Poemas, frases e mensagens de jessicaseventeen

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de jessicaseventeen

Tenho 18 anos e sou estudante de Comunicação Organizacional na Escola Superior de Educação em Coimbra.

Descobri aos 17 anos a paixão pela poesia, uma atmosfera enorme!

O melhor (que me move) está dentro de mim!

SABOR (D)A TERRA

 
(De)calco a terra em plena noite de tempestade
Passeio em teu corpo revestido em mel e flores
Sinto teu aroma em folhas d’orvalho e liberdade
Desfolha-se o malmequer e sei dos seus amores

Rodopio em chamas ao compasso da lua
Que traz tod’o esplendor do sabor (d)a terra
Prata, bronze e ouro em nada mingua
O desejo a dois a nevar no cimo da serra

Sopra a tempestade os cabelos ao vento
Num tango abraçado em água cristalina
O carrossel sensual dança a tod’o momento

Traçado pela cigana que já previa a sina
Une palma da mão rasgada à outra palma
Sabor (d)a terra em cada (re)canto da alma.

22.01.12
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SABOR (D)A TERRA

SILÊNCIOS (A DOIS)

 
Quantas não são as noites em que me afogo em silêncios teus?!
Silêncios esses que são (os) meus…

Chamo-te… chamo-te amor!
Visto meus olhos de tempestade
Procuro em meu corpo teu sabor
Morro! Fizeste-me acreditar na eternidade!

O que resta da aurora
Embriagada no teu leito
É orvalho que no meu peito chora
Onde me dispo (de ti) neste verso imperfeito

A vida é um (a)mar de pedaços

O amor faz-se a quatro braços
Faltam-me dois
Essenciais – os teus
Não (me) deixes p’ra depois
Não me obrigues a rogar aos céus.

Queria sentir teu forte abraço
Gritar bem alto a liberdade
As minhas mãos entrelaço
Para que se vá embora a saudade!

09.04.12

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SILÊNCIOS (A DOIS)

(AMOR) FOI ONTEM A PRIMAVERA

 
Amor, foi ontem a Primavera!
Trazia-te em rosas os olhos rasgados
Tantos foram os poemas declamados
Ainda há um abraço à tua espera!

A sede que dos teus beijos trago
O laço (e)terno de cada afago
Do meu corpo jamais (te) apago

Amor, foi ontem a Primavera!
Poisavam andorinhas na minha mão
Desenhava-se no céu a nossa união
Ainda há um sorriso à tua espera!

É no presente d’Outono que te quero
Ao ver as folhas carcomidas desespero

Se um dia se cruzarem outros olhos com os teus
Outras mãos (sem serem as minhas) com as tuas
E se os teus lábios não forem mais os meus
No meu olhar não haverá mais sóis nem luas

Sei que foi ontem a Primavera
Traz papoilas rubras e volta
Não quero que sejas quimera
Dum amor que anda à solta!

05.04.2012

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(AMOR) FOI ONTEM A PRIMAVERA

SEI-TE DE COR

 
Sei de cor
Os afectos maiores que te (trans)bordam no peito
Que desnudam a tua alma pura e leve em segredo
Pelo céu espelhado entre pétalas de amor perfeito
Sei o significado do anel d’ouro que trazes no dedo

Sei de cor
O laço que te enfeit(iç)a se estou perto
Ao clarão que se estende pelos teus olhos
Dá-se o enlace dos corpos num aperto
À sede do horizonte entontecido em folhos

Sei de cor
O mosto aceso que te corre imune pelas veias
As armas que usas só para me conquistar
Como aranha com seus truques borda as teias
Sem necessitar dos raios de sol para brilhar

Sei de cor
A palavra amor sussurrada ao ouvido
A única que cabe dentro do dicionário
Onde somente tu e eu fazemos sentido
Tornando possível o nosso íntimo diário

Sei de cor
O inverno quente no teu aconchego
Em que está repleta de flores a primavera
Pelo genuíno leito do Rio Mondego
Juntos no museu somos estátuas de cera

Sei de cor
O licor do beijo que desejas se não me tens
De (a)braço dado à distância de saudade
Onde sou o maior de todos os outros bens
Sempre que fugimos num voo de liberdade

Sei de cor
O pormenor com que pintas o meu retrato
Em cada traço belo, dás-me vida
De quanta sensibilidade tens no tacto
Enches a tela em êxtase colorida

Sei de cor
Todas as palavras que te faltam na minha presença
Em que sou fada doce no teu encantado conto
Onde queres que o nosso amor tudo vença
E no final não te atreves a pôr qualquer ponto!

