunca mais faltou a escola.

A sua escola era muito pobre e a leitura apenas as do livro didático. Certo dia o pensamento viajou nas áreas da imaginação e as alunas resolveram fazer a campanha do livro para a escola. Saíram pedindo livros nas casas, nas livrarias e formaram uma humilde biblioteca escolar.

Aos sábados, se reuniam para fazer leitura, interpretar os textos e convidar uma aluna da oitava série para avaliar e dar prêmios as melhores leitoras.

-Quais prêmios, e quem se prontificaria na grandiosa atitude de doar livros? A Lili recebeu uma luz, assim como astuta de mentes pensantes, que através do raciocino lógico adquire soluções para uma boa causa. Pelo sorriso anunciou a solução. Cada aluna trará de casa um brinde: lápis, borracha, caderno, caneta, um livrinho de cordel, custa um real na feira.

Tudo combinado e tiveram uma grande surpresa. Todos trouxerem o livrinho de cordel. Então outra ideia maravilhosa. Leram o cordel e cada uma se prontificou criar uma trova. A ação se frutificou, a turma cresceu, de cinco para quinze. As professoras formaram uma gincana para os melhores leitores da escola com a criação de versos falando sobre a importância do livro na Escola.

Então elas sentiram que a escola é a segunda casa e os livros a fonte inesgotável do saber. Sem eles a escola não caminha e a cultura de um país estaciona, o progresso para, a vida se deteriora.

A Importância do Livro Para a Escola

Escola sem livros é pobre
O aluno custa a aprender
O livro é um ouro nobre
Ajuda você a crescer...

O livro é a melhor arma
Atira só letra e cultura
Faz da escola um carma
Para uma paz futura.

A escola que tem livros
Incentiva a boa leitura
Os olhos são como crivos
A mente borda a brandura.

O livro é ouro em papel
A escola é prata e luz
Ambos são bolsa e farnel
Que na vida nos conduz
.
Sem livros e sem escola
O mundo não tem cultura
É como cego que implora
A luz que vem da altura.

SoniaNogueira
 
*A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NA ESCOLA

*NO NATAL

 
*NO NATAL
 
*No Natal

A estela viajava lenta
Os magos atentos à chegada.
Era tanto silêncio, e beleza,
Que a gruta quieta a chamada,

Acolhia os seres inquietos
Com olhar brilhante, sopro quente,
Servia de cobertor, de aconchego,
Nas palhas macias pertinentes.

A mãe sorria para o menino,
José cabisbaixo contemplava,
Os magos com presentes tremiam,
O mundo inocente ignorava:

Que o rei acabara de nascer
Para unir as nações, ensinar
O perdão, a fé, a igualdade,
A cada pessoa, em cada pensar,

Em cada ano, em cada momento
Em qualquer lugar, e na dor
Emergir do abismo iminente,
Para crer em Deus, o Salvador.

Sonia Nogueira
 
*NO NATAL

*SETE DE SETEMBRO - 1822

 
*SETE DE SETEMBRO - 1822
 
*Sete de Setembro 1822

Seja o Brasil independente
Nessa data sete de setembro
As cidades brasileiras sentem
O vibrar dos tambores, relembro

Pernas desfilam com orgulho
Cada colégio ostenta seus alunos
Aplausos em cada rua, barulho
Sorrisos encantam, ouvem hinos

No ano dois mil e vinte o silêncio
As ruas na solidão sem aplausos
Recolhimento e máscaras, refúgio
Em respeito à saúde, por um causo

A Covid tomou espaço, no mundo
A fé nos leva para o ano vindouro
Reatar o brilho e o amor fecundo
Com galhardia, ofertando o louro

Assim mesmo te louvamos, enfim
Com poemas e esperança varonil
Salve a Independência sem festim
Da nossa Pátria Amada Brasil.

Sonia Nogueira
 
*SETE DE SETEMBRO - 1822

*DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 
*DIA INTERNACIONAL DA MULHER
 
*Dia Internacional da Mulher
08 de março

D - Diva é sempre teu nome
I- Infinitamente Mulher
A - Amor que faz aquiescer.

