O Tempo
Tudo tem o seu tempo determinado,
E há tempo para tudo.
Tudo o que ele te tem negado,
É tempo mudo.
Há tempo para nascer,
Há tempo para chorar,
Há tempo para morrer
Há tempo para abraçar.
Há tempo para rir,
Há tempo para amar,
Há tempo para ir
Há tempo para afastar.
Há tempo de aborrecer,
Há tempo de paz,
Há tempo para querer,
O que falta faz.
Para Ti
Ela que amou sempre a vida,
Não teve nenhuma tristeza ao morrer,
Mas a minha angústia será sentida
Até o sol um dia desaparecer.
Julgo que ela ainda vive,
Tão perfeita e viva como outrora,
Porque alguém que sempre tive
Não poderia ir embora.
Muitos anos ela andou pela vida,
Por muitos obstacúlos ela passou...
Era mulher forte e destemida,
Assim na lembrança ficou.
Ela viu a luz a escurecer,
E seu corpo a desfalecer.
E em nós, deixa a tristeza
De olhar e não a poder ver.
Na terra, a sua passagem
Como um fim, não pode ser entendida.
Será bela e eterna paisagem,
No meu coração compreendida.
Eu
Eu sou como sou,
Sou um ser humano como muitos são!
Um ser que nem a todos agradou
Por ser diferente e quase sempre com razão.
Percorro caminhos longos,
Aqueles que me reserva o destino.
Por vezes caio em escombros
Ou me afundo num submarino.
Gostaria de poder escolher
Os caminhos por onde ir,
O caminho certo a percorrer,
Mas nisso não posso interferir.
Confesso que sou forte por fora
Naquela a que chamam aparência,
Mas por dentro sou fraca e o coração chora
Questionando a minha existência.
Mesmo assim continuo a percorrer o meu caminho
Aquele que o destino me reserva,
Mau ou bom será no meu cantinho,
Sem esperar uma grande perda.
Ditos
Os elogios não me elevam,
Nem as ofensas me rebaixam
Sou o que sou e não o que acham.
A liberdade de expressão existe,
Mas não afirmes o que nunca viste
É um acto deveras triste.
Preocupa-te com a tua vida,
Não espalhes inceticida..
Que a tua vida pode estar bem mais fo.....
Não julgues alguém,
Sempre que te convém.
Olha-te ao espelho...e vês quem?
Mentira
Oh...alma falaciosa!
E pensas tu ser graciosa?
A tua alma mundana!
A mim não me engana...
Essa levianidade no agir e no dizer,
Oh alma não te farei esquecer,
Que isso fará de ti,
Um boneco morto e inutil, como nunca vi.