Poemas, frases e mensagens de DanielPaiva

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de DanielPaiva

Amor é...

 
Amor é o sorriso triste que lábios secos transparecem,
É o sofrimento cego e invisível de quem não é amado,
É a lágrima no canto do olho, que desejosa de escorrer aguenta...
Amor é a alegria de querer, é a mágoa de não ter, é o achado,
É o gritar desesperado por aqueles que o merecem.

Amor é não duvidar do que se sente,
É acreditar naquilo que jamais irá acontecer,
É sentir a dor, enorme dor, mas não desistir...
Amor é não ter nada e ser rico, isso saber,
É pensar com o coração, esquecer a mente.

Amor é o calvário eterno, infindável,
É desejar todo o sentimento mostrar e não o fazer,
É conter em si algo que não dá para controlar...
Amor é dar tudo sem reflectir, é nada perder,
É ter a sorte de possuir algo inimaginável.

Quem ama sabe o que é o amor,
Tem a sua definição do indefinível,
Sente aquilo que é impossível descrever,
Amar é tudo, é algo de incrível,
Felizmente nem sempre amor é dor...
 
Amor é...

Gritando

 
Grito ansiando teu corpo,
Grito sonhando contigo, em te tocar,
Grito por saber que é utopia,
Grito porque sempre o fiz, não posso parar,
Grito, provando que sou um ser absorto.

Gritei por te ter tido e te ter perdido,
Gritei por todos os erros que cometi,
Gritei por tudo o que felizmente vivi,
Gritei, sofrendo sempre, ser perdido.

Gritarei quando o teu sorriso me pertencer,
Gritarei ao ter-te a meu lado, ao te abraçar,
Gritarei de um dia novamente te beijar,
Gritarei quando contigo puder acordar,
Gritarei quando a realidade me fizer sofrer!
 
Gritando

Não sei

 
Naufragado em mares que tão bem conheço,
Mares cheios de lágrimas repletas de solidão,
Mares onde mais nenhum ser navega,
Mares que tão bem descrevem meu coração,
Mares cheios do vazio, neles padeço.

Vejo no horizonte um pouco de terra,
Esforço-me para tal sonho alcançar,
Esbarro contra rochas, mas não me impedem,
Continuo como até então a lutar,
Quando a terra pisar a noite cerra.

Creio que naquela miragem felicidade encontrarei,
Nado todos os dias, assim continuarei a fazer,
Porque o sonho é a única coisa em que acredito,
E por mais que este sonho me faça sofrer
Sempre o amarei… Estupidez? Não sei…
 
Não sei

Carta a um amor secreto

 
Apareceste na minha vida e de repente viraste tudo do avesso. Tudo aquilo em que acreditava, tudo aquilo que tinha como certo, deixou de o ser, pelo simples facto de tu estares ali, diante mim, a sorrir. E nem sorrias para mim. Sorrias por sorrir. Sorrias por seres como és. E eu, feito tolo, fiz com que aquele teu sorriso me mudasse a vida. Fiz com que todas as minhas acções, todos os meus gestos, todas as minhas palavras, fossem condicionadas por aquele teu sorriso perfeito, aquele sorriso que nem nunca pensaste em dirigir-me.
Terei errado? Por ter visto em ti tudo o que procurava, por ter visto em ti tudo o que precisava, por ter visto em ti tudo? Tu és esse tudo, nunca duvidei disso. És a rapariga dos contos de fadas que só existe em filmes e em livros de encantar. És a princesa abandonada que precisa de ser confortada. És o sonho tornado realidade. Mas não és, nem nunca serás, a minha realidade. E não me recrimino por isso. Sei que serás a realidade de alguém, e sei que esse alguém será o teu sonho tornado realidade, porque tu o mereces, mais que ninguém.
E um dia, quando passar a teu lado e tu nem sequer me reconheceres, eu sei que poderei contemplar o teu sorriso e isso ser-me-á suficiente para continuar a acreditar na perfeição e, acima de tudo, ser-me-á suficiente para conseguir continuar a acreditar no amor.
 
Carta a um amor secreto

Mais Perto

 
Apaga as luzes e sorri para mim,
Esquece o passado, o presente e o futuro,
Apaga as luzes e abraça-me sem fim,
Revela-me o teu lado mais puro,
Apaga as luzes e segreda-me assim:
“És tudo aquilo que eu procuro.”

Desliga a música e diz-me a verdade,
Mostra-me o que é que sou afinal,
Desliga a música e acaba com a saudade,
Prova-me que te fiz sentir especial,
Desliga a música e destrói a dor que me invade,
Acaba com esta história, dá-lhe um final.