I- Imagem nunca esquecida
N - Nas horas que o dia rompe
T - Tamanho é teu poder
E - Embalas, nos teus braços
R - Riso envolto de lágrimas
N - Nada detém teu amor
A - Aconchegando o filho
C - Criança carente na dor
I - Imola-se em teu regaço
O- Orando ao Criador
N- Não deixe nunca Senhor
A - A vida romper os laços
L - Livra-me desse embaraço.

D - Dom da vida, gera vida
A - Aqui no planeta terra

M - Mas onde você estiver
U - Única, em força materna
L - Literalmente és feminina
H - Hoje parecendo eterna
E - É você sublime mulher
R - Rochedo é a tua sina.

Sonia Nogueira
 
*DIA INTERNACIONAL DA MULHER

*DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 
*DIA INTERNACIONAL DA MULHER
 
*Dia Internacional da Mulher
08 de março

Quando em ti vejo mulher
A mãe rezando em um altar
Lembro a mãe santa de Jesus
A contemplar, seu filho, a chorar.

Uma roga pela saúde do filho
Que a divina providência cure,
A outra pela cruz que fez a dor
Ambas que o sofrimento não dure.

São duas mães e a mesma lágrima
E sentem a mesma amargura
No mesmo ventre que a vida gera
Com a mesma emoção e ternura.

Que força suprema recebe a mulher
Para missão de o mundo povoar,
Educar e proteger, doar o amor,
Ensinar a fé dá exemplo, abençoar...

O mundo cresceu, a mulher subiu,
Fez da profissão sua liberdade
E na dupla jornada nunca recuou
De ser a mulher-mãe dualidade.

Todos os dias é dia de mulher
Mas hoje neste dia especial
O grito da igualdade ecoou
A mulher conquistou seu pedestal.

Parabéns benditas mulheres!
 
*DIA INTERNACIONAL DA MULHER

*DIPLOMAS

 
*DIPLOMAS
 
*Recebi sete Diplomas enviado pelo escritor chileno Alfred Asís, por participar de Mil Obras a

-Mil Òscar Alfaro,

-Mil Poemas a José Martí,

-Mil Poemas a Miguel Harnández,

-Mil Poemas a Pablo Neruda,

-Mil Poemas a Sor Teresa de Calcuta,

-Mil Poemas a César Vallejo,

-Homenaje a Vinícius de Moraes.

Sonia Nogueira
 
*DIPLOMAS

Mãe-saudades

 
Mãe-saudades
 
*MÂE - SAUDADES

Que cedo me deixaste
Jovem aos vinte e nove anos
Subiste para outro plano
Antes que dois anos completasse

Queria te ter comigo
Para mamãe te chamar
Tantas vezes precisasse.
E em teu colo ninar

Mãe, a mais doce das palavras,
Que atende quantas vezes
A chamarmos e gritarmos
Sem ao menos reclamar

Para abrigarmos no frio,
Na dor ao tropeçarmos
Nas doenças inevitáveis
Na tristeza e na saudade
Nas noites mal dormidas
Quando ao filho velaste

O teu objetivo, mãe,
No caminho da bondade,
É conduzir teus filhos
Com justiça e lealdade

Felizes serão as mães
Que as metas alcançarem
Deus lá do alto as conduzem
E protegem vossos lares

Por isso aqui na terra
Uma mãe foi escolhida
Para cuidar de Jesus
E a Ele dá guarida

Feliz Dia das Mães
 
Mãe-saudades

*ESSE TEU JEITO

 
*ESSE TEU JEITO
 
*Esse Teu Jeito

Esse teu jeito firme
De alcançar meu coração
A palavra bem define
Guardarei com emoção.

Esse feito de querer-me
E os obstáculos vencendo
Derrubou-me, fez querer-te
Vassala me envolvendo.

Esse jeito que escrevias
Mesmo na longa distância
Foi torturas e alegrias
Foi momentos de bonanças.

Foi na escrita com jeito
Que o sonho se envolvia
E caiu sem nuvens, sem jeito
Na mesma palavra vazia.

Sonia Nogueira
 
*ESSE TEU JEITO

*GOTA A GOTA

 
*GOTA A GOTA
 
*Gota a Gota

De ti recordo quando a tarde cai,
qual onda açoitando forte ventania,
e nela me debruço ao som do dia,
enquanto dobra o pino sonho vai.

