Poemas, frases e mensagens de SaidSerra

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de SaidSerra

Quero voar...

 
Quero voar…voar bem longe
Navegando no sopro do vento norte
Sobre os desertos de fogo que foge
Sobre os caminhos inventados da sorte
Quero voar sem as asas perder
Até encontrar o teu secreto coração
Com as palavras esquecidas crescer
E misturando sonhos pedir perdão.
Quero voar sem sentir dôr
E perder-me nos jardins do teu amôr.
 
Quero voar...

Subitamente, para minha surpresa...

 
Subitamente, para minha surpresa, senti uma lágrima rolar pela minha face. Acariciando a minha pele, suave mel salgado . Em rota adquirida se precipitou no chão se desfazendo em mil goticulas, espelhos dos meus sonhos, tremendo ao vento traiçoeiro que, soprando através da janela semi aberta, teima em baralhar os destinos e os percursos já delineados pela mente e apadrinhados pelo coração.

Qual o tempo, qual sorriso
Qual lembrança que esqueceu
O vento leva nos lábios
A saudade que morreu
E eu fiquei sem saber
Se o amôr, a dôr, o riso…
Me deixam tão indeciso…
Qual dos três não serei eu ?

Apenas penso e não sinto
Tudo o que percorro eu minto
Deixei de ser quem não era
E sou apenas quase nada
Todo o resto é heresia
Todo o resto
É sonho que passou na madrugada
 
Subitamente, para minha surpresa...

MÃE

 
Mãe
Berço de vida
Porto seguro
Luz que ilumina
Figo maduro
Voz que alimenta
Grito que educa
Mão que acaricia
Ombro que escuta
Estrela do meu norte
Sol que perdura
Mãe de Maio
Dona do meu geito
Fatima da minha fé
Senhora do meu peito
 
MÃE

Dentadas...

 
Dentadas dadas com carinho não rasgam a alma.
 
Dentadas...

Amôr é...

 
Amôr é
Morrer por quem se ama
E eu morro por ti
Por tudo o que vivi
No tempo em que tu e eu
Éramos apenas um
E um novo futuro nasceu
Morro por ti
Assim…nasço eu.

Nunca é tarde para o fogo que arde nos irriquietos corações.
 
Amôr é...

Vai na noite...

 
Vai na noite
O halito
Dos meus passos incertos
Na escuridao do adeus
No rumo de estrelas cadentes
Perpetuadas no ceu
Vai no tempo
O rasto incompleto
Do meu eu secreto
Abandonado nas margens do medo
Vai no vento
O corpo repartido
Pelo fio das palavras ditas
Imagens aflitas
Da imensa solidao
Vai e vem
O som das coisas simples
E das preces divergentes
O resto sou eu
Simples gesto do que me deu
 
Vai na noite...

Que dizer da noite...

 
Que dizer da noite
Do som e do silêncio
Do neon ardente
Que vigia a cidade
E do olhar insano
Nas muralhas de vento
Rosas perdidas
Na intensa claridade

Que dizer dos outros
Do tempo e da razão
Das almas em prece
Em risco de saudade
E da fé traida
Nas ruas incertas
Rosas perdidas
Na imensa ambiguidade

Injecta-se o veneno
Nos corpos já feitos
Na luz e no mêdo
 
Que dizer da noite...

Deixo a brisa lavar meu rosto...

 
Na suave brisa da manhã lanço os meus sonhos, em palavras soltas, esperando que a brisa as enriqueça no seu caminho e no regresso me devolva a alma que perdi- quando vos perdi - quando falar doia, quando as frases se desfaziam nos lábios cerrados, quando o coração se recusou a entender o que a minha alma fazia, quando o silêncio gritava tão alto que as lágrimas corriam assustadas e se perdiam misturadas na chuva, diluindo o tempo, a saudade, o futuro, levadas para este imenso mar vazio onde exilo o meu peito e me delato sem palavras de dicionário.
Parado no tempo, sem passado ou futuro, presente incerto, viajo no vento qual folha seca, bailando ao sabor dessa brisa. As pegadas que deixo me confundem no caminho de regresso e o encanto do passo certo fica adiado nesta amnésia de emoções, desvios e incertezas. Resta a esperança que o vento se apaixone pela vida e a brisa me traga a vedadeira côr dos meus sonhos.
Deixo a brisa lavar meu rosto, marcar o rumo das minhas lágrimas.
 
Deixo a brisa lavar meu rosto...

A vida deveria ser...ou não?

 
A vida deveria ser uma viagem em circulo que nos permitisse rectificar os nossos erros, optimizar as nossas virtudes ,sentir novas emoçôes,explorar novas fronteiras, ver coisas que nos escaparam da primeira vez,limar todas as arestas até á perfeição. Seria repetitivo… monótono… previsivel… talvez, mas aí a morte teria o encanto do passo certo, logico, seguro,transitório para um novo circulo. Um novo circulo noutro espaço, noutra dimenção,noutra atitude. Um novo circulo de criação, conhecimento,evolução, decadência, exterminio e recomeço.
 
A vida deveria ser...ou não?

...vais sentir ainda o delfim respirar..

 
MARTE
FERE
DE MORTE
A SORTE
DE SARTRE
QUE PARTE
P´RÓ NORTE
DE MARTE
AJUSTE
DO NORTE
QUE PARTE
DE SARTRE
E FERE
DE SORTE
A MORTE
DE MARTE
É O FIM
DO DELFIM
ENFIM
AI DE MIM
QUE SORTE
DE SARTRE
É ARTE
DE MORTE
QUE PARTE
DE MARTE
AO NORTE
DE MIM
 
...vais sentir ainda o delfim respirar..