10.01.12

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SEI-TE DE COR

TRAGO OS OLHOS RASGADOS PELO ESTOJO DA TUA BOCA

 
Poisas na noite teu corpo morno
No teu peito meus olhos rasgados
Pelo estojo da tua boca contorno
A fome de tantos beijos dissipados

Sabor doce de frutos vermelhos a nu
Descem os lábios pelos prazeres da pele
Delícias de mil sóis de fogo, uva e caju
Naufragando no (po)mar de ondas e mel

Aragem salgada em corpos de girassol
Óleo de frutas (es)correndo solto pela ria
Paixão acesa com pitada de mentol

Enlaçam-se as mãos em forma de poesia
Bordam-se queixumes em torno do lençol
Estremecem estrelas em noite de fantasia.

13.02.12
 
TRAGO OS OLHOS RASGADOS PELO ESTOJO DA TUA BOCA

(CONTRO)VERSOS DE OUTONO

 
Em plena noite soalheira de Outono
As folhas caídas afrontaram o sono
O teu corpo pediu esmola ao meu
À minha porta dormente bateu

Abriguei-te ao aconchego da lareira
Cheguei-me perto, à tua beira
Amei-te ao calor das mãos entrelaçadas
Em arrastos de pele carenciadas

Resmunguei condensada no teu olhar
Ousando o nosso amor em versos abafar
Versos soltos lapidados de pura paixão
Que abrigo num sopro do meu coração

Se a tempestade chorona desata
As árvores arrepiadas
Se as folhas secas
Estão prestes a ser calcadas

Se o berço da noite é o colo do dia
Irrelevante é descortinar tudo isso agora
O nosso relógio ainda marca a mesma hora
Os calos curados brotam de alegria

Amor, despreza o tempo lá fora
O nosso relógio ainda marca a mesma hora
Mantém-te assim radiante a sorrir
É só isso de ti que quero sentir!

15.11.11

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(CONTRO)VERSOS DE OUTONO

LAMENTOS EM CINZAS

 
Hoje trago os olhos carcomidos e sedentos
E um poço de alfinetes cravados nos dedos
Que roubei na larga rua dos meus lamentos
Onde sou masoquista e omito meus medos

Deixo que se abata a tempestade sobre mim
Até qu’o granizo me despache em pó pr’ó chão
E venham as cinzas aos olhos levar-me por fim
De quantos lamentos habitam em meu coração

Oh, tristeza que me (a)gasta até a palma da mão
Que serei eu senão borralho cuspido na fogueira
De uma mentira que rasgou o fogo a vida inteira?

Oh, não quero mais isto para mim, não quero não
Prefiro que me sopre já o vento e longe me desfaça
E depois sem leme, me derrube e perca a carapaça!

16.01.12

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LAMENTOS EM CINZAS

CATÁSTROFE NATURAL

 
Deixa-me que te foque
Sossega embebido pelo odor matinal
Dispo-te sem que te toque
Ao encanto da catástrofe natural

Que delire a gravata lavada
Ao espelho da minha fantasia
Que se desfaça a camisa talhada
Em lascas de madeira
Que humedeçam os meus lábios
Pelo teu tronco como trepadeira

Que o cinto se destrua
Entre meras labaredas
Que as calças perfurem o tecido
E se agitem em carne viva
Que a minha carne seja a tua
Que os sapatos se desatem
E as meias voem noutra perspectiva

Que a mais genuína intimidade
Se expresse e se solte
Entre arrepios de liberdade
Grite o mar e se revolte

Agora sim,
Sinto-me capaz de te amar
Para lá do horizonte
Até que te possa completar
Como a água completa a fonte.

25.10.11

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CATÁSTROFE NATURAL

MORREM-ME POEMAS NA BOCA DO ALÉM

 
Quando um verso me quer desafiar o sono
Pés sorrateiros vêem a janela sem ninguém
Num sopro solta-se o peito ao abandono
Morrem-me poemas na boca do além

Os olhos contornam barcos em declive
As mãos vestem-se numa guerra de fendas
Em sufoco quase o corpo não sobrevive
A alma sedenta destina-se às emendas

Morrem-me poemas na boca do além
O aço que cobre o corpo é o único refém
Cortaram as raízes dum verso mudo

Deram-me um bilhete sem qualquer morada
Aquilo que um dia se resumiu a tudo
Hoje resume-se à palavra NADA!

