Poemas, frases e mensagens de PedroPauloGamaBentes

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de PedroPauloGamaBentes

SONETO TRISTE

 
Eu estou assim sempre pensativo,
Sem sorrisos, como um calvário,
Fosse este meu sentir solitário,
Mesmo entre amigos como vivo!

E olho-me por dentro e ali vejo,
Uma sala de pedras duras e vazia,
Sem graça, escura, sempre fria!
E por fora, de festa e luz o lampejo...

A todos engana, e sigo tristonho.
Vivendo neste castelo enfeitado,
Pela luz colorida do meu sonho!

Enquanto cismando passo todo dia,
A perguntar o que faço ali sentado...
Na minha sala triste, escura e fria!

ppgb-Pedro Paulo da Gama Bentes
 
SONETO TRISTE

A SANDÁLIA ROUBADA

 
A SANDÁLIA ROUBADA

Filemon era apaixonado pela Rosa,
Linda mulher, e muito bem casada.
Que do seu gostar não sabia nada...
Mas uma louca paixão é poderosa:

Ele foi em frente indo ajuda buscar
Num Pai de Santo que tudo resolvia:
"-Traz uma sandália dela, é uma guia,
Pra ela até o seu coração caminhar!

“A gente faz uma mandinga poderosa”
E de Rosa uma sandália foi furtada
E a macumba deu certo? Deu errada!
A sandália era da "amiga coral "de Rosa

Que "não larga do pé do Filemon"! Coitado...
Sofre, sofre, mas continua apaixonado!

Pedro Paulo da Gama Bentes-2017/06/22
 
A SANDÁLIA ROUBADA

A MULHER E A MATEMÁTICA

 
A MATEMÁTICA E A MULHER
De todas as ciências do nosso conhecimento,
É a matemática com certeza que alcança,
Com a mulher a mais perfeita semelhança.
Isto percebemos todo dia e a todo o momento!

Observem na matemática o seu elegante,
E sinuoso entrelaçar de valores e figuras,
Os belos e práticos algoritmos às mais puras,
Acepções de cada teorema sutil e atraente...

Cuja descoberta envolve tempo e paixão!
Tal qual na relação com a mulher amada...
Sempre nos trazendo surpresas ao coração!

Mas a semelhança dizem vozes abalizadas:
É que delas ninguém logra entender nada...
Tem regras, problemas e são complicadas!

Vr 14/5/2006
Pedro Paulo da Gama Bentes
 
A MULHER E A MATEMÁTICA

SONHOS (aos professores)

 
Para onde os nossos sonhos vão?
Será que tal como a bela luz do dia,
Afugentada pela noite quando se inicia,
Também partem, restando a escuridão?

Não, um belo sonho nunca morre,
Junta-se a outros, cresce, avoluma,
E com a certeza da fé, fazem em uma,
À vontade de todos, e ela... Ela corre!

Como um caudal, crescente, volumoso,
De sereno querer. Este rio abençoado,
Pela dedicação e amor, tem generoso,

Nas suas águas tranqüilas, transportado,
Sonhos!Que num trabalho, sério, valioso,
Transformam-se no saber bem ensinado!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
SONHOS (aos professores)

AMOR PLATÔNICO

 
Platônico é o amor sublimado,
Ser-se senhor do próprio desejo!
Capaz de trocar um casto beijo,
No lugar de um beijo molhado

De língua.É o fraterno acariciar,
Com o olhar a amada, ternamente.
Em troca de buscar sofregamente,
Em Braille todo corpo palmilhar!

Se você diz este domínio ter,
De lúbricos desejos suplantar...
Alguma coisa está a acontecer:

Você é um santo ou um mentiroso!
Ela é uma Górgona, feia de matar.
Ou o marido dela é muito perigoso!

Pedro Paulo da Gama Bentes
Volta Redonda-Brasil AMOR PLATÔNICO
 
AMOR PLATÔNICO

MULHER

 
Deus, durante do mundo a criação,
Numa idéia feliz, inusitada e bela,
Retirou de Adão uma única costela.
Para alegrar seu solitário coração...

Fez com tal sabedoria, e cuidados.
A mulher: mãe, irmã, filha e amante.
Amiga, cúmplice, conselheira, diante
Da qual, nos curvamos enlevados!

(Não bastam, porém versos de louvor!
Sem trazer puro o coração disposto,
A trata-la com muito respeito e amor!)

E saber que Deus, sábio, ponderado.
Se fez algo melhor, de melhor gosto.
Guardou com certeza ao seu lado!

Pedro Paulo da Gama Bentes
Brasil
 
MULHER

RECONTANDO BRANCA DE NEVE

 
Branca de Neve era inteligente e bela!
E isso sua madrasta perua estressava...
O pai um executivo que não executava,
Seus deveres de pai e de marido! Dela,

Ele dizia: ela torra, enche o saquinho!
Só quer estudar, não liga pra dinheiro.
Vou mandá-la para o Rio de Janeiro!
Onde, numa Federal sem fazer cursinho

Ela passou! Então o que veio acontecer?
Arranjou sete admiradores ardentes,
Que eram muito pouco inteligentes,
Nanicos intelectuais, burros de doer.

