Poemas, frases e mensagens de Silva

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Silva

Disléxico

medo

 
Tenho o meu pensar
Naquele estranho mar
Onde não encontro nada
Quando caio na almofada

Cabeça minha baralhada
Como aquela carta dada
Naquele dia esquecido
Tenho o olhar ferido

Aquele livro que olha
Sentada a que desfolha
As mensagens por mim lidas
Que vão deixando feridas

Todo eu quero ter
Sem nada poder ver
Remexo no passado
Estou a ser enganado

Pelo meu maior pavor
Que me traz a dor
Num mundo de ilusão
Da minha dramatização

São a penas duas cartas
Que tem vidas fartas
No mundo que me rodeia
Na vida que me odeia

Passado que és mal dito
Cérbero que esta frito
Mundo de profundo escuro
Dito por todo o meu duro

Martins Silva
 
medo

1

 
Não sai quem sou
Não sai para onde vou
Estou a tentar fugir
Para não ter de agir

Escrevo nos actos
Como nos factos
Odeio a confusão
Olho para a ilusão

Nas pedras das calçadas
As vidas que são faladas
Ralho com o presente
Não vaio da mente

Escravidão constante
Grito com altifalante
Parem com isso
Eu não vou nisso

Nas fotos imortais
Samos todos iguais
Profundezas do rizo
Onde perdemos juízo

Martins silva
 
1

Anjos vivos

 
Num dia eu acordei
Sem saber que amanha serei
Chegou a noite depressa
Comi todo da travessa

Vem ai a hora de sair
Bebendo whisky para me rir
Perco a noção das horas
Vou deitando as mágoas

Perco-me de todos
Vou contando os passos
Caio no chão desamparado
Duas almas aparecem ao meu lado

Não vejo nada a frente
Perdi-me dentro da minha mente
Alas ajudam-me a levantar
Pensai que fosse voar

Mas na cama foi cair
Elas olham para mim a rir
“Lembra-te de nós”
Mas nem da voz

Os anjos vieram
Mas rápido foram
Gostava de poder agradecer
Por não me deixarem morre

(não sei bem quem elas são mas pelo que me lembro são de letras, Inês e Mariana)
(dia 28/29 de Outubro de 2008 no meu dia de anos)
 
Anjos vivos

Encontro

 
Libertai-me da quê-la dor

Passai por tamanho horror

Ignorada toda aquela vida

Esqueci-me da grande ferida



Liberta esse teu demónio

Eles não têm de ter frio

Dá-lhes uma pequena chama

Mas nunca dês a fama



Apaga o teu dito deus

Acredita mais nos teus

O ódio desse teu monstro

Deves a tu extingui-lo

Se não és capas

Cala a boca rapaz

O ódio que cinto isso sai muito bem

Afinal o medo era de mim próprio

(eu dantes tinha medo do meu pensar mas a gora não ele e que tem medo de mim.)
 
Encontro

Falésia

 
Estou olhando no infinito
Para algo que não e dito
Esperando pela tua fala
Estou dentro daquela mala

Embrulhado na mortalha
Por causa de minha falha
Para o céu o no inferno
Algo que não despeno

Estou a deitar fumo
Deitado como prumo
Na falésia que arde
Por ter sido um frade

A lenha que está queimada
Pela aquela tamanha fada
Meu rosto esfriado
Cara de mal-encarado

Farto de tanto tédio
Para mim não a remédio
Nas vésperas de verão
Eu gostava de ser cão

Cinzas ao mar lançadas
Pelo escoro carregadas
Não pode comer mel
Porque não levai farnel

As vidas são amargas
Não quero as sagas
Cinco são as perfeições
Sais são as opressões

Não quero ver o povo
Porque para eles o bobo
Na miséria em que toou
Impossível ver onde vou

Invencível a toda a fome
Cá em baixo eu que dorme
O rio apenas agora acabou
Ou será que agora começou