10.02.12

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MORREM-ME POEMAS NA BOCA DO ALÉM

SOU (TUDO) DE TI

 
Sou de ti
Vestido de seda desalinhado
Na cascata que desata florida
Pelas mãos de vento rasgado
Mais que o rascunho da vida

Sou de ti
Sorriso em fogo dum girassol
Do livro desfolhado de pecado
Aberto entre as noites de sol
No seio das manhãs roubado

Sou de ti
Água que (es)corre livre na ria
O maior equilíbrio da balança
Dos pedaços juntos em poesia
Ao olhar bordado d’esperança

Sou de ti
O íntimo momento nu que admiras
As horas que teimam em não passar
Mais os minutos que ao tempo tiras
Para que o nosso amor possa durar

Sou de ti
Notas musicais enfeitadas na pauta
Escutando ao ouvido pura melodia
Harmonioso canto em que a flauta
Entrelaça nossas mãos por telepatia

Sou de ti
O arco-íris ofuscando a tempestade
O son(h)o acordado até entardecer
Um pássaro gritando em liberdade
Até o pôr-do-sol dentro de nós romper

Sou de ti
Orquestra afinada num jardim sem fim
Que não te sai por instante da cabeça
Sou uma coroa de rosas e jasmim
Que encaixa tu e eu numa só peça

Sou de ti
Suor que te escorre pelos dedos
Do melhor que sei dar de mim
Meu amor jamais tem segredos
Porque te amo e desejo assim

Nesta noite de açucenas
O teu aroma aqui e ali…
Sabe apenas
Que sou só (tudo) de ti!

20.12.11

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SOU (TUDO) DE TI

DEIXA-ME DIZER-TE (TUDO)

 
Deixa-me dizer-te
Porque sorriem as orquídeas no Outono
Se me aqueço do teu corpo no Inverno
No paraíso a dois só tu és meu dono
Só no teu peito encontro o calor (e)terno.

Deixa-me dizer-te
Todos os passos de fogo que dá a Lua
Quando serpenteias louco pela minha pele
E te vestes da minha carne (a tua) nua
Se lavo o sorriso nos teus olhos de mel.

Deixa-me dizer-te
Porque só enlaço as minhas mãos com as tuas
Se nossos lábios se juntam num poema maior
Sempre que estou perto e nos meus braços suas
Gritando à tempestade não há sensação melhor

Deixa-me dizer-te
De que cor pintei as águas do Rio Mondego
Pela pureza ruiva que roubei ao teu olhar
No teu leito sinto o doce aconchego
Onde não me perco, só me sei encontrar

Deixa-me dizer-te
Corrigi o itinerário das minhas asas
Ao encontrar um voo de sol em teu redor
Ate(e)i a nossa paixão em plenas brasas
E no teu ventre tatuei a palavra amor

Deixa-me dizer-te
Não é coincidência ouvirmos a mesma canção
O que nos rodeia é mais do que terra, é (a)mar
Nunca te negarei o bater do meu coração
Porque só tu sabes como o completar!

Deixa-me dizer-te TUDO...
Num (só) verso mudo.

27.02.2012

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DEIXA-ME DIZER-TE (TUDO)

JESSICA NEVES E CARLOS VAL - HOJE SÓ AS CINZAS SE VESTEM DE NÓS

 
Hoje só as cinzas se vestem de nós
No regaço trazes os meus olhos em cruz
Só a noite sabe de mim
Despe(de)-me do teu amor
Se existiu sol, existe (ar)dor...