Chega-te mais perto e permite-me sonhar,
Acredita, nem que seja por um momento,
Chega-te mais perto e deixa-me amar,
Dá uma oportunidade ao sentimento,
Chega-te mais perto e faz-me parar,
Liberta-me de todo este sofrimento.
 
Mais Perto

Falsa Coragem

 
Parei. Tentei lembrar-me de alguma coisa, por muito insignificante que parecesse, que me desse força para continuar a avançar… mas não encontrei nada. Tentei então encontrar uma razão, qualquer uma, que me mostrasse que valia a pena lutar… mas mais uma vez com nada me deparei. Foi então que percebi que aquilo era o que eu tinha que fazer: tinha de parar.

Fechei os olhos e fui absorvido pela paz que a escuridão sempre me deu, fui absorvido por um mundo muito melhor que aquele em que habitava. E nesse mundo surgiste tu, primeiro um vulto quase imperceptível, depois uma sombra com contornos de pessoa, e por fim, a perfeição. Perante mim estava tudo aquilo que tinha procurado mal parei, estava toda a força para continuar e todas as razões para lutar. E foi então que dei um passo decidido, sem medo de obstáculos, sem medo do futuro. E depois desse passo dei outro, e outro, e assim foi até que de repente abri os olhos. Não os queria abrir, mas foi uma acção que o meu corpo decidiu tomar sem pedir autorização ao meu cérebro. Estava no mesmo sítio, exactamente no mesmo sítio… e não fazia sentido.

Fechei novamente os olhos e dei por mim a caminhar de mãos dadas contigo. Estávamos calados, mas o sorriso que partilhávamos revelava mais que quaisquer palavras que possam ser ditas. Estávamos felizes. Parámos e sentámo-nos num banco, julgo que estávamos num jardim, mas para ser sincero nem sequer me dei conta da paisagem. Abracei-te e tu respondeste-me com um beijo leve, tão leve, mas que eu senti tanto. Fixei-te o olhar e soube, sem o mínimo resíduo de dúvida, que nunca me tinha sentido tão feliz como naquele preciso momento.

Mais uma vez não consegui evitar, e abri os olhos. Dei com o meu corpo parado no mesmo sítio. A felicidade que me tinha preenchido era agora apenas uma réstia, algo tão fraco que nem um sorriso me provocava. Tentei perceber porque é que não estavas ali, porque é que quando abri os olhos não te tinha nos braços e porque é que me sentia tão terrivelmente abandonado. Foi então que percebi.

A coragem que tinha quando fechava os olhos era a única coragem que possuía. Na vida real, o meu único acto de bravura, se é que o era, passava por parar e fechar os olhos, fugir do mundo imperfeito em que vivia e ir para um outro mundo em que era capaz de lutar por aquilo que queria, de lutar por ti. Nesse mundo não tinha medo que me virasses as costas, não tinha medo de entregar todos os meus segredos a alguém, não tinha medo de amar. Esse era, e continuaria a ser, o único mundo em que queria viver.

Então parei, fechei os olhos e entreguei-te esta carta. Tu sorriste, um sorriso sincero, e disseste-me que se eu tivesse feito aquilo na vida real, tu estarias ali, estarias realmente ali, junto a mim...
 
Falsa Coragem

Efemeridade

 
Tudo passa, tudo vai…
Ficando a dor e o sofrimento,
Ficando a mágoa e o pesar,
A felicidade esvai-se,
O coração retrai-se,
As lágrimas escorrem
Devido àquele momento,
Em que temos que amar.
E mesmo sabendo
Que nada entendo,
Em mim esperanças morrem,
Não morrendo o sentimento,
De te querer, te desejar…
Tudo passa, tudo vai…
 
Efemeridade

Gritos na Noite

 
Almas choram e suplicam
Pela alegria que nunca as atingiu,
Não desistem dos sonhos, gritam,
Sabem que a vida que nunca lhes sorriu
Lhes oferecerá a paz que elas conquistam
Por cada fôlego que delas partiu,
Por cada lágrima mais fortes ficam.

Almas desligadas de corpos perdidos
Corpos que um dia a elas voltarão,
Corpos eternamente feridos,
Totalmente curados jamais estarão,
Porque os espinhos sempre sentidos
Choro constante provocarão.

Mas gritos serão pronunciados
Todas as noites, com fervor,
Gritos serão imortalizados
Pela força das palavras e pelo amor,
E um dia serão recordados
Como os gritos da noite, gritos de dor!
 
Gritos na Noite

Frieza

 
Sentado, absorvido em pensamentos meus,
Dou por mim num mundo cheio de perfeição,
Sinto a ausência da dor e de todo o sofrimento,
Sou consumido por tamanha felicidade.
É então que me deparo com a dura verdade,
Estou condenado, sem nunca ter tido julgamento.
O sangue escorre continuamente por meu coração,
Motivos para tal lhe pertencem, motivos seus.

