Solidão
Sou rogado pelo vento gelado
Que encontrou o buraco onde estou.
E em uma fria tundra transformou
O meu mundo de solidão privado.
Que a muito tempo o havia despencado
Enquanto olhava para o anjo que voo
Levando consigo o amor que me saudou
Me deixando em mendicância, pelado.
Caído no mais profundo abismo
Tão escuro, tão solitário, tão sombrio.
Lagrimas eram músicas que tocavam o vazio
Que escorriam de meu rosto frio
Fugindo de mim no mais puro egoísmo.
Caindo, ressoando no chão daquele abismo.
A Dor do Imortal
Minha mente torturada,
Mostra-me um caminho obscuro
E de longe vejo sofrimento, meu futuro.
Eis minha alma despedaçada.
Que foi minha única amada!
E suportou meu coração imaturo
Que hoje recebeu seu futuro
Foi destruído_ Oh alma desgraçada!
Por que levar meu coração?
Estou morto e preso na escuridão
Condenado a vagar no mundo misterioso
Sinto-me um covarde mentiroso
Que engana o coração para morrer
E que agora sofre eternamente por viver!
Poço das Dores
Um lindo beijo de despedida
Está impregnado em minha mente.
Enquanto lagrimas formam um rio
Que leva embora um coração inconsciente.
Ele flutua, arrastado pela correnteza
Para um buraco, um espaço vazio
Onde as lagrimas não tocam o chão,
Para um poço profundo e frio.
Na escuridão onde ele se encontra
Ele apodrecerá em um escuro carmesim
E o odor fétido afastará a todos.
Ninguém assistirá seu trágico fim.
A solidão sua única amiga
O abraçará com um aperto gelado
E sufocante, quando em fim
Perceberás que está condenado.
Choro das Rosas
Vejo tempestades em seus olhos
Sinto um fogo em sua respiração
Escuto uma acelerada palpitação
E em um abraço te acolho
Uma gota em sua face a umedece,
Suor escorrendo pelo seu rosto
Uma lagrima talvez tenha se exposto,
Criando uma trilha em sua face.
Ela cai como em um abismo,
Sem tocar seu corpo, a gota
Vai direto ao chão livre e solta,
Abstendo-se das curvas do erotismo.
Liberta de olhos cristalizados
Liberta de todo o estresse e tensões
Emergida em sonhos e emoções
Lagrimas em cristais são transformados
Nunca houveram sofrimentos
Ela somente chora pela sua angustia
E não tem como explicar em uma analogia
O que se passará em seus pensamentos
Uma Noite para Relembrar
Vejo desejos em seus lábios
Que, com apenas um beijo eu poderia saciar,
Vejo fogo em seus olhos, que
Com apenas um olhar poderia me queimar
Vejo tanto em você, que
Nem em poesia ou livros é possível descrever
E ver você assim tão incontrolável
Me faz, ainda mais, querer te ter.
Seu corpo, sua alma, suas tramas, seu olhar.
Assim como tudo em você é difícil de expressar.
Apenas um toque seu me faz voar
Baby, você me faz tocar o céu
E seu olhar me faz embriagar do fel
Da dúvida, e então eu vejo sua armadilha
Não posso lhe acompanhar para o paraíso
Pois você, como uma estrela, brilha em outro céu.
Mas vamos fazer amor, a noite inteira
Vamos transformar isso em uma noite derradeira,
Assim como foi aquela primeira
Tão doce e tão maravilhosamente estreita,
Vamos nos amar, até relembrar
Aquela longa noite.
Arte
Percebo-te nua em uma ilusão d'um sonho.
Vejo aves roubarem teu véu, e deixando
Seus seios luminosos ao brando
De seu coração risonho.
Vejo-me frente a tua pele a te acariciar.
Minhas mãos tremulas de ansiedade
Incontidas, desejando pela saciedade
Que poderia em um toque saciar.
Deslizo minha mão sobre sua rosa
Cicatrizada, sua coxa ungida pelo suor
Dá luminosidade à aquela flor
Que sobre sua pele fica mais formosa.
Os teus lábios são como labaredas
Transforma num desejo rubro
E prazeroso, à teu corpo eu deslumbro
De teus cabelos longos que me enredas.
A minha rainha vermelha és tu
Que a cada olhar desperta tentação.
Cada cruzar de pernas abala meu coração
Meu país das maravilhas é seu corpo nu.
Novamente minha mente te vê nua
Tua boca maliciosa sem se conter
Vem até mim e me enche de prazer
E minha boca não resiste a tua.
Me entrego ao vai e vem
De teus quadris, de suas pernas
Nosso ar embaçava vidraças internas.
Eu não queria parar e nem você também.
Era como uma tempestade de prazer
Acariciavas e me beijavas, e eu fiquei mudo
Depois me arranhava, me mordia, lambia tudo
Era espetacular como sabia me envolver.
Com suas mãos tu me conduzias, em você adentro
E adentrando-te sentias um prazer.
Um prazer quente e duro, um prazer profundo.
Um prazer que desestabilizava teu centro.
Conduzia minha boca à teus lábios cheios
De desejos quente para transforma-los em beijos.
E minhas mãos, também tremulas de desejos.
Cortejavam teus suaves e macios seios.
Eu havia te derramado em meu prazer profundo
Acalmando o teu corpo em fúria
E envolvendo-te de gozo e de luxuria.
Depois então eu acordaria desse mundo.
Para Recordar
Primeiro Conto, ato 1
Quando eles se encontraram ela tinha 15 anos
Como uma linda rosa a desabrochar.
Confortavelmente entorpecido por sua beleza
Ele nem uma única palavra conseguia pronunciar
O brilho daquela bela lhe causava danos
Que seu coração não podia suportar
Sua mente só lhe dava uma certeza
“Aquela bela flor, quero conquistar!”