Empoleiro-me nos teus cabelos
Embebedo-me com o cheiro da pele
A rasgar o fogo lento
Que me cospe em tiras desalinhadas
Desço aos teus pés
E interrogo a maré de sal
Presa ao meu leito
Num cálice de vinho tinto…
Afogado em lençóis brancos

Os rios falam-me deste regresso
Onde pernoito neste céu incompleto
Que trago nas estrelas dos teus olhos
E o branco aveludado onde me deito
Ressuscita o mel dos teus lábios
Ainda que o cálice já esteja vazio…

Hoje cultivo jardins próximos do mar
No salitre acetinado do tempo
E um dia…quem sabe?
O tempo se lembrará de nós…

22.07.12
 
JESSICA NEVES E CARLOS VAL - HOJE SÓ AS CINZAS SE VESTEM DE NÓS

1ºLugar CONCURSO POESIA APPACDM - O TEU SORRISO... UM POEMA

 
POEMA VI CONCURSO POESIA APPACDM SETÚBAL "COMUNIDADE ESCOLAR"

O teu sorriso
É o brotar de uma flor
O brilho encantado da noite
O nascer de um novo dia
A esperança de uma luz acesa
Que me traz a alegria
E leva para longe a tristeza

O teu sorriso…
Um poema

Só o teu sorriso me seduz
Nele vejo a vida
De olhos fechados
Num tocar de lábios
Intensos e delicados

O teu sorriso…
Um poema

O teu sorriso
É a chama do meu corpo
É o meu íman de eleição
É aquilo que me alimenta
O espírito e o coração

O teu sorriso…
Um poema

O meu coração diz
Que tu apenas sorris
Porque sabes
Que o teu sorriso
É tudo o que preciso
Para me manter viva

O teu sorriso…
O maior poema

12.10.11

Alexandra Vasconcelos (pseudónimo)

MAIS DETALHES E FOTOS NO BLOG EM:
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Reparto este primeiro lugar com todos aqueles que se orgulham com este saboroso passo na ainda curta mas tão desejada longa caminhada.

Um sincero muito obrigada a todos os que me apoiam e me lêem diariamente.
OBRIGADA!

Queria ainda felicitar a organização do Concurso pela iniciativa e também todos os participantes e desejar que este evento se realize por muitos anos.

Especial agradecimento à D.Nanda que tornou este acontecimento possível :)

Jessica Neves
 
1ºLugar CONCURSO POESIA APPACDM - O TEU SORRISO... UM POEMA

(SEI QUE) EXISTES

 
Sei que existe
Uma rosa rubra desabotoada pela primavera
Num piano dedilhado ao compasso suave
Como cálice em fogo sugado por uma fera
Ascende ao gemido incendiado duma ave

Sei que existe
Uma valsa ensaiada a um canto da sala
Iluminada por uma vela em pranto ardida
No poema qu’em meus lábios nunca se cala
Quando a fome é fugazmente combatida

Sei que existe
Espalhado em teu corpo o aroma a incenso
Resgatado na mata viva dos meus encantos
Onde estão reservados desejos que penso
Serem para ti diferentes de outros tantos

Sei que existe
Uma pele de cetim embrulhada na minha
Num presente recebido de braços abertos
Que conduz o nosso amor numa só linha
E embriaga os sonhos em nós despertos

Sei que existe
Um leve sorriso com a porta entreaberta
Que insiste em não se querer esconder
Avistando a lua cheia pelo céu descoberta
Logo espreita arrebatado até amanhecer

Sei que existe
Um mar que me ladeia incandescente
Em que a paixão se inunda sem fim
Onde só tu existes simplesmente
Em cada fragmento único de mim!...

31.12.11

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Desejo a todos um ótimo ano 2012 e agradeço todo o carinho e íncentivo à minha escrita no ano passado :) *
 
(SEI QUE) EXISTES

CAOS

 
 
Nós, seres desumanos
Deixamos que a sofreguidão do momento
Se apodere do corpo
Desprezamos as cúmplices migalhas
E os beijos do sol em manhãs sorridentes
Preferimos apertar a chuva miudinha
Dar as mãos por fugazes interesses
E lavá-las em águas injustas…

Nós, seres desumanos
Trocamos olhares como quem faz do engate
Rotina diária para a sobrevivência
Lambemos a cobardia e o medo
Alimentamos as barrigas cheias
E as aparências contrafeitas
Somos desgraçados porque
Preferimos a raça que nos destrói…

Nós, seres desumanos
Continuamos em falta connosco próprios
Falta-nos percorrer a vida
Falta-nos abraçar a essência
Falta-nos o ato mais nobre de todos: Amar!

04.07.13

Jessica Neves *

NO BLOG: http://sempapelecanetacomalmaecoracao ... pot.com/2013/07/caos.html
 
CAOS

O POEMA QUE NÃO TE LI

 
Não penses que me esqueci de ti.