Talvez atordoada em tal dilema
num sábado, olhares se postulam,
apressadas pupilas se procuram,
para assim decifrar o teorema!

A gota veio entrando devagar,
se instala muda em cada poro meu,
quase indefesa cai no meu pensar.

Não viu abismo sequer, só apogeu
por rude tirania do encanto teu,
Gota a gota rugiu, desfaleceu.

Sonia Nogueira
 
*GOTA A GOTA

*PAZEAR

 
*PAZEAR
 
*Pazear

Laço-te na sorte dos que pazeiam
Sob o julgo que a natureza fez
Substantivos abstratos passeiam
Nas mentes, sem ter hora e vez.

No bem o retorno faz moradia
No mesmo habitat o mal cria raiz
No domínio das ideias autarquia
Comando que rege a força motriz.

Neste conflito que a mente registra
Fazes do pazear, lutas, conquistas
Então o coração repousa, ministra
E a paz será teu eterno acionista.

Que seja a paz o escudo da guerra
Amor, fronteira que limita a terra

Sonia Nogueira
 
*PAZEAR

*AM0R

 
*AM0R
 
*AMOR

É como o beijo suave do beija-flor
Sugando a vida sob meu olhar pasmo,
Nas manhãs, no jardim mel e condor
Roubando o néctar pouso e espasmo.

Amo-te aqui, além no plano oculto,
Da inconsciência dos meus quereres,
Como sombra firmada no teu vulto,
Nas palavras domadas dos saberes.

Amo-te como o sol na quietude,
Tocando nas marés em sintonia,
Teclando cada raio, rito em amplitude,
Quedando o sonhar que me irradia.

Amo-te sem causa, sem rosto findo,
Mas te amo assim sempre infinito.

Sonia Nogueira
 
*AM0R

*NATAL 2014

 
*NATAL 2014
 
*Natal 2014

Mais uma noite se aproxima, e olhares atentos se unem para admirar o Jesus Menino na manjedoura, tão indefeso quanto à vida.

Nasceu de uma jovem mulher, que enfrentou a maldade humana, a incompreensão dos hereges, a força e rejeição dos poderosos, a escravidão dos humildas.

De passagem ao planeta Terra, o Menino veio com a missão de ensinar: a fraternidade, a justiça, o perdão, o amor. Assim nasceu o cristianismo, após enfrentar a cruz aos 33 anos. Então Jesus delegou aos apóstolos e seus seguidores, a missão de divulgar e expandir a história da crença em um Deus único.

Em cada Natal, os cristãos revivem a história. A esperança nasce, e um fio de luz acende no coração, com o desejo de mudanças, embora a rudeza da maldade, a dor dos infortunados permaneça no coração de alguns infiéis.

Uma jovem ao lado da lapinha contempla a imagem de Maria, a mãe de Jesus, com olhar de contentamento e proteção ao recém-nascido. O quadro lembra a saudade da mãe que se foi, e a lágrima desprende, cai sobre o rosário, e banha a dor oculta, que nunca apaga.
A história se repete a cada ano.

Ainda que os festejos induzam a grandes comemorações, com presentes e banquetes, as famílias se reúnem para o abraço, com a garantia de perpetuar a história do cristianismo.

Feliz Natal a todos os leitores.

Sonia Nogueira
 
*NATAL 2014

*DIA INTERNACIONAL DO LIVRO

 
*DIA INTERNACIONAL DO LIVRO
 
*Dia Internacional do Livro
-23 de Abril

Sou para ti leitor, um abecedário
Necessitando do teu olhar zeloso
Para sugar de mim igual dicionário
Todos os saberes o mais pomposo.

Sou teu amigo na alegria, na dor
Desde o primeiro ensinamento
Com garatujas, rabiscos de cor
Acompanho-te em todo momento.

Trago em meus arquivos mudos
A linguagem universal das línguas
Germino saber a mudos e surdos
No braile ou na mímica interlíngua.

Deixa-me habitar teu mundo são
Está no teu quarto, na cabeceira
Na tua bolsa eu nunca seja vão
Mas uma relíquia, direção, viseira.

