INTIMISMO
Que pranto tão demorado
Minhas lagrimas são só gritos
De obediência tola
Sufocados em mim...
Calados de desejo
Que coração dilacerado,
Que arde em angustia,
Que padece intocado
Que calmaria aparente
Que esconde o medo,
Que intransparece solidão
Há quanto tempo desvelouse
O segredo?
E por alguns instantes
Eu sou só um homem comum
Cheio de dúvidas,cheio de sonhos e vontades,
Lutando para não sofrer,
Sabendo que arrancar o sofrimento
Da vida,definitivamente, é impossível
Que capricho cego
Disfarçado de melhora,
Ele é só a sua soberba latente
Que vem à tona como um puxa-saquismo
Que pessoa persistente
Que a toda hora é posta a prova,
Que acredita em si quando todos desacreditam,
Que elogia a si mesma quando ninguém
Mais o faz
Que há tanto tempo aprendeu
Mas que às vezes precisa de um lembrete
Para recordar o que é viver
Esperança Vazia
Esses são dias sem esperança, amigo.
Navego em uma imensidão de expressões vazias
Em busca de paz, em busca de vida.
Um furacão que devasta sonhos e arrasta o medo.
Esses são dias sem esperança, amigo.
A verdade e a loucura tingem o céu de azul
Em outros olhos o caminho mortis
É o único desejo a ser alcançado.
Não ver, não ouvir e nunca enxergar...
Esses são dias sem esperança, amigo.
E o desespero esculpido como tocha viva
Entoando o vazio, desprendendo a razão,
Ignorando a sanidade e tornando mais negros
Esses dias sem esperança.
Recomeço
Eu preferi partir ao deixar de ser eu mesmo
Eu preferi deixar que o vento levasse as folhas
E as fizesse viajar distante até que o tempo
Já não as encontrasse mais
Eu decidi ficar com os meus pensamentos
Alcançar vôos novos através das asas da
liberdade
E aprender com tudo aquilo que você me ensinou
Enquanto as estações passavam nosso amor florescia
E já no começo quem sabe não estava
Fadado ao fim?
As lagrimas gritando insistem em cair do
Meu rosto, eu guardo os sentimentos de um coração quebrado.
Que tão logo suma esta angustia, assim como tão rápido ela invadiu meu peito
Esperança negra
Seus olhos eram escuros como a morte
E, no entanto trouxeram-me esperança
Retiram-me momentaneamente a dor
Para depois fazer-me servo de sua causa
Por tanto tempo essa foi a única razão de
Minha existência
E mesmo a beira deste abismo
Ainda lhe tenho gratidão
Tornei-me uma arma a ser usada
Para satisfazer suas vontades
Apenas algo ambulante e cego
Jamais poderia retornar aquele inferno
E suas promessas pareciam me dar certeza
Da minha importância e do meu futuro
''Não existe razão para nossa existência,
No entanto se sobreviver verá muitas coisas
Interessantes''
Foram suas palavras...
Infelizmente discordo delas
Pois minha missão
É amar alguém que ofereceu-me
Uma falsa liberdade
Que ama apenas a si,
E que mesmo agora em meu leito de morte
Só pensa em poder.
Campos do Passado
Doce borboleta
Que tão tristemente
Levaste o meu amor
Para os campos eternos
Onde as flores dançam ao luar
O vento sopra as mais lindas canções
E a primavera não tem fim
Derrame sua benção
E tire do meu coração este pesar
Anjo da sabedoria
Não me deixe só nesta curva
Pois encontrarei o
Meu destino
Não me deixe adentrar esta
Porta despreparado,
Não me deixe sem motivos
Para sorrir
Diga ao meu amor que
Ainda há lembrança
Ainda há luz e ainda
Existem lágrimas
Dê-me sua mão e atravesse
Esta paisagem
E eu direi que não pode haver
Amor mais poderoso
Se nestes sonhos disseste
Que viveríamos eternamente,
Foi o seu sonho que o levou
Para além deste vale
Peço que caminhe ao meu lado
Até que nos percamos de vista
Ou até que a estrada se bifurque
Para qualquer lugar que eu não possa
Mais ir
Sobre este poesia vestida de luto,
Ainda não disse o motivo
De tantos outros contos
E se ainda me tem,
Inspire a esperança e expire
A eterna luz que agora o envolve
Rezo para que o tempo pare
Ou ao menos deixe de existir
Até que estejamos juntos novamente
Como uma rosa branca no meu coração
Tente agora enquanto ainda há tempo,
Mostre me o seu melhor,
Não desvie o seu olhar da luz.
Procure não mostrar indiferença,
Ainda sofre pela perda, ou os olhos
Se tornaram secos?
Será que eu me enganei enquanto você
Fazia parte de algo maior?
Não sei para onde foi a certeza.
Ou se os mártires caíram em profundo sono.
Imaginei uma noite sem estrelas ao
Redor do mundo.
Imaginei a vida isolada de todas as distâncias.
Eu pequei e meu espírito prometeu dormir.