Eles cantavam funk, eram surfistas!
Dançavam o hip hop sem entender
O que em volta estava a acontecer
Só queriam ser cantores ou artistas

Ela ouvindo assim tanta besteira,
Ficou catatônica e mal humorada!
Só saiu do estupor quando foi beijada
Por um príncipe que de maneira

Apaixonada, recitava Heine em alemão.
Foram “ficando” a partir daquele dia,
Juntos, discutindo dialética e mais valia!
Gramsci, Marx e outros mais que estão...

No papo da esquerda intelectualizada...
A madrasta ficou careca (a tintura errou!)
Seu marido por outra mais nova a trocou.
Os anões foram pra política: base aliada!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
RECONTANDO BRANCA DE NEVE

CROMO II

 
É uma loja de comida fast food.
Para o Natal, todinha enfeitada!
Tem Papai Noel com sua risada,
Fitas, luzes e um trenó até ilude,

Com a neve de gelo seco a cair!
Pais e avós cuidando felizes,
De seus bem nutridos petizes...
De repente todos começam a rir:

Na vidraça, que da rua separa,
Entre rostos de noés a mostrar,
Aparece negra face, uma cara,
(Dois olhos grandes a olhar)!!!

Achatada, no vidro encostada.
Que um segurança vai afastar
Rapidamente. Nada de se cuidar:
Era só uma criança esfomeada!!!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
CROMO II

PARA SER FELIZ

 
Para ser feliz é preciso somente,
Agradecer sempre ao Criador.
A riqueza de viver em seu amor,
E toda beleza que a nossa frente...

Ele Bondoso colocou.A natureza,
E tudo que nossa vista alcança...
Uma flor, um riso de criança.
E a alma para sentir esta beleza.

A capacidade de um grito escutar,
De esperança em meio ao sofrimento!
É a fortuna que temos para guardar.

Milionários então desta riqueza,
E de amor ao próximo: o sentimento.
Felizes, distribuí-los, com largueza!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
PARA SER FELIZ

VIÚVA NEGRA

 
Que será que move este amor,
Cujo destino no final é a morte?
Estranho! Do poeta é esta a sorte,
De a paixão encontrar, e a dor.

De morrer no orgasmo lento,
Onde vazio, termina devorado.
E em nova paixão ressuscitado,
Cresce, cria vida, toma alento!

Procura outra teia, apaixonado,
Feliz, cheio de sonhos e de vida.
Para ser novamente devorado!

Ele parte feliz, morre contente.
E ressuscitará após cada partida,
Para ser devorado novamente!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
VIÚVA NEGRA

RECONTANDO CHAPÉUZINHO VERMELHO

 
Chapeuzinho era militante comunista,
Tinha vermelho o chapéu e o coração,
E por Marx, Lenine e Fidel, adoração.
Sabia de cor a Internacional Socialista!

Quando um dia a floresta atravessou,
Da burocracia para um passaporte,
Conseguir, um Lobo de altivo porte,
Quarentão, doce e sedutor lhe falou:

“Cortar cana em Cuba é uma gelada!
(Mesmo para afrontar a burguesia)
Vamos gastar a nossa “mais valia”,
Em Miami e Paris, oh minha amada!”

Hoje vivem apaixonados, viajando.
O mundo quase todo conhecendo...
A Vozinha vive feliz, aqui vendendo:
A muamba que trazem de contrabando!

Pedro Paulo da Gama Bentes
Brasil
 
RECONTANDO CHAPÉUZINHO VERMELHO

BEIJO-TE OS OMBROS

 
BEIJO-TE OS OMBROS
Beijo-te os ombros, sinto a fragrância
Dos teus cabelos. Abraço-te trazendo...
Teu belo corpo junto ao meu fazendo
Sentires meu desejo excitado na ânsia:

De te amar, te penetrar, sim, te possuir!
Minhas mãos os teus seios acariciando,
Suavemente, amorosamente, buscando...
De que percas o temor e venhas sentir,

O mesmo desejo que sinto te abraçando.
Desço minha mão, o teu púbis acaricio...
Teu sexo ,os pelos, os dedos brincando...
Separam os lábios e despertam o teu cio.

Falamos tolices! Abraçados! Estremeces!
Falas “sujas” com a unção de loucas preces!
Pedro Paulo da Gama Bentes- 2007-04-06
 
BEIJO-TE OS OMBROS

PERDIÇÃO

 
Um soneto de amor é uma perdição!
Nele o coração e a alma desnudados,
Abrem-se totalmente e descuidados,
Entregam-se loucos a uma paixão!

Perdição para quem faz e quem os lê!
Pois amantes ali se vêem retratados,
Abraçados, possuídos e penetrados!
Como dizem nos versos, e ali se vê:

Que tudo o que se faz é muito pouco,
Diante do muito que se deseja fazer,
Ainda que de verdade muito louco...