Sou indefeso carente de proteção
Protege-me da sanha da chuva
De riscos e sol, rasgado no chão
Encapa-me tal um filho coruja.

Sem mim o mundo fica iletrado
Sem registro sem passado, história
Sou teu livro, teu mundo, teu fado
Sem mim, toda a vida é inglória.

Sonia Nogueira
 
*DIA INTERNACIONAL DO LIVRO

*DIA DO ESCRITOR

 
*DIA DO ESCRITOR
 
*Dia do Escritor-
25 de julho

Escrever é arte, é magia do pensar
Prosa e poesia, faz da arte moradia,
O tema é critério de quem ousar,
Ritmado ou de livre sintonia.

A palavra é vulcão convincente
Derrama a lavra quente e silencia,
Confronto de olhares em dialética
Entre o eu, e o outro em anistia.

Mas há quem de tal faça estroinice
Liberta a emoção atinge os mares,
Como a palavra é livre em arteirice
Viaja, tem domínio em seus pensares:

Estende em cada espaço seu encanto,
Talento e faro haverá de encontrar,
Nas mãos que do lirismo faz espanto,
Na poesia, desbravando outro luar.

Escreve o jornalista faz à crônica,
Avança o conto, aflora o repentista,
A vida continua assim biônica,
Levando no romance a voz altista.

Ensaios trazem o esboço literário,
Nos trovadores o canto ecoando,
A rima não morreu se fez plenário,
Discursos na palavra é comando.

Escreva eu, você o que lhe apraz,
Faz bem, aclama, acalma o sicrano
Que seja a palavra de canto e paz,
Pra todos há espaço, disso me ufano.

Parabéns a todos os poetas
 
*DIA DO ESCRITOR

*O VENTO*

 
*O VENTO*
 
*O Vento*

O vento que soprou distante
Chegou numa languidez suave
Trazendo na vertente avante
Mordaz saudade em conclave......

As notas trepidaram ausentes
Nenhum clarão servil, embalde,
Para regar a terra em presentes
Da palavra que voou na tarde..

Entrei sem permissão na casa
Silêncio e solidão rosnaram
Só o perfume e palavra rara...

Sentei na almofada vi a mão
Que dedilhava numa contramão
Canções suaves que encantaram.

SoniaNogueira

São simples aparências, nada mais,
A voz que sussurrante me chamava,
A ausência de teus olhos sensuais
O frio toma a casa, afasta a lava.

O vento me responde: nunca mais,
Silêncio corta a noite, quem amava
Agora tão distante diz jamais.
O velho coração, a firme trava.

Vagando pela sala, sem respostas,
As velhas esperanças decompostas
Expostas ilusões férrea saudade.

No quanto fui feliz e não podia,
A noite se prepara e mata o dia,
Aonde encontrarei felicidade?

Marcos Loures
Médico mineiro e grande sonetista
 
*O VENTO*

*NESSE MOMENTO

 
*NESSE MOMENTO
 
Nesse momento

O mundo repousa em emoção
No silêncio com o tempo é cúmplice
A natureza prostrada em oração
Confabula dessa trégua tríplice

Entre nações, povo indefeso e espaço
Para resignar-se à obra em evolução
De uma pandemia e entre cansaço
Olha a vida nas palavras e ação:

Fica em casa, que a cura virá assim:
Quando portas fechadas se abrirão
Com o ranger do ferro em festim
Ruas fervilharem e pernas servirão

Ao andejo dos costumes nas praças
Povos nos bares com sorriso aberto
Ao tilintar do copo, festejo por certo

Que hora de emoção pela espera
Ao abraço unindo corpos carentes
Aperto de mãos, gratos imponentes

Pela sobrevivência resiste ao inimigo
Essa força poderosa que persiste
Em ser fraterno com todos, a Covid...

Sonia Nogueira

Na coletânea "Interlúdio" do
Recanto das Letras.
 
*NESSE MOMENTO

Livros Publicados:
- Por Justa Causa - contos
- Nas Entrelinhas (200 sonetos)
- A Pequena May - juvenil
-Datas Comemorativas em Poesias
-Eu Poesia, Contos e Crônicas
-No Reino de Sininho, infantil
- A Janela Azul
- Contação de História Infantil...