Outra epidemia de corações desalmados,
Agora uma memória para honrar.
Diga que eu não esqueci dele.
Diga que agora tenho os seus olhos.
Não quero desvirtuar a saudade ou a paz,
Talvez romper algum limite finito em si.
Ontem as nuvens formavam estrelas,
Hoje são pântanos sem água.
Virgens caminhando pelos portais aéreos.
Essa música trouxe a torrente de água,
Fez-me ver o perdão e os anjos pálidos
Colocados em uma Prateleira
Para chorar todos os dias.
Eu pediria para não ir embora,
Mas só se não estivesse tão cansado de lutar.
Eu escreverei mais cartas,
Prometo!
Não é o lamento que incomoda
E sim fazer as pazes com a vida que cedo
O levou.
Você me ensinou a não ser pequeno,
A não sumir sem deixar qualquer rastro.
A não me despedaçar quando fugir
Está muito além...
Eu prometi olhar para luz e descansar sobre as sombras,
Até que possamos nos reencontrar.
Eu pedi aos senhores do universo,
Uma eterna guarda dentro de um meigo coração.
A terra tremeu,
E o guerreiro voltou para o lar...
Desta vez as lágrimas fertilizaram o solo,
Mas a semente que germinou foi o amor.
Ainda beijaria rosas brancas e pediria
Um ultimo abraço.
Entretanto os anjos lhe tocaram a face.
Mas permita-me enviar esta mensagem
Em forma de asas que emitem uma leve brisa quente.
Me ouça, dê-me um sinal.
E saberei que está em paz em virgens campos
Desconhecidos.
Ao meu pai e amigo.
Viveu com simplicidade e ainda agora, me deixa o seu melhor: O amor e a certeza de que temos que evoluir, mesmo que isso signifique partir para longe.
Josenildo
17/09/1963 A 31/08/2010
"Ora, o que muito ama, não o deixará"
(Allan Massie)
Para aquele que está me ouvindo...
Não há mais tempo para me deixar sem palavras,
Ontem eu saiba exatamente onde elas
Me levariam.
Agora preenchendo a memória dentro do meu próprio
Desespero
Só acho que poderia ser mais sólido.
Eu já lhe disse um milhão de vezes:
A memória permanece, mas
O vazio é a outra face.
o meu sonho se perde
na escuridão da sua lembrança...
Novamente os meus olhos ardem
E a minha lágrima cai no esquecimento.
verdade desvelada
Enxergo varias várias verdades:
A do pai,a do filho,a do irmão
E no entanto só existe uma verdade:
Não existem sombras capazes de ofuscar
Sua luz,nem amor insuficiente,nem ódio
Eterno
O lúcido e o insano muitas vezes
Se cruzam dentro de nós
A virtude é a arma do guerreiro
E o algoz do corrupto
Se existe um amor perpetuo
E somos parte dele
Se temos medo de nossas sombras
Se coração e carne são um só
Continuaremos a ser belos e monstruosos
Isso é ser humano!
(Arthur Willians)
Sentimentos de areia
Uma criança de olhos tristes
Caminha pela noite
Será que ninguém
É capaz de amá-la?
Que sensação de vazio
É essa?
Meu peito dói tanto
Mas não há ferimento
Uma vez minha mãe
Falou-me sobre dor:
‘’A dor é algo insuportável,
é tão forte
que faz com que a gente
perca o controle’’
Ela cortou-se
E continuou:
‘’Esta vendo esta ferida?
ela logo cicatrizará,
mas as dores internas
aquelas que apertam
o coração
só se curam
com um tipo especial
de remédio’’
Será que algum dia
Alguém não me verá
Como um monstro?
Aqui é tão solitário ...
Só existe esta areia
Que me envolve e protege
Mas ela é tão fria
Incapaz de transmitir
Qualquer sentimento
Quando temos só
A nós mesmos
O ódio e o rancor
São as únicas companhias.
Nada é capaz de restaurar
Coisas que já foram perdidas
‘’Esse remédio especial
é o AMOR!
Quando achar pessoas
Que façam a sua vida feliz
As protegerá
E esse afeto
O tornará mais forte.’’
Uma criança
Já não possui lágrimas
Para derramar,
Uma criança
Não possui amor,
Uma criança
Não sabe se terá destino.
Os sentimentos dela
Tornaram-se areia
Uma criança de olhos tristes
Caminha pela noite
Esta criança sou eu!
(Arthur Willians)
Dias cinzas
Por que não ouvimos a voz da intuição?
Temos tão pouco tempo
E mesmo assim as coisas ainda parecem distantes
Procuramos a felicidade em cada dia
E, no entanto estes dias estão tão cinzentos.
Sonhando acordado ou tentando esquecer...
As dificuldades não irão embora definitivamente
Podemos tentar abafar o medo e o mal
E eles viram uma planta dentro de nós
Crescendo a cada dia,
Arrancando o que resta
Parece-me que ninguém consegue
Cantar uma canção de alegria
Quando está na solidão
Nem fingir que o seu coração
Não está em pedaços