Começo de um fim
Eu ouço algo que não deveria ser ouvido
Vejo algo que não deveria ter visto
Também esperava sentir algo que não pudesse ser sentido
Meio estranho isso que digo
Meio nada
Muito estranho
Mas é isso que acontece
Quando o resto do mundo te esquece
E você se esquece do mundo
Você passa se por louco
Até mesmo acredita um pouco
Ser insano ou só insensato
E num ágil e louco ato
Resolve curar a ferida
Dar um fim nessa débil vida
Salta aos céus como leve ave
E do penhasco um espaço abre
Não parece um salto pra morte
Apenas um mergulho a sorte
Não repulse, mas acredite.
Como no teto de uma caverna
Rochas como estalactites
No fim da queda me espera
Não esperava que assim fosse
Algo com sangue e pedaços
Queria que simples fosse
Um salto, uma morte, um ato.
Mas feio ou bonito assim
Por mais que doa ou queime
Não é o fim de um começo
Mas o começo de um fim
Wilckson Ewil (BlackHearth)
Sábado 7 de fevereiro de 2009
Guilt
Guilt (culpa)
Na fumaça que se dissipa
Percebo os espaços vazios
Os erros que cometi (ou não)
As duvidas e incertezas
Os acertos ou tentativas
As vezes que ergui as mãos
Ou as vezes que as cruzei
Tentando amenizar o frio
Ou esconder minhas fraquezas
Pois elas me desnorteiam
E deixam-me a deriva
Pois meus erros nada mais são
Que tentativas de acertar
Mas o que me afeta no fracasso
É não ter em quem por a culpa, ou pior
Não ter a quem pedir desculpas
A quem estender as mãos
E estas me servem de apoio
Para as lagrima que caem da face
Mas meus inimigos não desfrutam
Pois minha solidão é intensa
E nem inimigos possuo e olhando ao meu redor
No deserto de incertezas
Nem uma lugrube miragem
Para refrescar meus olhos
Dos raios enfurecidos e vividos
Do sol do desespero
E na tentativa de erguer
Mais uma vez de erguer as mãos, percebo
Que elas que me apóiam
Pois meus joelhos estão dobrados
E na afoita tentativa, de
Dar sombras aos meus olhos
Deixo meu corpo cair
E a pesada carga da consciência
Apertam meus pulmões até enchê-los
De sangue
E até os corvos e abutres se afastam
Pois percebem a maldição que possuo
A morte sorri ao meu lado
Mas não tem pressa em me levar
Apenas contempla minha dor
Ser queimado por minhas ilusões
E digerido por meus pesadelos.
26/01/10
SUFFERING´S
[i][b]Suffering ’s
Sozinho, sentado, sorrindo
Sem saber, sem sentido
Suspirando, sentindo saudade
Sobre sentimentos sortidos
Sentimentos sem solução
Sempre sinto surgir
Só soluços seguidos
Soam sem sucumbir
Salto sobre saliências
Seguindo seu som sibilante
Sorvendo sua sapiência
Semeando sutil semente
Sombras serpenteiam serenas
Sob selvas surpreendentes
Sem surpresas, sutilezas
Sons soam suavemente
Surtando, sondo sereias
Santas, singelas? Sim
Sendo sujeito sofrido
Sinto sede saciada
Singelo, sofrido serafim.
Meu coração chora
Meu coração chora
Nesse mundo vazio
Meu coração chora
Nesse descampado frio
Meu coração chora
A cada minuto vago
Meu coração chora
A cada gole a cada trago
Meu coração chora
Por mais que eu tente sorrir
Meu coração chora
Mesmo que eu tente ir
Não consigo ir embora
Meus pés colaram no chão
O que devo fazer agora
Devo gritar
Devo saltar
Devo sussurrar
Devo calar
Ou devo dizer
Não agüento mais
Agora irei chorar
Por quê?
Por que meu coração chora.
Wilckson Ewil (Blackhearth)
Remember
Confesso pra ty que em loucura
Realmente em total desespero
Tentei esqueçer-te totalmente
Pra realizar um desejo
Poder viver uma paixão
Um desejo de momento
Algo que não consumei
Mas mesmo assim, não lamento
Mas para tentar algo novo
O coração deve estar puro
Ausente de todas lembranças
Livre de toda culpa
Calmo e totalmente seguro
Mas te esqueçer é impossivel
Isso não é simples assim
Consegui apagar todas as lembranças
As boas e as ruins
Mas você não é uma lembrança
Você é parte de mim
Wilckson Ewil (blackhearth) 15/01/10