Martins Silva
 
Falésia

Perdido

 
Tenho esta folha em branco

Porque não quero escrever

Quem medirá poder renascer

Gostava para ser franco



Tão lento este relógio

Que esta no meu pulso

Sangue que eu tusso

Odeio todo o elogio



Quero ignora-lo sempre

Não estou a aguentar mais

Estou nas rectas finais

Quero poder ignorara
 
Perdido

Irmãos de armas

 
Um dia seremos heróis de uma guerra
Em que lutamos apenas por um lugar
Para podermos ter o nosso próprio lar
E ditaremos o fim da nossa guerra

Teremos todos os nossos irmãos
E podermos estender as mãos
Para nos ajudar sempre
E pena e que nada e para sempre

Viver ao lado das armas
Não deitaremos mais lágrimas
Porque cada um e um deus
No qual eu não quero dizer adeus

O meu carregador estava vazio
Vocês colocaram lá as vossas balas
Vou guardar todas as vossas falas
Porque me tiraram o frio.
(obrigado meus irmãos)
 
Irmãos de armas

Desconhecida

 
Sinto falta de alguma coisa

No meio disto ela poisa

A resposta tarda a vir

Porque tenho eu de sorrir



Todo o que fiz foi em metades

Nada foi por inteiro

Gostava que fosse verdadeiro

Entre todas as idades



Passeias a beira-rio

Eu sai que tens frio

Andas contra a corrente

E ficas mais contente



Como tu gostava de ser

Tens força para viver

Contens a calma nos sonhos

Parecem-me serem risonhos
 
Desconhecida

Onde esta a minha mente?

 
Não sai onde ela estará
Vejo a perdida, só a falar
Sozinha para mim esta a cantar
Quanto tempo ela lá vai ficar

Deixai de a ver lá sentada
Enquanto eu foi escrevendo
Perdi todo o rumo enquanto vou lendo
Num lugar onde a lotação esgotada

Cada fósforo um cigarro
Fumado na tontura de cada dia
Como se fosse a hora da partida
Vejo a porta mas não a saída
Parece não saber o que queria
Vou aguentar todo este fardo
Pareço estar cada vez mais amarado

Já chega de riscar frases
Vale mais e do que tu fazes
Se procurares bem há-des encontrar
No rio lá bem enrolada
Por mim próprio encontrado
No fim deito-me na almofada

Mas a final onde e que ela esta?
E a tua será que tu sabes!?
 
Onde esta a minha mente?

Uma foto uma imagem

 
Olho na tua fotografia
Guardo o teu rosto na memória
Deslumbra-me a expressão do teu olhar
Olho e fico sem palavras para falar

Não te amo nem te desejo
Mas acalma-me quando a tua foto vejo
Olho para ti sem saber bem porque
No entanto nem tudo tem de ter um porque

Perco tempo a pensar e a escrever
Apenas sem saber o que dizer
O vento leve por ti passou
Teus cabelos lisos ele levantou

Mas ate a tua beleza se rendeu
E a calma o teu rosto lhe deu
Não sei o que escrever mais
Mas a tua imagem vale muito mais
 
Uma foto uma imagem

Desorientado

 
OS dias que vão passando
O tempo que vai sufocando
A vida e uma leve pluma
No meio disto ela fuma

Todos os dias me são dados
Pelos meus pensamentos guardados
E como uma peste da vida
Vindo de alguém que duvida

A minha vida e sempre assim
Parece estar a olhar só no fim
São arrebatadas as forças
Em casa partiu-se as louças

Todos os dias vão sendo meus
Os lançados ao mar são teus
Cada parte vivida inquietamente
Tu me dizias isso calmamente

Assim são passados os tempos
Esses vão parecendo sonolentos
Isto mais parece um filme
E verdade porque todos dizem-me
 
Desorientado

O mundo

 
O mundo novo acabou de nascer
Vou para lá tentar vencer
Sei que e difícil mas vou tentar
Nada vale a pena se ninguém lutar

Um mundo novo acaba-se de fazer
Lá luta-se só para a prender
A vida é como um circuito aberto
Muda-se de direcção para o lado certo

As derrotas também são vitórias
Aprende-se com o passar dos dias
O tempo que passou foi rápido
É lento o que se vai passando

Nem tudo e um livro aberto
Para esconder o que não ta certo
 
O mundo

Estupefacto

 
Olho para os teus cabelos vermelhos

Sabendo que eles para mim são alhais

Entro dentro do teu pensamento

Esqueço-me do meu sobrevimento



Questiono o meu ser

Sem sequer o querer

Vivo olhando o medo

De quem aponta o dedo



Escrevo sem querer

O teu ver

Olho para ti

Sem pensar em mim
 
Estupefacto

Momento do ……………..

