Poemas, frases e mensagens de Callisto

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Callisto

Tempo perdido

 
Tempo perdido

Na paz contemplo as estrelas
De uma noite fechada, opaca
Mergulho na escuridão dos lamentos
Que sinto sem pensar
Que penso sem sentir

Murmuro que o dia virá
Em fios de luz e calor
E o tecto desaba sobre mim
Num peso de tortura e silêncio
Que não domino…

Tristes fios de tinta pensantes
Que se escapam assim
Neste rumo sem sentido
Neste tempo perdido

Como custa a escapar-se, o tempo
Como custa viver em silêncio
Como custa o fardo imenso
De não soltar a voz deste sentimento

Callisto
 
Tempo perdido

O Fim

 
Queria
Só hoje
Voltar
Talvez só hoje
Porque…
Dói-me a voz
De tentar
Calar
Os sons
Do nosso
Triste
Fim.

E ardem-me
Os olhos
De ver
O fogo
Infindável
Do íntegro
Que foi,
Mais forte
Que tudo
O resto.

Este amor
Utópico,
Cruel,
Permitiu
Ter-te.
Sentir
A tua alma
O teu corpo…
Mas depois
Não consentiram
Os deuses
Mais do que
Um turbilhão
De sentimentos…
Uma insana
Música
Repetitiva.

Sofro!
Sofri
Porque
Não quis
Ouvir
A voz
Da razão
Que só pretendia
Fazer-me deixar
Os pântanos,
Quebrar máscaras,
Renovar,
Viver!!!

Saudade
Dessa voz.
Hoje
Procuro-a
Na ilusão
Do meu sonho
Com uma sede
Eterna
De a ouvir.
 
O Fim

Recomeça

 
Recomeça

Banhados pelo mar dos suspiros
Pelos esguichos dos sentimentos profundos
Nós corremos.

Corremos para além de tudo,
Para o âmago de nada.
Corremos na direcção dum destino
Que esperávamos não ser longínquo.

Fomos fracos.
Desistimos…
E em vez de encontrarmos a chave
Da porta que bloqueia os sentidos,
Apenas olhamos pela fresta.
E assim deixamos apagar a ténue claridade
Á qual chamamos esperança.

Se corrêssemos,
Não desistindo nunca,
Teríamos sido fortes.
Omnipotentes!
Alienados,
Senhores do nosso próprio Universo.

Encontraríamos a chave,
As ideias…
A vida.
E acima de tudo,
Teríamos sido venturosos.

Agora apenas te posso dizer, amigo, recomeça.
 
Recomeça

Miragens

 
Talvez seja tudo isto saudade
Que transformo em silêncio e dor.
As minhas mãos trémulas procuram
O quente do teu amor.

Amor arrefecido
Pelo meu silêncio, pela minha dor.

E talvez seja minha desesperada procura
Que desperte estas miragens na noite.

Miragens que me tiram o sono,
Em que precipito a vida.

O meu grito de amor
Está parado no ar
Entre o espaço e o tempo.
E permanecerá…

Talvez sejas dia.
Noite. Eternidade.
Mas de certeza que todo o meu amor apenas em ti existe.
 
Miragens

Procura-te

 
Procura-te,
Pelo grande cobertor das aparências
Pela névoa atómica da purificação dos seres
Pelas paredes turbulentas do vácuo dinâmico do Mundo
Pelas janelas que crescem nas paredes do Horizonte
Descobre quem és
Enfim, encontra-te!
Lá estarei, para te achar
Por entre o rumor rubro e lento de um sol morrente
Que esconde a tua ardente sombra
E por entre um punhal infinito e repleto de ânsia.
Dia após dia, luto por ti…
A luta faz-se cinza
E a cinza faz-se dor.
Mas como uma rima de água fria
Num verso corrente
A distância oculta a sua fragilidade:
Não vence
Nem destrói
Aquilo que o amor conquista.
Será?!?
 
Procura-te

Callisto