Poemas, frases e mensagens de angelOFdarkness

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de angelOFdarkness

Sem ti

 
Tantos sonhos escapar deixava
Enquanto por ti de amores me perdia!
Distante permanecias e te via tão fria,
Que por dentro de mim apenas chorava.

Só tu não vias que tanto te amava,
Em ilusão pensava em ti todo dia!
Te ofertei com coração minha poesia
Palavras que do peito por ti arrancava...

Teci em plena ilusão o duro engano!
Errei em não seguir sem ti adiante,
Consenti a dor que mais ninguém consente.

É apenas meu o pressentido dano
De te amar mais que um mero amante,
E de me ver sem ti assim descontente!
 
Sem ti

Não a posso ter

 
Sinto a alma de enganos corrompida,
Ilusão que nos olhos bate e adormece!
Por entre quimeras o amor desaparece
Me desgovernando o coração e a vida.

Alma dolente sobre mim estendida
Aos poucos pela saudade desfalece!
Oh! Meu Deus! Enquanto a dor cresce,
Mais a vida sinto em mim perdida.

Saudades que destroçam o peito!
Choro por ela sem qualquer pejo,
Sem ela não sei quem deva ser.

Saudades dela com que me desajeito!
Caio em silêncios quando ao longe a vejo
Mas sei que nem por engano a posso ter.
 
Não a posso ter

Heterónimo Meu

 
Lembro-me de textos que escrevi no passado!
Ou talvez não... Heterónimo de uma outra era,
Que se ergue sobre mim e rabisca uma quimera
Entre um poema seu e um meu nunca acabado.

Sua escrita queda sobre minha alma impressa
Como manto negro que me tolhe a inspiração!
Cegueira onde descrevo mal as dores do coração,
E ele que se exprime tão claramente e depressa.

Ele que ocupa a maior parte de mim e me esquece...
Me sinto tão perdido numa longa estrada
De poesia! Encalhei fora da razão e nada acontece.

Sinto que escrevo menos a cada instante,
Heterónimo que me deixa num constante
Abandono poético onde vejo que sou menos que nada!
 
Heterónimo Meu

Devolver a um poeta a poesia

 
A tristeza que me encobre
Destruiu a perfeição do desejo !
Tudo o que quero não vejo
Tudo o que não quero se descobre.

Por mais que a dor me dobre
E por modéstia cair sem pejo,
Pela triste memória de um beijo,
Por um coração em mim pobre.

Mesmo que o destino me negue,

A paz na escrita íntima e porfia,

que à tristeza deixou entregue .

Não verei a desinspiração como tirania!

Existirá sempre algo que consegue,
Devolver a um poeta a poesia ?
 
Devolver a um poeta a poesia

Única mulher

 
Quero-te para amar, não apenas para amiga!
Vejo que em meu peito a alma conspira
Em me dar sonhos! Mas logo os tira,
Para que acordado na inquietude te persiga.

Levo no peito a alma que se abriga,
Tua ausência me causa tanta ira!
Cada memória por ti saudade suspira,
E a ver-te a única mulher me obriga.

No amor o querer alimenta pouco,
Quando incessantemente o corpo sente fome
De amar! Gritando em veracidade te digo

Em antes que a voz quebre e fique rouco!
Meu coração não conhece outro nome,
Quero ser teu amor, não apenas teu amigo.
 
Única mulher

Noites solitárias

 
Guardo a memória da tua alegria,
Em noites solitárias o teu nome chamo!
Por entre algo parecido a poesia
Todo o amor em versos proclamo. 

Desculpa por nao escrever de forma galante, 
Nem criar obras de pura excelência
A inspiração é algo estranho e inconstante
Quando a distância marca sua diferença. 

É verdade o que tão mal exprimo
Por entre o sentir e o não saber viver isento,
Mas pesa-me na alma o que tanto oprimo!

É verdade o que escrevo neste momento
Em que revelo mentiras de um outrora,
Onde a saudade pesava menos que agora...
 
Noites solitárias

Prender-te na minha liberdade

 
Será meu coração que tanto adoras,
Ou apenas a ideia de mais uma aventura ?
Se te adoro por tão frágil e pura,
Adoro mais quando por meus desejos coras...

Vejo os dias passar, mas mais as horas,
Sem ti não vislumbro alguma ternura !
A paixão que por ti se me figura,
É tão real enquanto deitada me devoras !

