Com você aprendi a viver
Antes de você
Eu apenas existia
Agora eu vivo!
Ontem eu apenas chorava
Hoje eu sou o próprio sorriso
Antes, eu caminhava com receio
Agora, nosso amor me guia
Posso ver a beleza do mundo
Sentir o perfume das flores
Posso até tocá-las
Os espinhos não machucam mais...
Aprendi que viver não é apenas existir
Viver é aproveitar cada segundo
Como uma dádiva ímpar
É ser um pouco criança
Não ter medo de arriscar
Não se preocupar demais
Com a opinião dos outros
Viver é aprender a perdoar
Enxergar as qualidades das pessoas
E reconhecer nossos próprios erros
Viver é querer experimentar sabores diferentes
Encarar novos desafios
Ousar, querer ser feliz
Viver é ser um eterno aprendiz!
Texto publicado no livro:
“Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos” -Vol 45 - Editora Br Letras CBJE – Rio de Janeiro
Visita indesejada
De repente a noite cai
A saudade bate desesperadamente em minha porta
Ela implora para entrar
Quer me fazer companhia em teu lugar
Mas eu insisto em não recebê-la
Disfarço e tento não perceber
Que a saudade insistentemente quer se aproximar
Procuro me esconder
Mas aonde quer que eu vá
Encontro lembranças tuas
E mais uma vez ouço o grito da saudade,
Cada vez mais furiosa
Não tem jeito, ela é mais forte
E mais uma vez conseguiu me vencer
Chegou querendo ficar
Eu já sei que terei mais uma noite escura e fria
Sem teu amor
Sem alegria
As horas passam
O sono não vem
A visita indesejada observa meu rosto banhado em lágrimas
Lágrimas provocadas pela saudade
Ou, sinônimo da ausência tua.
Passaportes
L er é viajar fundo na emoção
I maginar que tudo é possível
B asta se entregar a essa sensação
E xperimentar fechar os olhos e flutuar
R ir, chorar, ser mocinho, herói, princesa...
D eixar a imaginação te levar
A lugares fantásticos
D esvendar mistérios e adquirir conhecimentos
E xistem passaportes para um mundo mágico: os livros!
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Delírio
Fazia dias que não nos víamos, estávamos com muita saudade. Mas isso é bom para esquentar um clima de reencontro.
Para não perdemos mais tempo, saímos caminhando sem rumo. Sua mão estava quase colada na minha. Não nos importávamos com as pessoas que nos olhavam; elas podiam ver em nossas faces o brilho do amor.
Chegamos então numa praia (pena que não era deserta). Mas tudo parecia ter parado ao nosso redor e somente nós dois existíamos. Aquela tarde estava completamente maravilhosa! A beleza do céu embriagava...
Com o fim da tarde, o sol foi embora e as pessoas também. A felicidade era imensa por ter todo aquele cenário montado pela própria natureza. Não poderíamos deixar de nos entregar... Seus braços me apertavam cada vez mais forte. E sua boca me deixava desnorteada. Não havia mais barulho, só os seus sussurros em meu ouvido. Tudo estava muito quieto, menos suas mãos que passeavam pelo meu corpo como se você estivesse procurando um valioso tesouro.
Enquanto viajávamos num longo beijo, você começou a tirar a minha roupa com um desejo arrebatador. De uma só vez arrancou os botões da minha blusa e como um leão faminto, dilacerou a minha calcinha. Percorria todo o meu corpo com sua língua, que de tão quente, me derretia.
Estávamos fazendo amor como só nós dois sabíamos fazer... E a cada carinho seu, parecia que surgia mais uma estrela no céu. Tudo era mágico! A lua e as estrelas brilhavam para nos aplaudir.
Depois de tudo, cansados, adormecemos. Foi tudo tão perfeito! Com certeza, foi um acontecimento sem igual.
(...)
Pena que não foi real. Tudo não passou de um delírio. Isso mesmo, só aconteceu enquanto eu dormia e sonhava contigo. Era bom demais pra ser verdade. Acordei sozinha e estou chorando, porque nada foi realidade.