Ele se aproximava daquela flor
E um doce aroma a lhe enlouquecer,
E quando finalmente se aproximou
Seu sangue começava a ferver
Suas palavras não saiam, ele gaguejou
Um sorriso ela deixou escapar, “derredor”
Envergonhado, ele a lhe perguntar
Linda flor, o que eu faço para lhe conquistar?
Aquela linda flor integra a ficar,
Indicou para seu sedutor, que livre ela queria estar.
Rejeitado por seu primeiro amor,
Quase em depressão ele ia entrar.
Mas seu coração não desistiria da linda rosa
Até que seu amor lhe possa alcançar.
Linda flor, tu és tão formosa
Para sempre irei te amar.
Primeiro Conto, ato 2
Para sempre irei te amar.
Palavras que ficaram em sua mente,
Quando ele iria encontrá-la novamente
O que ele faria se a encontrar.
Uma coisa que não iria demorar
Logo ali, sentada em uma rocha ela estava
E logo ali, naquela rocha, ela chorava
Por um breve momento ele só a olhava
Até se dar conta de que alguma coisa teria que falar
E novamente ele volta a gaguejar
Em frente aquela flor, que dessa vez um sorriso
Não foi possível tirar
Nem mesmo em um improviso
Ele conseguia pensar; então ele perguntou.
Linda flor, o que está a lhe amargurar?
Me dê uma pista para lhe confortar
Ela hesitou, pois, um segredo
Por que a um estranho a contar?
Seus desejos não poderiam se realizar.
Seu rosto expressava-se um medo
Uma doença incurável vinha a lhe afetar
O sopro da morte veio lhe trazer
O medo de todos os homens, o medo de morrer
Ela não poderia mais viver.
Primeiro Conto, ato 3
Ela não poderia mais viver.
Aquelas palavras ressoavam como um eco
Seus pensamentos estavam se perdendo
Ela se encontrava sem saída, em um beco
Por que a mais bela há de sofrer
O fio de sua vida estava se rompendo
Aquela bela flor estava sofrendo
Aquela bela flor estava se perdendo
E diante de seus olhos, a flor se levanta
Ela dá 10 passos para um penhasco
Ela ergue a cabeça e olha para o horizonte
“Comparado a imensidão, nada mais importa
Que venha o carrasco; bater em minha porta”
Aqui agora à minha vida estou defronte
Eu escolhi minha maneira de viver
Agora escolho minha maneira de morrer
Ele a vê tentando pular
Desesperadamente ele corre para lhe salvar
Ele a agarra, e no chão os dois caem
E no chão ele a abraça fortemente
No chão ele deixa transparecer a sua dor
“Mesmo que o destino tem lhe ferido fatalmente
Mesmo que a dor torna seu coração sofredor.
Não lhe deixarei desistir de viver imprudentemente”
Primeiro Conto, ato 4
Imprudentemente; 3 anos se passaram
Os dois estavam juntos, desfrutando de seu amor
Juntos tentaram vencer a tal doença que tanto lhes trazia dor
E por esses 3 anos ele se amaram
A bela flor agora a desabrochar
Com o seu herói naquele penhasco foi se encontrar
Havia um pano estendido no chão
Ele a esperar, com um rosto de pretensão
Gentilmente ele lhe estende a mão
Palavras e expressa sentimentalmente
“Agora você é a razão do meu viver
Você é o brilho das estrelas
Você é a chama de duas velas
Nunca lhe deixarei morrer
Mesmo que eu não pareça assim tão forte
Eu sempre te amarei te amarei até a morte”
Ela pula em seus braços
Ecos ressoam em suas mentes
Deitados eles compartilham abraços
Agora conectados eles se amaram a luz da lua
Luz que iluminavam as perpétuas
As únicas testemunhas daquele amor
Daquela paixão, daquele fervor
Nada mais importava só o amor
Primeiro Conto, ato 5
Quando eles se encontraram ela tinha 15 anos
Como uma linda rosa a desabrochar.
Confortavelmente entorpecido por sua beleza
Ele nem uma única palavra conseguia pronunciar
O brilho daquela bela lhe causava danos
Que seu coração não podia suportar
Sua mente só lhe dava uma certeza
“Aquela bela flor, quero conquistar!”
Mais 2 anos se passaram
Aquela flor não estava mais forte
Ela ficava mais fraca a cada dia
E mais uma vez ela se encontrava em angustia
O que será do amanhã sem você
Não poderei viver apenas lhe vendo sofrer
Ela o amparou, ela estava feliz, mesmo com a morte
Pois pode viver como sempre quis, com amor
Amanhã olhe para o céu
Relembre do brilho que ofuscava a luz da Lua
Pois um dia aquele brilho foi seu
Não se lembre deste momento triste.
Do brilho procure-a, a felicidade ainda existe,
E eu estarei lhe esperando lá, pois ainda sou sua
Mesmo que eu não pareça assim tão forte
Eu sempre te amarei, te amarei até a morte
Doente de Amor
É como uma escuridão
Que chega quando ela vai embora.
É como um brilho que se extingue
Quando ela não está.
É uma dor que sinto no peito
Um aperto, que me sufoca pouco a pouco
Toda vez que penso em seu olhar.
É a distância que nos limita.
É o fechar dos olhos
E lhe enxergar.
É a dor do tempo que pouco passa
Que mal passa, não passa
Sempre que penso em lhe encontrar.
E agora...
Eu devia lhe olvidar.
Mas nem as estrelas brilham
Quando ela não está.
O mundo não gira
Quando ela se vai
Me sinto fraco a cada instante
Me sinto fraco só de pensar
O quanto me dói só de lhe amar.