Não me digas que caí em engano,
Que tudo não passa de uma colorida amizade!
A genialidade do que sinto é algo tirano

Se retirar do sentimento a tua divindade!
Saberei amar-te sendo apenas um ser humano?
Saberei eu prender-te em minha liberdade ?
 
Prender-te na minha liberdade

Destino em contra-mão

 
Sigo por mim mesmo esquecido!
Nem sombra de mim no pensamento!
Lembranças as levaram o vento
Pelas janelas da alma têm saído.

Sigo em mim mesmo perdido,
No peito nem restos de sentimento!
Ao vento falo de todo o tormento,
Mas não acho que seja sequer ouvido.

Segue assim o peito sem coração!
A mente sem véus de juízo
Por entre sentidos onde me desajuízo...

Quanto mais me vejo, mais sei do prejuízo
De me ver encalhado fora dos tons da razão,
Seguindo um destino mas em contra-mão...
 
Destino em contra-mão

Entre a falta de amor e a falta de siso

 
Cansei de mil e um pensamentos
Todos sem luz, com ideais pavorosos!

Mesmo os sonhos chegam penosos
A preto e branco a todos os momentos .

Cansei de buscar quieto os movimentos,
Das ideias genialmente loucas dos teimosos,
Que ainda sucumbem a amores custosos!
Condenados os loucos em geniais sentimentos.

Esqueço o passado no futuro diviso,
Apenas danos entre poesia e tristes Fados,
Entre a falta de amor e a falta de siso.

Há muito perdi a luz de sonhos consagrados,
O olhar brilhante, ou apenas um sorriso,
Cansei até de dar à fantasia mil e um cuidados.
 
Entre a falta de amor e a falta de siso

Ideias de papel

 
Aspiro ainda ao amor derradeiro,
Ao qual esperei por toda a vida!
Se o tive foi numa quimera querida,
Mas apenas sonhava à minha maneira.

Tudo o que sinto é mais que verdadeiro,
Mas em nenhuma poesia minha lida!
Não encontro a rima plena apetecida,
Ou a consciência no poema inteiro.

Tantos deles da alma arrancados,
Por entre outros por mim erigidos
Vi em mim mais ainda apagados.

Desejos subconscientes unidos!
Ideias de papel em ideais separados,
Pensamentos lidos mas nunca vívidos.
 
Ideias de papel

A liberdade do amor

 
Tomei a dor como minha penitência,
Pela rasura sentida no pensamento!
Pensei que acabaria meu tormento,
Mas acabou-se antes a paciência.

É já dolente minha aparência,
Atiro ais através do vento!
Rezo a deuses meu sentimento,
Caio desamparado na consciência.

Tudo muda sem que haja mudança!
A alegria é algo que a longo prazo castiga
Enquanto o amor nos prende e condena

A viver em constante fé e confiança!
A tal liberdade a que tanto obriga,
Somos julgados culpados com máxima pena...
 
A liberdade do amor

Por entre tantos amores

 
Porque queres que um sorriso te ofereça
Se por ti de amor tanto padeço?
Se me dizes que não te mereço,
Pede um sorriso a quem te mereça.

Porque me pedes que não te esqueça?
Se por amor já paguei meu preço!
Se me dizes que não me tens apreço
Pede que te lembre quem te conheça.

Se pudesse te daria a paga das minhas dores,
Mas a alegria não se restaura com rancor,
Nem com falsos ou augurados favores .

Tenho mais valor que todos os teus valores!
Hás-de encontrar muitos amores à medida do teu amor!
Eu apenas almejo um amor por entre tantos amores.
 
Por entre tantos amores

Pecados em sonho

 
Guardei segredo, a ti me entreguei,
Serás minha apenas e somente?
Adormeci em mim vagarosamente,
Num íntimo sonho teu me aconcheguei.

Em tantos pensamentos por ti pequei,
Te despi e vesti com os olhos da mente,
Oh! Nessa hora fui amado solenemente,
Porém ao acordar esse sonho não agarrei.

Nunca te disse, nem ouviste de mim falar
Todas as minhas venturas ou vendavais
De desejos alheios à pureza! Jamais!

Será pecado o desejo que chega por te amar?
Se com tua ausência só o sonho amena a dor,
Deixa-me pecar ao menos em sonho amor!
 
Pecados em sonho

Nunca saberás o que sinto

 
Peço com perene ensejo que não mais te veja,
Coração foi por ti mais que mal tratado!
Ainda que este amor à muito tenha acabado
Continua a ser aquele que a razão mais deseja.