 
Por momentos eu vou-me embora
Por momentos todo vai acabar
A de ficar muito por falar
Onde ouve momentos deitados fora

O ponto preto no branco
Para que serve um banco
Se não guarda a vida
Que á de ser apagada

Vamos para cima ao contrário
Mas o quê que se sente
Quando se é como in-fólio
Impossível ver com a lente

Há corredores sempre num sentido
Um livro que n tinha lido
É pena de ser de mim mesmo
Alguém que o possa ler-mo

Melancólico no meio disto
Vou ficando mais distante
Calmamente vou ficado quieto
Porque? Se nuca foi gigante
 
Momento do ……………..

Bêbado

 
Estou no estado inconsciente
Isto não e infrequente
Na constante da vida
Desgosto da aquela ida

Nos gestos dos factos
Ficarão apenas os factos
Mente mais escrupulosa
A uma vida dolorosa

Rés-do-chão estou lá eu
Fundo e escoro como todo
Sinto-me como um modo
Por algo que nuca foi meu

Martins Silva
 
Bêbado

Desconhecida

 
Sinto falta de alguma coisa
No meio disto ela poisa
A resposta tarda a vir
Porque tenho eu de sorrir

Todo o que fiz foi em metades
Nada foi por inteiro
Gostava que fosse verdadeiro
Entre todas as idades

Passeias a beira-rio
Eu sai que tens frio
Andas contra a corrente
E ficas mais contente

Como tu gostava de ser
Tens força para viver
Conténs a calma nos sonhos
Parecem-me serem risonhos
Pretérito perfeito
 
Desconhecida

Bloco de Notas

 
Hoje estou feliz

Comprei um bloco de notas

Sei que e estúpido

Mas ignoro essa parte

Nele escrevo o que quero



Todos pensam uma burrice

Tamanha alegria e tão estúpida

A capa que o protege e preta

Preta como o meu ser

Folhas brancas para o contraste



No entanto a tristeza entra

Eu não queria isso

Quero evitar essa parte

Por agora não faço rimas

Foice a vontade de as fazer



O rio vai tão calmo

Calmo até a sua foz

Sem ondas sem tristeza

Como o dia de hoje

Em que oiço a historia do vento
 
Bloco de Notas

Espelho

 
Lembro-me da tua cara

Ela hoje esta tão clara

No mundo do pensamento



Um dia serás livre. Serás?

Por enquanto tu não rezas

Sinto os teus traços na pele

Desculpa ter sido infiel



Hoje do céu cai chova

Esta pouco clara mas sim turva

Carregas a tua felicidade

Sabias da ausência da liberdade



Sou o culpado do negro lado

No fundo oiço a tristeza do fado

Choraste ao som das melodias

E quiseste apagar os dias



Agora vais sempre se feliz

Penso fundo algo que o diz

A tristeza de todos os dias passou

Tua alma o vento de mim levou
 
Espelho

Pensamentos I

 
Ninguém os ouve falar
Impossíveis de imaginar
Ninguém consegue os ler
Pois são impossíveis de ver

Apenas uma coisa sábios
Mas ela já mais há-de divulga-los
Só mente a mim pertence
Ate ao dia que alguém os pense

Isso sabe-se impossível
Devido a tais serem uma coisa invisível
Nenhuma máquina os consegue ter
O homem em todos tem de os meter
 
Pensamentos I

palavras

 
Voam no tempo as palavras

Falando de muitas mentiras

Já mais serão lembradas

Pois foram todas arrastadas


Por incógnitas compostas

De sentimentos hipócritas

Só espero não voltar a velas

Agora prefiro esquece-las
 
palavras