Poemas, frases e mensagens de Reudes

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Reudes

inevitável

 
Que a verdade
Abra suas asas e visite nossos sonhos
Pois somos exatamente
Tudo que tememos.
 
inevitável

Me Reconheço (Contaminado)

 
A fraqueza me invade
Enfermidade
Respira em mim.

Eu arrisco ou ainda tento...
A fome agora
Consome...

Outrora quem era um nobre homem.

A fraqueza me invade
Reside no meu corpo...

As vezes poeta outras vezes louco.

Não há mais resistência
Meu corpo agora é carência.
Minha dor é por essência desigual.

Duelo não há mais.
Hoje nasce uma simbiose...

Sou um poeta
Que cai e se levanta
Que corre e tropeça
Nos próprios versos.
 
Me Reconheço (Contaminado)

Poema Confinado

 
Eu sou poeta de um mundo abatido
Em sombras do passado
Eu sou poeta de um mundo mudo debilitado
Um mundo envolto em sombras do passado.

Queria eu ser poeta de um outro mundo
E estou no mundo real
Abarrotado de sentimentos abstratos

Eu sou poeta ímpar
Poeta abstêmio
Sou poeta pálido de frases contraditórias
Que para mim só faz sentido agora.

Eu sou igual outro que não é igual a mim.

Eu sou poeta num mundo cálido
Que se arrasta em sombras do passado
Um mundo que se fere com suas próprias armas.
 
Poema Confinado

Talvez Seja Arte!

 
Talvez seja arte
Morrer assim
Beijar tua boca
Se sentir assim.

Talvez seja arte
Sentir teu perfume
Talvez seja arte
Morrer ao teu lado
Sem sentir ciúme.

Talvez seja arte
Dar mais um passo e cair.
Arte da mais perfeita solidão.

Talvez seja fácil
Nascer em teus braços
Acariciar teu peito escasso.

Talvez seja fácil
Ouvir tua voz, num som curioso
Que não posso tocar
Com o amor do meu peito.

Talvez seja fácil
Olhar meus passos
E sair.

Talvez seja fácil
Beijar te a face
Ser poeta e crê na arte.

Reudes / Washington / J. Veloso
1994
 
Talvez Seja Arte!

Sândalo de Dandi

 
Ontem parado
Inerte a observar seu rosto.

Como entender o tempo...
Percebê-lo em você.

Minutos depois são horas.

Eu, ali parado
Agradecendo a gentileza do tempo.

Foram poucos minutos
Para entender
Que você sempre foi a mesma
Mesmo entre meus desejos e atropelos.


Tiveras gentileza do tempo,
Calmo, sereno.
Minha vida cheia de tempestades.

Logo
Comecei a percorrer seu corpo.
Esse eu não conhecia
Levei horas para entender tua geografia.

Rascunho
 
Sândalo de Dandi

Poeta Senil

 
Um sabor senecto
Na boca

Um olhar senecto
Nos olhos

Sigo por sendas
Que meu próprio orgasmo criou.

Um sabor velho
Na boca

Um olhar antigo
Nos olhos

Sigo por atalhos
Que meu próprio prazer criou.
 
Poeta Senil

Olhos que devoram (Arquivo Digital)

 
Eu tomo um gole
Gole que me engole.

Estou vivendo
Entre entalhos de letras não proferidas
Sofrendo por amores escondidos
Por desejos entorpecidos
E indecisões ancestrais.

Hoje vivo de sobras
Envolto em sombras
Armazenado em nuvens...
Subtraindo tua imagem de uma era digital
Ainda sofro quando me fitas
Inerte em fotos abstrais.

Tua imagem
Espólio de uma realidade virtual
Fruto do furto de uma era digital.
Mamífero carnívoro, selênico...
Vivo entre amontoados de sons não proferidos
Atormentado por amores escondidos
Cheio de vontades desiguais.

Sinto que a luz dos teus olhos
São faróis que me afastam do teu cais.
Tantas imagens...
Emoções metalizadas pela arte digital
Eu nunca me farto
Dos teus resíduos virtuais.

Eu tomo outro gole
Que me engole.

(Você postou uma foto hoje)
 
Olhos que devoram (Arquivo Digital)

Acho que morri!

 
Enquanto
O mundo gira
Não sinto
A ansiedade
Nem o medo
Que me destroçava
Até ontem.

Não estou
Naquele mundo
Onde todos
Se conectam
Para vencer e ser vencido.

Acho que morri!
E uma parte
Do mundo mora
E morre em mim.

Reudes
 
Acho que morri!

Mar...iana

 
O mar

Do teu nome

Já não rima

Com o par

Dos teus olhos.
 
