Pecado dizer teu nome
os desmaios do céu
encontram os trilho dos olhos
para seguir a renúncia de um sonho
sonho grande
que se tornou ainda maior
até se tornar impossível
nas mãos e na língua
Conflito arenoso de uma ampulheta
Sempre a desacertar o relógio da areia, nesse peito-mar!
Incrível como nunca deixaste cair os últimos grãos!
Tiveste medo, que os ponteiros invisíveis da memória chegassem à meia-noite da tristeza?
Meu amigo, o sábio tempo, lucra com o desgosto e distancia o realismo dos sonhos.
É demasiado arriscado trazer o passado ás costas do peito e enfrentar o exército de silêncios.
Será uma guerra perdida num tempo não vivido...
Porém ,ainda vais a tempo de seres feliz, não apagando o que foste mas melhorando o que és .
Há coisas que não podemos mudar… serei um regadio tentando mudar o seu destino e tu serás sempre mar
Pensas como rio sendo mar
Insistes em abandonar a corrente doce
Dessalgando as águas que te ciciam
Abdicas de saltar a fasquia do horizonte
Com receio de ficares
Presa no desconcerto da noite
Nua ao luar
Vulnerável aos amantes estelares …
E vens-me falar do vento carteiro
Que te leva o amor meu
Com endereço certo
Errado no teu olhar
Talvez o destino seja ser apenas um afluente de qualquer rio …
E tu… o mar, que acolhe a chuva mole com a foz seca …
Intimamente desertada sem ti
Vem povoar o coração
Com a ternura verde
A vontade de água
Faz de um peito em tábua
Um oásis
Ou um rio ,
Arrastando
As raízes de um amor esquivo
Nos estreitos das cicatrizes
Nos penhascos da mágoa
Traz o lápis e as palavras
E disfarça todas as nódoas da alma
Com um simples refrão:
O coração esta predestinado
A irrigar o que há de mais sagrado …
...o nosso amor sonhado ...
Não desistas ...não há primavera sem ti
mantém-te firme neste triste outono ...
nem que o desnorte do vento,
quebre os galhos fracos dos teus ramos
nem que as lágrimas
trespassem as folhas chão
nem que as raízes do coração
fiquem visíveis ao olhares da escuridão
confia no teu acreditar e luta...
de tronco sincero
enraizando a coragem de voltar
a ser a mesma árvore
do teu " quintal "
Não fujas quando chegar... quero matar a saudade
quero
saudar-te
com um piscar de lábios
na meiguice
da face
sem nunca perderes de vista
a palavra
"obrigado"
no
meu olhar ...
triste e gasto
quero amar-te
no reboliço de um abraço
misturado
de saudade…
[ ainda quente
depois de golpeada
pela chegada
dos teus braços ]
~£££££~
Tudo parece pesar os teus passos
Tudo parece murchar diante dos cordões
Tudo parece sombra no caminho deixado
Tudo parece fado no soalho dos sapatos
Tudo parece rasto de estrela num nublado dia
Até a esperança do amor
Se desfaz nas palavras
Menos raras
Que te chegam
Nem mesmo as flores bandidas
Te roubam as vistas
Nem mesmo o alegre cantar do sol
Te desvia da triste
Melancolia
O coração teu
Se tornou lava adulta
Inverno
Parado
Na chuva fria
Já não toleras
As promessas
Sem o calor da pele
Sem a presença
Assídua
De um olhar
Dado
Mas Como posso chegar-te …?
Se recusaste um abraço como chave
E permaneceste trancada no forte do coração
No quarto fechado
Por favor, deixa-me entrar
Não te vou magoar
Quero ser a lareira acesa
Que ilumina o vazio
E ameniza o desassossego
No desespero das horas compridas
Trilhos perdidos em nosso olhos
podemos seguir
o percurso das nuvens caídas,
cedo iremos constatar
que elas procuram algo igual
a um mar
vestido ou despido
de sal…
não muito desigual
aos ecos do nosso coração,
procurando o mesmo palco do peito
um no outro
para darem um concerto
de sentimento
vestidos ou despidos
de pele ...
~£££££~
Tudo parece pesar os teus passos
Tudo parece murchar diante dos cordões
Tudo parece sombra no caminho deixado
Tudo parece fado no soalho dos sapatos
Tudo parece rasto de estrela num nublado dia
Até a esperança do amor
Se desfaz nas palavras
Menos raras
Que te chegam
Nem mesmo as flores bandidas
Te roubam as vistas
Nem mesmo o alegre cantar do sol
Te desvia da triste
Melancolia
O coração teu
Se tornou lava adulta
Inverno
Parado
Na chuva fria
Já não toleras
As promessas
Sem o calor da pele
Sem a presença
Assídua
De um olhar
Dado
Mas Como posso chegar-te …?
Se recusaste um abraço como chave
E permaneceste trancada no forte do coração
No quarto fechado
Por favor, deixa-me entrar
Não te vou magoar
Quero ser a lareira acesa
Que ilumina o vazio
E ameniza o desassossego
No desespero das horas compridas