Por mais usado que por ti tenha sido ou ainda seja,
Ou por mais que quede numa estupidez ilusória deitado,
Continuas o desejo, o fruto proibido mais desejado,
A soberba em forma de pecado a aliciar a sobeja.

Não reconheço o efeito que em mim emanas
Tanta loucura consinto será uma espécie de arte Centrada na dor ou na tristeza que por ti sinto?

Te deixo este poema enquanto os restos de mim profanas!
Deixaste-me sem nada que valha a pena roubar-te,
E nunca saberás de minha boca se te amo ou se te minto.
 
Nunca saberás o que sinto

Meu destino em tua mão

 
Segue escuro meu pensamento,
Pesa-me na alma toda a verdade!
Luto para esquecer a saudade,
Mas mal durmo sonho... Tormento!

Vejo-te com tamanha claridade,
Por momentos agarro o alento,
Mas a falta de razão ou intento,
Me faz acordar e cair na obscuridade.

Vou assim vivendo sem tons de engano,
Louco sou e ninguém duvida,
Por ti continua meu o desatino.

É a ti que perdidamente amo
Sangro pela aberta ferida
De ver que ao longe tens na mão meu destino!
 
Meu destino em tua mão

Horas mortas

 
Tua ausência minha desventura,
Ideia na alma incessantemente acesa!
O que sinto na dúvida vira incerteza
Causando em mim espasmos de ternura .

Meus olhos se perderam da tua candura,
Memória que na asa do tempo voou presa!
Não se apaga da alma tanta beleza,
Genialidade louca que a razão perjura.

Vejo o tempo como inimigo,
Horas mortas onde cresce o receio
De nunca mais te ter em mim ou comigo...

Vejo o tempo sem ti tão feio,
E sei bem do pressentido perigo,
Horas mortas onde de mágoa me vejo cheio.
 
Horas mortas

Passado que não passa

 
Altiva te descrevi, por vezes perversa,
Linhas sensuais num corpo ondulado!
Com beijos me calava qualquer conversa!
Com movimentos corporais me deixava ofegado...

Quando me olhava, em seus olhos me perdia!
Sua silhueta tanto me fascinava,
Quando nua sobre mim se estendia
E sua voz com gemidos suavemente quebrava...

Hoje todas as lembranças ferem como punhal,
Antes o que me fazia bem agora faz mal...
Parte de um passado que nunca em mim passa!

Triste convalesci pela minha sina,
É negra de dor mas já foi divina!
Já foste salvação hoje és a minha desgraça!
 
Passado que não passa

Poemas no chão da alma

 
Tantos sonhos tenho perdido,
Entregues a um falso cuidado!
Ando de mim mesmo apartado,
Sinto-me por todos mais que esquecido.

Tanta dor tenho conhecido,
Coração no peito amarrotado!
Dia a dia vivo enganado,
Me vejo como um desconhecido.

Tão longe da alegria, do alento
Que busca a maior parte da gente!
Ainda assim o silêncio da poesia me acalma,

Sou humilde e me contento
Em ter de escrever eternamente
Poemas no chão da minha alma.
 
Poemas no chão da alma

Adeus em despedida

 
Chega sem percalços o destino e ordena
Que de quem amo para longe me aparte!
E assim de mim lá deixei a melhor parte,
Trouxe comigo a que pude, a mais pequena.


A dura ausência de quem amo me condena,
Quando pela distancia meu coração se reparte!
Aprender a viver com tamanha dor é arte

Ainda mais ao saber que ela nunca amena.

Não vejo qualquer luz de mudança ,
Trancado dentro de mim o viver é lá fora!
É tarde... Eu de tão triste já nem sinto a vida.


A morte não é o fim da esperança!
Morto me sinto desde aquela hora
Em que lhe acenei adeus em despedida.
 
Adeus em despedida

Saberás que te amo?

 
Saberás por entre silêncios que te amo,
Que dás sentido a toda a minha vida?
Se apenas em mudos poemas te aclamo,
Sem voz na razão que possa ser ouvida.

Saberás reconhecer nas rimas a ferida
Aberta onde os sentidos proclamo?
Se apenas na poesia a história volvida
Continua a ser a única que à memoria chamo.

Amo-te como se o amanhã nao houvesse!
És na minha vida uma pequena fortuna
Num destino previamente desafortunado.

Amo-te como se todo o amor do mundo tivesse!
És na minha vida a base, o pilar, a coluna
Que mantém o céu dos sonhos levantado.
 
Saberás que te amo?