Mar...iana

Olhar Incrédulo... (Adeus Meu Grande Amor)

 
O tempo abocanha os dias
Devora as noites
A fera tem dentes e garras afiadas
Nos mostra uma visão
Eterna do nada
Uma paz usada como arma.

O tempo engole as paixões
Devora vidas, carnes e ossos
Da um leve rizo
E se esquiva.

O tempo é cru e cruel
Ele veste nossos sonhos
Leva nossos amores.

Constrói e destrói vidas
Nos mata na carne e depois no nome.

O tempo é feio, futil e inútil
Se não estamos prontos.
 
Olhar Incrédulo... (Adeus Meu Grande Amor)

Adultério

 
Sendo pedra a poesia
Vou afiando minha rima
Navalhando tua falta
Que preenche por inteiro.

Tendo como inimiga
A eterna morte e a breve vida
Vou me camuflando
E habitando outro mundo.

Tendo a poesia na minha cama
Mas sendo pedra a poesia
Vou adulterando
Por agora outra sussurras no meu ouvido.
 
Adultério

Você e EU.

 
Queira muito meu sexo
Mas, não me queira 
Só pelo meu sexo.
E quando eu não for suficiente
Deixe me ir embora.
 
Você e EU.

Surto Poético

 
Sou
Sol
Solidão.

Sou
Mar
Mareação.

Sou
Terra
Terremoto.

Sou
Vento
Ventania.

Sou

Poesia.
 
Surto Poético

QUANDO A DISTÂNCIA É GRANDE SE VIVE DE SAUDADES

 
Ontem notei que essa paixão
Anda tão devagar e a vida tão veloz
Que as vezes parece que o tempo vai nos atropelar

Hoje definitivamente
Entrego os pontos
Já não me atiça
Teu feitiço


Hoje decididamente
Entrego os pontos
Não lembro
Se foram teus olhos ou o teu jeito de me olhar

Mas hoje definitivamente
Entrego os pontos
Os fortes e os fracos
Já não sei
Desenhar teu rosto
Já não sei
Desamarrar teus traços

De que adianta o amor
Se esse fere
Me serve seu ódio
Seu desprezo

Melhor seria ter teu desprezo
Melhor seria esquecer teu beijo

Tua alegria
Está tão triste que faz chorar
Hoje
Me fiz
Me desfiz

Hoje eu vejo que o teu desejo
É mais cruel que o teu desprezo.
 
QUANDO A DISTÂNCIA É GRANDE SE VIVE DE SAUDADES

Caíram as máscaras

 
Não adianta rezar
Haverá sempre 100.000 pesares
Nos corações contritos

Já são mais de Cento e Vinte Mil e rostos aflitos

Chacinas de crianças
Mais e mais matanças
Anjos e políticos na TV
Que enganam você.

Morre uma canção
Uma Senna sai de cena
Não basta rezar uma noventa
Ou uma centena.

Reudes
 
Caíram as máscaras

Tão Pouco

 
Estou cansado
Do teu rosto
Do teu gosto
Do teu jeito
Dos teus feitos.

Estou farto
Dos teus mormaços
Dos cansaços
Dos teus traços
Dos teus abraços.

Estou indignado
Com tuas brigas
Com tuas amigas
Com tuas saídas
Tuas intrigas.

Estou louco
E rouco
Por te amar tanto
E tão pouco.
 
Tão Pouco

Mormaços

 
Estou cansado
Do teu rosto
Do teu gosto
Do teu jeito
Dos teus feitos.

Estou farto
Dos teus mormaços
Dos cansaços
Dos teus traços
Dos teus abraços.

Estou indignado
Com tuas brigas
Com tuas amigas
Com tuas saídas
Tuas intrigas.

Estou louco
E rouco
Por te amar tanto
E tão pouco.

Reudes
 
 Mormaços

Descasamento

 
Portas abertas
Saídas sem voltas
Passos passados
Pássaros soltos
Dias e noites.

Você não percebeu
O que eu não pude ver.

Você sempre foi a mesma
Mesmo entre tropeços
E atropelos.
 
Descasamento

Véu Palatino

 
Tua saliva é acido
A queimar meu hálito
A liquefazer meus dentes
A descascar meus lábios.

Teu sorrido é brasa
Queimando meus sonhos
Incinerando meus poemas.

Teu sangue é combustível
É álcool no meu corpo
Embriaga-me, agora sou um bêbado e louco.


Teu beijo leva-me ao céu
Ao céu da tua boca.
 
Véu Palatino

Pamela

 
Era
Colóquios
Ontem à noite

Era
Passos
Ontem à noite

Era
Realidade
Ontem à noite

Era
Curvas
Ontem à noite

Era
Tantas e única
Ontem à noite.
 
Pamela