Pois amar em versos é sempre assim:
Ama-se sempre como sempre a ter,
Certeza que nunca, nunca terá fim!

Pedro Paulo da Gama Bentes
Volta Redonda-Brasil
 
PERDIÇÃO

TIQUINHO DE GENTE(MIÚDOS)

 
Este “tiquinho de gente” nos olhando:
O narizinho empinado, mãos na cintura!
Um ar sério e sonso, pequenina criatura,
É uma doce criança um adulto imitando.

Finge zanga, logo rindo vem nos abraçar.
Sobe em nosso colo, nos beija carinhosa,
Desce rápido, afastando-se pressurosa...
Com infinita energia continua a brincar!

Canta! Dança! Chama! Foge!Dá risada!
Num rodopio que nos tonteia só de olhar!
Em nossos braços se abriga, e cansada...
Dorme...Vendo o seu tranqüilo ressonar...

Comovido, agradeço a Deus este presente,
Este doce e encantador “tiquinho de gente!”
 
TIQUINHO DE GENTE(MIÚDOS)

ALÉM DO HORIZONTE

 
Além do horizonte é sempre à frente,
Do paraíso que buscamos encontrar!
Esta certeza nos faz sempre caminhar...
Este é o grande desafio! A gente sente:

É fazer versos, sonhar e acreditar.
Falar de alegria, paixão, sofrimento,
Não podendo em nenhum momento,
Sonharmos em deixarmos de sonhar!

Nunca chegaremos lá.É o sentido
Que vai do poeta toda vida nortear.
Se lá chegarmos, teremos perdido...
A razão de todo nosso caminhar!

Pedro Paulo da Gama Bentes
Brasil
 
ALÉM DO HORIZONTE

AS ROSAS NÃO FALAM

 
Quem disse que as rosas se calam?
Não! Falam com poetas e loucos
Apaixonados E não são poucos,
Que perdem a razão quando amam!

(É loucura mansa, causa pouco mal.
Estropia as rimas, ameaça a métrica.
Nada tem daquela loucura tétrica!
Que freqüenta as páginas de jornal)

Quando em versos, alteiam a fala.
Somente a rosa, tem por pena.
Paciência de ouvi-los, e exala...

Todo seu perfume, cores e beleza,
Respondendo aos poetas, dá serena,
Da volta do amor, plena certeza!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
AS ROSAS NÃO FALAM

DESABAFO

 
Envelhecendo vim descobrir,
Que me tornei transparente.
Ao andar na rua tanta gente
Ignora-me,
E para fugir do tranco,
Do esbarrão,
Tenho que me desviar...
Se dou bom dia, agradeço,
Digo obrigado, peço licença!
Ou por favor,
Sou olhado (quando sou!)!
Com espanto, quase horror,
Como se tivesse dito algo,
Inusitado!
Dando precedência a alguém,
Sendo educado,
Corro o risco de ser:
Trombado,
Empurrado,
Deslocado...
Por um “bezerro” apressado.
“O tio, o coroa, o vovô!”.
“Mais pra lá do que pra cá!”
Sou chamado ou referido,
Vingo-me, porém pensando,
Que no passado, poderia,
Pagando, ter.
Com a mãe deles
Fornicado!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
DESABAFO

AMORES

 
Que são amores passados?
Que são amores esquecidos?
São sentimentos feridos,
De alguma alma arrancados!

Quantos amores que vão,
E que não deixam tristeza!
Não tenha tanta certeza!
Sempre, alguém o coração,

Foi ferido e maltratado...
Se num acaso esquecido,
Do mais remoto passado...

Tiveres ferido alguém:
Deves pois, arrependido,
Perdão pedires também!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
AMORES

O INVERNO

 
É inverno.O vento, o frio trazendo...
O sol, até abdica de lutar e parece,
Olhar tímido a névoa que cresce,
Subindo dos lagos e rios.Fazendo...

Tudo nos parecer triste e sombrio.
O inverno, vindo de todos os lados!
Abraça-nos e nos faz enregelados,
Encolhidos, e tristonhos E do frio...

Somente nos livramos abraçando,
(Tentando num só corpo se tornar!)
A pessoa amada.E, assim negando...

A lei que diz: Duas pessoas, não
Podem o mesmo espaço ocupar!
(A não ser com muito frio e paixão!)

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
O INVERNO

RECONTANDO RAPUNZEL

 
Rapunzel foi a cervejinha primeira
(Cala boca ou como se possa chamar),
Para livrar os pais da pena de furtar.
E o furto era famélico!Uma bobeira...

Presa na torre pela bruxa demente,
Suas tranças, qual pleito na justiça,
Cresciam... exatamente do mesmo jeito
-Servindo de escada para muita gente!

A bruxa descobriu num certo dia,
Que o príncipe praticava alpinismo
Nas tranças. Louca, fez tricotomia

Na Rapunzel.O príncipe cego ficou.
E todos dizem com muito cinismo:
Foi por isso que o coitado se casou!

Pedro Paulo da Gama Bentes
 
RECONTANDO RAPUNZEL