Olhos de Fogo
Olhos de fogo
Pensa com teu pensar,
Sonha com teu sonhar,
Ama com teu amar,
Caminha com teu caminhar,
no mesmo paralelo do teu pensar.
Quer-se ir à frente?
Guarda em silêncio
Teu propósito,
Arma que açoita
Olhos de fogo
Das tuas cercanias.
Não permita que teus pés
Vejam as pedras do caminho,
Nem à boca esboçar
O desenho do teu roteiro.
O medo tem olhos que enxergam
Sombras sem amparo.
(Apenas sombras)...
Diná Fernandes (amopoesias)
Um Livro nas Mãos
O livro é uma porta que se abre,
É a chance de ver o mundo nas mãos.
Cada livro lido, por mim, por você
É um passeio pelas janelas do mundo
Onde se aprende a viajar,
a voar como anjos
e construir lindos castelos.
O livro é uma luz
para os cegos de conhecimento.
Não há presente melhor
do que estimular a leitura.
Sair da escuridão, ver a luz do saber
clareando os caminhos, e poder
participar do mundo competitivo,
é de fato gratificante.
Ensinar é dever do mestre...
Tornar-se leitor
É o caminho para o conhecimento,
É um ato de amor para consigo mesmo.
É construir pontes
Com passagens
Para um mundo melhor...
O mundo do saber.
Diná Fernandes (amopoesias)
A folha branca
A folha branca e triste sobre a mesa
a espera de alguém que pouse os olhos
sobre ela, e sem receio algum
exponha seus medos e idéias,
compartilhe sua sabedoria em versos,
e escreva um poema ondulado
como as ondas do mar que cantarolam
em noites de maré cheia.
Diná Fernandes (amopoesias)
Um sorriso é tudo
Um rosto sisudo,
esconde a beleza da face,
apaga o brilho do olhar.
Um sorriso nos lábios,
é como um raio de luar,
ilumina tudo á sua volta.
O humor bem cultivado,
O jeito alegre,
Deixa leveza n’alma.
Ser sociável e cordial,
é necessário e salutar
dinapoetisadapaz
Imensidão do Mar
Um amplo lençol salgado
De ondas cantarolantes
Tom azul ou esverdeado
De águas navegantes
Misterioso , de força inabalável
Segredos nunca desvendados
Oh !Mar de beleza inigualável
Por sua fúria, serás sempre respeitado
Tesouros e criaturas marinhas
Misturam-se na sua profundeza
Corais, cetáceos e toda linha
Convivem em harmonia com a natureza
Quão bonito e essencial
Sendo poluído por inconscientes
Que ignoram todo o mal
Que causam aos seus habitantes
Diná Fernandes
O Meu olhar e a s nuvens
Hoje o céu está nebuloso e me pus a olhar as nuvens, uma breve lembrança de um sonho de criança com a realidade dos meus dias, e me veio à vontade de descrever essas lembranças ingênuas e puras.
Quando criança eu olhava
para o céu, achava lindo
a leveza das nuvens,
elas corriam céleres
e se escondiam, uma
sobre a outra.
Era um cenário curioso,
eu as desejava em minhas mãos,
e pensava em ser nuvem,
enquanto o meu olhar se desfazia
na imensidão do céu...
Fiz longínquas viagens
sei lá para onde!
Uma busca inocente...
Ao longo do tempo,
pouco a pouco,
como uma cortina
a se abrir lentamente,
cada dia a vida ia me mostrando
os cenários imaginados.
dinapoetisadapaz
Tudo tem Fim
Senti seu cheiro
Em meus lençóis,
Que enjoo!
Veio-me um sorriso,
Em outros tempos
Só loucos delírios....
Tudo tem um fim.
O choro de ontem,
É o riso do hoje!!
Borboletando
Graciosas e habilidosas borboletas,
Frágeis, deixam seus casulos,
renascidas para o tempo
de polinizar, bailam e tecem fios,
rebordam as flores e o meu olhar,
que se alegra ante a beleza
das asas multicores
tatuadas pela mãe natureza.
Ínfimos seres,
brancas transmitem paz,
amarela, uma fatia de aquarela
azuis, lembram o manto de Maria,
pretas, que luxo!
verdes, um novelo de esperança
desenrola-se no ar.
Diná Fernandes (amopoesias)
NA LINHA DO HORIZONTE
Lá na linha do horizonte
Funde-se o mar e o firmamento
É uma junção sem ponte
Igual beijo com sentimento
Eu quero em algum lugar aportar
Mas que seja de forma segura
Depois de longo caminho a trilhar
A certeza que não estarei no escuro
Em alto mar num barco a navegar
Em busca do meu tesouro
Pretendo o meu amor encontrar
E comigo trazer para o meu ancoradouro
Diná Fernandes
Vislumbrando a nNatureza
Um café ao ar livre, um breve passatempo
E, entre o colorido das flores silvestres,
O meu olhar se perdeu no tempo.
Fez um longo passeio campestre.
Eu sentia outra saudade,
Saudade daquele romance terminado,
O coração era só fragilidade,
A vida parecia ter acabado.
A casinha branca, singela e solitária.
Rodeada de flores que medram naturalmente,
Local típico de uma bucólica província.
Ao vislumbrar a beleza, ali permanente,
Retornei à minha infância, tempo especial
Onde eu borboleteava pelos campos,
Num ingênuo passeio matinal.
A noite, me encantava a luz dos pirilampos.
O majestoso cenário em cores,
Como que pintado por um pincel,
Dissipou todas as minhas dores
Em paz, degustei o meu farnel!
Diná Fernandes