Por minha face lágrimas escorregam,
Coordenadas pelo ritmo da deterioração,
Mãos para as parar não tenho, nunca tive,
Todo aquele sentimento não chegou, a paixão,
Tais lágrimas todos os sorrisos enterram.

Diante de mim passam alucinantes dias,
Dias escuros que cessam com a escuridão,
São todas as noites, é esse cessar constante,
Que me permite atenuar minha dor incessante,
E transformar toda essa desmedida imensidão
Em palavras sentidas, sinceras, palavras frias!
 
Frieza

Perdido

 
Lágrimas pelo meu rosto escorrem,
Lágrimas que nunca irão secar,
São lágrimas por mim provocadas,
Lágrimas que nunca irão acabar,
Lágrimas de dor que não morrem.

Sorrisos deixam de acontecer,
Não existem razões para tal,
Sorrisos que lutei por não perder,
Não evitei o seu adivinhado final
E hoje choro e continuo a sofrer.

Sofrimento meu, só meu,
Sofrimento que tão bem conheço,
Sofrimento de quem erros cometeu,
Sofrimento pelo qual padeço.

E aqui, só, recordo o que foi sentido,
E aqui, só, me sinto imensamente perdido.
 
Perdido

O poema que eu não escrevi

 
Aquilo que te devia ter dito e não te disse,
Aquilo que nunca te consegui escrever,
Aquilo que talvez tivesse se te pedisse,
Aquilo que todas as noites me faz sofrer.

São palavras que guardo para mim,
Palavras que não revelo nos meus poemas,
São palavras que guardarei até ao fim,
Palavras que expressam os meus dilemas.

E se eu deixasse de ter este medo,
Se conseguisse mostrar todo o sentimento,
Se deixasse de esconder tamanho segredo,
Talvez acabasse com este sofrimento.

Talvez…
 
O poema que eu não escrevi

Segredo

 
Pensava sozinho no meio do oceano,
Procurando algo, procurando alguém,
Sonhava em ter-te a ti, sim, a ti,
Queria a minha vida poder partilhar,
Gostaria de me mostrar, sem dano,
Tentava ser mais que ninguém,
O que eu ambicionava…eu perdi…

Perdido naquelas águas desconhecidas,
Vagueando por mares a abarrotar,
Cheios de sonhos, de receios, de desejos,
Contra a maré havia deixado de nadar,
Tantas ambições…todas esquecidas…

Motivo para tal facilmente encontrei,
Percebi então que assim deveria ser,
Não poderia expulsar de mim a solidão,
Teria que continuar como até então, a viver,
Assim foi, assim estava escrito, eu sei…

Serei lembrado como aquele que nunca se perdeu,
Que não lutou por não ter forças para o fazer,
Que chorou só, não desesperou, teve de sobreviver,
E que um dia morreu, levando consigo segredo seu.
 
Segredo

Demente Estado de Alma

 
Mais uma vez estou sozinho num mundo tão vasto,
Estou abandonado, perdido, esquecido, por entre esta imensidão,
Sinto-me como mero objecto, mentira, nem sequer me sinto,
Eu que em tempos me congratulei por deter tanta paixão,
Eu que hoje me prostro perante o meu destino tão nefasto.

Demência, é isso que me corrói o corpo e me consome a alma,
A sensação (será que sinto?) de que de nada serva a minha existência,
As lágrimas que antes me escorriam pela face, passadas,
Os gritos inaudíveis que clamei na escuridão da minha inconsciência,
A poesia que justificou toda a dor, a poesia que simulou toda a calma.

E eu culpo a demência por tudo àquilo a que me conduzi,
Culpo-a pela expressão fria e inumana que hoje transpareço,
Culpo-a pela minha solidão na qual eternamente padeço,
Culpei-a pela vida, esta que agora finalmente perdi…
 
Demente Estado de Alma

Carta a um Amor Secreto II

 
Acordo a meio da noite. Estou triste, abatido e cansado, mas não sei o porquê. Quando me deitei estava bem, quer dizer, “bem” para mim nunca é mesmo “bem”, mas quando me deitei há algumas horas atrás não estava assim. Quero adormecer outra vez, quero tanto. Quero sonhar, alimentar as minhas utopias com a impossibilidade que todas as noites imagino…quero sorrir. Mas o sono não regressa e eu continuo acordado, mergulhado nisto, nestas palavras que não consigo parar de escrever, nestas palavras que são como punhais afiados que me entram pelo peito, nestas palavras que escrevo contigo no pensamento.
E eu queria não te desejar, se queria. Queria agora estar a dormir, sem preocupações, sem esperanças infundadas, sem o “nada” que não tenho. Mas não consigo. Por mais que tente evitar dou por mim a fechar os olhos e a ver o teu sorriso, o teu olhar, a tua perfeição. Percebo finalmente aquilo que sempre me faltou. Tu. Mas não te tenho, nem hoje nem amanhã terei. E dói tanto saber isso. Dói tanto ver-te sabendo que isto, todas as minhas palavras, não chegam a ti. Dói tanto saber que um dia mais tarde vais esquecer que existo. É que nesse dia tudo o que escrevo deixará de fazer sentido, se é que neste momento tem algum. Nesse dia vou querer odiar-te e vou dar por mim a amar-te ainda mais. Nesse dia vou adormecer, mas hoje, hoje não.
 