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Conto publicado no livro "Sensualidade em Prosa e Verso" - Editora Br Letras CBJE
Desabafo de um cão
Ultimamente eu tenho andado tão sozinho. Estou sujo e a minha casinha também. Fico horas sem comer e beber. Abano o rabinho, mas ninguém me dá atenção; parece até que fiquei invisível.
Quando eu era mais novo, era a alegria da casa. Todos adoravam ficar comigo. Às vezes, eu ficava tão cansado, mas disfarçava o cansaço e fazia o que podia para divertir a minha menina.
Relembro com saudades dos nossos momentos felizes. Eu andava sempre limpo e bem alimentado. Ela dizia que eu era seu único e eterno amigo. Não me dividia com mais ninguém.
O que ela gostava mesmo era de vestir umas roupas esquisitas em mim e de pentear meus pêlos. Eu não gostava muito, ficava parecendo uma boneca. E ainda, coçava demais; eu só sossegava quando conseguia arrancar toda aquela roupa.
Eu não gostava de ficar só em casa, mas entendia que os meus donos tinham que trabalhar e a minha menina tinha que estudar. No momento em que eles voltavam, eu ia recebê-los no portão. Pulava e latia muito; eles me colocavam nos braços e diziam que estavam morrendo de saudades. Aquilo pra mim era a melhor hora do dia. Eu me sentia tão especial...
O tempo foi passando, eu cresci; ela também cresceu. Um dia desses, pulei em cima dela, esperando que saísse comigo no colo e me levasse para brincar. Ao invés disso, ganhei a maior bronca:
- Cachorro louco! Sai daqui pulguento, não quero que suje a minha roupa.
Eu apenas obedeci. Saí de perto dela pra não apanhar.
Sabe, eu não entendo esses humanos. Eles são uns bichos tão estranhos!
Às vezes, eu tenho vontade de ir embora, sair pelo mundo a fora à procura de um novo dono. Mas tenho medo do que eu vou encontrar. O mundo que eu conheço é o quintal aqui de casa. E afinal, será que a história não iria se repetir? Eu poderia conhecer alguém pra cuidar de mim e me amar, mas logo ia se cansar também. Acho que humano é tudo igual... Pensa que a gente é descartável!
Publicado no livro
Antologia de Textos para Crianças - edição 2008 - Editora Br Letras CBJE
Sem você...
... Flagelo de saudade
Espírito desnorteado
Alma congelada
Betha
B eleza rara que
E nche os olhos e
T ransborda a alma.
H umana ou
A njo? Não sei definir!
Sorriso contagiante
Mulher fascinante
Mãe amorosa
Esposa carinhosa
Poetisa perspicaz
Amiga gentil
Sinônimo de humildade
E sabedoria
Para tua definição,
Adjetivos são meras palavras…
***
Betha, muita paz, saúde e felicidade!
Foi uma honra sortear você como amiga secreta.
Abraços.
Mágico do prazer
As tuas mãos fazem um show de mágica
No palco do meu corpo
Cada instante contigo
É um grandioso e excitante espetáculo!
Último presente
Eu queria deixar-te o meu último presente
Com ele, meu último sorriso
Última lágrima
Última alegria
Última tristeza
Deixo também as últimas lembranças
As decepções
As vezes que tive a oportunidade e não fiz
A poesia que não escrevi
A música que não cantei
A palavra que calei
E o silêncio que desperdicei
Os sonhos que realizei
E os que deixei de sonhar
Deixo para ti os abraços que ganhei
E os que deixei de dar
O dinheiro que não guardei
E o que deixei de gastar
Deixo para você a humildade
A verdadeira sabedoria
O respeito ao próximo
A persistência
A paz
A paciência...
Enfim,
Deixo de presente a vida
Viva
Cante
Dance
Sorria
Chore
Faça amigos
Viva um grande amor
Perdoe
Seja justo
Verdadeiro
Lute pelos seus sonhos
Conquiste o impossível
Tenha a capacidade de viver plenamente
Receba e compartilhe o meu último presente.
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Amante carente
O silêncio faz companhia
Horas de espera
Noite fria