Beijo o desejo ( 1)

 
Beijo o teu beijo
E sei qual o desejo que desejo
E sinto a alma que não vejo.
Olho no teu olhar
E sei a côr da estrada a partilhar
E sinto o destino a me chamar.
Bebo e me embriago nas tuas palavras
E sei que tudo o que se diz
Por falar de mais ou nada dizendo...É ser feliz.

Quero o teu olhar
Perdido em mim... Rumo sem fim...Bem devagar.
 
Beijo o desejo ( 1)

Há vento sobre a cidade...

 
Há vento sobre a cidade…que me importa?
Corro o risco da vertigem… fecho a porta
Perco as asas do voar e fujo
Não quero a cidade…não gosto do vento
Vou pela estrada e pelo sol
Pela beira do caminho
Sósinho
Quero lá saber do tempo
Quero lá saber do mundo
Ás vezes páro…ás vezes penso
Depois corro…corro e desminto
Fico preso no labirinto… ao longe
Como um deserto de fogo que foge
E os sonhos passam em debandada
Em cavalgada desenfreada
Bailam nas folhas
Bailam no chão
Olhos nos olhos não dizem nada
Ficam retidos pela vaidade
Só porque há vento sobre a cidade.
 
Há vento sobre a cidade...

Palavras

 
As palavras não saiem em turbilhão
São poucas, raras, sangrando da minha mão.
Saiem timidas, amedrontadas,suadas,extenuadas, isoladas
Mas pouco a pouco, num grito rouco
Formam frases capazes de rasgar a folha em branco
Unidas na emoção, na dôr e na vitória
Até que em pranto são postas de lado na história
Postas de lado na gaveta
Sonhando um dia ver de novo a côr dos olhos do poeta.
 
Palavras

Beijo o teu beijo

 
É de mudança que eu vivo.
Perco-me na teia do tempo
Nos caminhos
Nos termos da mudança
Afinal a solidão é um sentimento contraditório, é certo, mas esteril e forte, desolador e imaginativo, e quando desaparece deixa uma inquietação constante
Como um olhar perdido da sua rota
Como um sorriso mordido ao nascer
Como um ganhar e perder
E o teu sorriso assim tão perto
Tão perto de mim o teu sorriso
Beijo o teu beijo e a quietude das coisas me incomoda. Quebrei a solidão dos meus gestos solidários. Me lancei no espaço do querer.
E quero!
Soltei algumas palavras no vento
O alibi perfeito da diferença entre tu e eu
Algures no tempo a saudade aparece, então canto uma canção inventada por alguem sem sono ou nada que fazer.
E fico mudo!
Fecho os olhos!

Eu tenho e ter já é poder
Eu quero e querer já é vitória
Só espero que o mundo não infiltre
O que não tenho e não quero na memória
 
Beijo o teu beijo

Palavras na madrugada

 
É madrugada. Estou acordado. Preso ante um eterno pensamento e um fugaz delirio. Estar acordado é já uma emoção. E que me importa o tempo se o que tenho é o infinito. Um infinito olhar !..

Com palavras desfaleço
Desfaleço sem olhar
Não sei se o mereço
Ou se tenho que inventar
Um branco branco espesso
Numa folha por riscar
Onde as palavras esqueço
Por não conseguir sonhar

Com palavras raras
Poucas, soltas, loucas
Eu cresço sem amarras
Sem pressa ou outras taras
 
Palavras na madrugada

Vôo

 
Vôo no silêncio
Sem asas e sem distância
Rumo traçado
Rota de infância
Adulterada por meros erros de cadência
E no entanto fico mais perto
Do som das coisas simples
E do encanto do passo certo
 
Vôo

Fotografia

 
Olhos nos olhos sem pestanejar
Face a face sem sentir calôr
Vejo o teu sorriso arrepiar
O que no meu peito tem mais valôr
Os caminhos são distintos...naufragar
Geito diferente de amar e dôr
No meu quarto...na noite fria
Beijo o teu rosto na fotografia
 
Fotografia

Lua

 
Porque choras lua amiga
Porque perdes o olhar
Cansada andas querida
De os sonhos passear
Desces agora em pranto
Pela noite...temerosa
E da janela eu sinto
Que a poesia virou prosa
Porque choras lua amiga
Já não consigo ver o cêu
Passam nuvens de partida
Serás tu... ou serei eu?
 
Lua

O amôr é meu...Giovanna

 
O amôr é meu…Giovanna
Tu tens a côr do sonhar
Tens o sol, as estrelas
O sorriso a brilhar
Tens a noite e o luar
As sombras e as brancas velas
Com que podes navegar
Tens os gestos prisioneiros
As palavras por falar
Os momentos repartidos
Repartidos no sonhar
Tens os passos incertos
Desertos no caminhar
Que os caminhos são de vento
E louco já foi o tempo
Na procura doutro mar.

Eu tenho o barco…Giovanna
Porque o amôr é meu
E tu tens que naufragar
 
O amôr é meu...Giovanna

O som do silêncio me encanta..

 
As horas passam
A noite me atormenta
Na escuridão das ruas da cidade
O som do silêncio me encanta
Visto de neon a minha saudade
Cores sangrando sem vontade
Caminhando lado a lado
Com memorias sem idade
Peças soltas do passado
Sem lugar no puzle inventado
Por alguem sem sono ou nada que fazer
As horas passam e eu tambem
Em perfeita harmonia
Conquistando a noite e morrendo quando nasce o dia.

Que importa o céu, o sol, o luar
Se os olhos se fecham ao olhar
Que importa o vento, a terra, a luz
Se a conquista nos seduz

Morrer afinal é um dever emocional!
E a vida é uma arte adicional!
 
O som do silêncio me encanta..

SaidSerra