Não esqueço que um dia ao teu leito pertenci
Um dia de cego e quente amor (tão tua) me perdi…

Na noite em que roubei o sol e me vesti
Ao teu íntimo murmurei e pedi
Leve, que me deixasses possuir-te, desci
Breve, soltei-te as vestes, renasci…

Não esqueço a flor de lótus que para o teu sorriso colhi
Numa era em que só aos teus olhos me (p)rendi
Partilhei, vivi, amei, sorri, chorei, aprendi

Tanto mendiguei nos teus braços
Tanto superei a tempestade
Quisera eu o calor daqueles abraços
Para navegar no mar em liberdade…

Não, não penses que me esqueci de ti.

Tanto que eu pedi para voltares
Tanto eu pedi para me amares
Que importa se dos olhos salgam gotas?
Se tu olhas e finges que não notas?!

Morreu-me ao canto dos lábios o poema que não te li…

No dia em que me esquecer de ti
Quando me faltar a palma unida
Meu amor, quando me faltar a vida
Morri.

07.03.2012

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O POEMA QUE NÃO TE LI

VERSOS DE AMOR NUNCA SERÃO DEMAIS

 
Todas as palavras podem ser banais
Mas se um dia em meu peito habitou um cardume
Versos de amor nunca serão demais
Mesmo quando resta só um rumor do teu perfume

Esta saudade de ti, esta distância
Dos teus lábios perdi o gosto
Do teu corpo esqueci o mosto
Quisera eu combater esta ânsia…

Perdi até o luar d’Agosto
Tinha tanto p’ra te dar
Já não há folhas de rosto
No fogo aceso dum olhar

Não (es)corre mais o rio Tejo
Com as mãos ainda te desejo
Todas as palavras podem ser banais
Versos de amor nunca serão demais

Deixa-me comtemplar-te
O instante só dum sorriso
Para de seguida amar-te
Neste nosso laço impreciso

Meus olhos há muito que esqueceram a cor
Alguma vez tinhas desfeito em pó uma flor?!

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VERSOS DE AMOR NUNCA SERÃO DEMAIS

CEIA DE AMOR

 
Desencantei dos teus olhos
Perfume no ventre da escada
Embriagada em nossos folhos
Ondas em plena praia rasgada

Conchas embebidas na areia
Entre um beijo desapertado
Abanca o tempo de lua cheia
Em tons azul do céu dourado

Corre fogo lento da cascata
Desenfreada de tanto riso
A tempestade fugaz desata
Em cada corpo, um sorriso

Chovem luzentes alianças
Com cheirinho a alecrim
Ingenuidade de crianças
Pimenta, canela e jasmim

Ceia d’amor em praia
Extasiado sopro do vento
Roda viva solta em saia
Carne unida pelo momento

14.12.11

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CEIA DE AMOR

ESBOÇO DE SAUDADE

 
Enfeitiçada pelo breu da noite
Esfumaçava o cachimbo
Enquanto bebia o licor da vida
Humedecia o rosto de afinidade
Lembranças inquietas
Do esboço da saudade

O meu olhar colheu diamantes
Esboçou um sorriso breve
Por longos instantes
No breu da noite
Caíram flocos de neve

Padecias tão leve…

A dor sossegou.

Algo te trouxe
E não mais te levou
Por amor
Nada de mim te arrancou.

18.10.11

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ESBOÇO DE SAUDADE

DO(RM)ENTE

 
E se minha alma ao compasso da carne ferve
Mordo a língua em cegas tiras de inquietação
Doença triste que o deserto sombrio me serve
Só um corpo amorfo me cabe na palma da mão

Sou renda desafinada tentando arranhar sedas
Ferida incurável em pele do(rm)ente
Aos olhos em cinzas ardendo entre labaredas
Quisera eu um dia neste mundo ser gente

Oh quimera ingénua, pureza de criança
Entre montes e vales havia um olhar risonho
Soltava-se a voz em timbre de esperança

Porque é que acordei daquele belo sonho?!
Arrepia-se a garganta, tenho foles nos dedos
Vendaram-me os olhos, tropeço nos meus medos.

20.02.2012

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DO(RM)ENTE

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Obrigada,

Jessica Neves *

:)