Carta a um Amor Secreto II

Um beijo

 
Apenas um toque,
Muito mais que um olhar,
Uma simples sensação,
A imensidão de amar.

Tudo num mero beijo
Que tanto se sente,
Fruto de tamanho desejo,
Sonho que não mente.

É um beijo que não prevejo,
Um simples e utópico beijo.
 
Um beijo

És aquela

 
És aquela dos meus poemas
Aquela que enfrenta tamanhos dilemas
Aquela que vive mergulhada em problemas.

És aquela que quer ser amada
Aquela que não se deixa amar
Aquela que quer ser desejada
És aquela que não quer magoar.

Mas és aquela que chora constantemente,
Aquela que sorri quando está a sofrer,
Aquela que por um olhar transparece tudo,
Aquela que luta todos os dias por sobreviver…
Mas és aquela que eu quero, apaixonadamente.
 
És aquela

Amanhã

 
Fecho os olhos e imagino um amanhã diferente,
Um amanhã no qual sorrio e sou finalmente feliz,
Não passa de um cenário, uma construção da minha mente,
Não passa de um sonho em que tenho aquilo que sempre quis.

Mas não me impeço de sonhar com esta impossibilidade,
Não me canso de tentar evitar toda a dor que a mim provoco,
Se o podia fazer? Podia, é essa a dura e pura verdade,
Podia evitar as lágrimas que através deste poema evoco.

O meu sonho és tu: o teu ser, a tua tão imensa perfeição,
E eu convenço-me que amanhã por ti serei amado,
Quando na realidade apenas eu te amo, imensurável paixão,
Enquanto tu nem dás por mim quando passo a teu lado.
 
Amanhã

Escrevo

 
Escrevo, só e simplesmente para me conseguir expressar,
Posso não conseguir os meus pensamentos transformar em palavras,
Acredito no entanto que os meus textos têm algo, quero acreditar,
São sinceros, cheios de emoção, aqui são as minhas dores libertadas.

Tudo o que escrevo sai do coração, nunca, jamais, da razão,
Tento tornar a complexidade simples, o complexo mundo de amar,
Suporto a dor que possuo, eterna, não chegando à conclusão
Do porquê do sofrimento que me corrói, impossível de imaginar.

O que me motiva, que me deixa feliz por não ser amado,
É isto, crua poesia, escrita não por mim mas através de mim,
São as lágrimas que ditam as frases, eu, mal-aventurado,
Não passo de um mero transmissor de mágoas, assim.

A sua presença faz-me chorar e ao mesmo tempo sorrir,
Presença nunca física, nunca o foi, nunca o será,
Os meus olhos têm dura missão: o meu amor encobrir,
Esconder o sentimento que coração meu sempre possuirá,
Pois esse, amargurado coração, eternamente a amará!
 
Escrevo

Procuro

 
Procuro alguém na noite,
Alguém que não consigo encontrar,
Choro pela sua ausência,
Sei que com ela vou continuar,
Mas continuo à procura,
Esta busca nunca irá acabar,
Por saber que vale a pena,
Por saber que a vou achar.

Se nunca a tiver sei que chorarei,
Sei que a minha vida não fará sentido,
Sei que pelo fim da dor gritarei,
Sei que me sentirei perdido,
E sei que a tristeza comigo acabará, isso eu sei.
 
Procuro

Vazio da Noite

 
Estou no meu mundo de sonhos e de fantasia,
E nada existe para além de mim, nem um ruído,
Sou só eu e isto, simples e insignificante poesia,
Eu e palavras que me continuam a deixar perdido.

E eu tento, tanto eu tento, dar-lhes significado,
Fazer com que todas juntas formem uma verdade,
Tento eternizar tudo aquilo que foi por mim chorado,
Queria tanto transmitir apenas um pouco de felicidade,
Deixar de ser quem sou, mero ser, mero frustrado,
E morrer tendo a certeza que deixarei saudade.

Mas o vazio da noite corrói-me a esperança,
Dá-me tanto e ao mesmo tempo deixa-me sem nada,
E fico assim, perdido, esquecido, sedento de vingança,
Esperando o fim da noite, bendita madrugada.
 
Vazio da Noite