Um Natal sem Pai Natal
O Natal está a chegar e o Pai Natal está doente.
Ele disse a um duende que me chamasse.
O duende chegou a minha casa e disse:
- Precisamos da tua ajuda. O Pai Natal está doente e não pode dar as prendas.
- Está bem eu vou tratar disso!
O duende levou-me ao Pai Natal e então eu disse:
- Já sei. Eu vou descer à terra, ver os presentes dos meninos e vou a Belém pedir um bocado de ouro aos Reis Magos.
Cheguei à terra e vi os meninos muito curiosos para ver o Pai Natal. Senti um aperto no peito porque tive medo que descobrissem que o Pai Natal estava doente.
Depois fui para Belém e encontrei o castelo dos três Reis Magos.
Entrei no castelo, cheguei-me à beira dos Reis Magos e disse:
- Como estais?
- Nós estamos muito bem.
Eu perguntei:
- Conheceis o Pai Natal?
- Claro que sim. Na verdade ele é o nosso melhor amigo.
- Podeis dar-me um pouco de ouro para o Pai Natal?
- Claro que podemos. Vamos lá buscá-lo agora mesmo.
- Obrigada e Adeus!
Voltei para o castelo do Pai Natal e a Mãe Natal disse-me:
- O Pai Natal está muito pior.
Eu tive outra ideia. Era um truque de magia.
Peguei no trenó do Pai Natal, prendi-lhe as renas e passei no céu e enquanto passava deitava o ouro e dizia:
- É prenda do Pai Natal!
De seguida atirei todas as cartas dos meninos e voltei a dizer:
- É prenda do Pai Natal!
Acabei de dizer estas palavras e todos os pedidos dos meninos saltaram do trenó transformados em prendas.
Voltei para o castelo do Pai Natal, vesti-me de Pai Natal e percorri todo o País a ver se todos os meninos estavam felizes com as prendas.
Nenhum deles descobriu que eu estava a substituir o Pai Natal e adoraram os seus presentes.
Eu também adorei ser Pai Natal por um dia.
Vim do mar e não sou peixe
Vim do Mar e não sou peixe mas, se não sou peixe o que sou? Uma ave aquática?...
É melhor começar a procurar em livros e enciclopédias sobre animais aquáticos para ver se encontro algo sobre mim…
Nada de nada. Não há ninguém igual a mim.
Vou partir para o mar e esconder-me para que ninguém me veja.
Passados anos uma pequena criatura do mar entrou na minha caverna…
A pequena estava muito assustada e como por magia era tal e qual igual a mim…
- Quem és tu? – Perguntou-me a gaguejar a pequena.
- Uma criatura desconhecida.
- E tu?
- Igualmente.
De um minuto para o outro, já éramos amigos.
Tinham passado 25 anos desde que nos conhecemos e agora éramos adultos e já tínhamos de ter tempo para as nossas coisas.
Um dia eu e ela combinamos ir os dois a uma festa que se ia realizar no palácio real.
E assim foi…
No dia da festa estava eu entusiasmado com a música, quando de repente alguém me tocou no ombro…
Virei-me e lá estava ela de vestido púrpura e tiara de vidro.
Passados minutos o maestro começou a dirigir uma música romântica…
- Gostas desta música – perguntei eu com um sorriso no rosto…
- É a minha favorita.
Levados pelo amor começamos a dançar.
Antes que déssemos por isso, estávamos completamente apaixonados.
O casamento foi de seguida e eu usava um fato azul como o mar e coroa cintilante como as estrelas.
Ela, um vestido amarelo como o Sol e um véu dourado muito dourado.
Percebi quem sou e de onde vim.
Beatriz Torres
Avó
Avó
Um tesouro valioso,
Um tesouro insubstituível.
Esse tesouro é ter avó
Tão meiga e doce como o mel.
Ser neta é uma honra
Especialmente se for de ti.
És a melhor avó do mundo,
Melhor amiga que já vi.
Uma avó duas vezes é mãe
Mas tu és três ou quatro.
Um tesouro que nem toda a gente tem
Mas que eu com muito orgulho guardo!!!
Uma aventura em Vila Verde
Nota: O meu nome é Bia, tenha 8 anos e gosto muito de escrever
Os três amigos ANA, BEA e GONÇALO souberam que estava para chegar a festa de Santo António e já tinham começado a fazer os seus planos.
Receberam uma publicidade pelo correio que informava que os 4taste iam estar em Vila Verde na próxima quarta-feira. Já estavam mais que contentes pois era a sua banda favorita.
Finalmente chegou o dia porque tanto esperavam.
Vestiram as melhores roupas que tinham e lá foram para Vila Verde.
Dançaram, saltaram, brincaram até à hora de irem para casa.
No fim do concerto, os 4taste deram uma sessão de autógrafos. Os três amigos foram logo os primeiros da fila, correndo para a frente do palco.
Às raparigas BEA e ANA eles escreveram:
-Muitos beijinhos e abraços dos 4taste.
Elas ficaram muito contentes e deram dois beijinhos aos quatro.
Finalmente foi a vez do GONÇALO. Este já estava chateado, mas quando chegou perto dos 4taste, até vibrou de alegria.
Os 4taste para ele escreveram:
-Um abraço dos teus amigos 4taste.
Ele deu um abraço aos quatro e foi-se embora contente.
Todos contentes voltaram para casa.
Passado 1 dia voltaram a Vila Verde.
Quando lá chegaram andaram nos carrosseis até irem para casa.
Já era muito tarde mas não queriam ir embora.
De repente apareceu um casal de ciganos que os levaram para uma casa abandonada perto das piscinas.
Passado 2 meses eles aprenderam a ser ciganos mas metade deles ainda era uma pessoa normal!!!
Os ciganos eram muito diferentes deles mas habituaram-se.
Um dia ficaram com saudades da vida que tinham antes do rapto e decidiram fugir.
Foram pela rua fora e… pelo caminho encontraram um homem preso numa rede que lhes pediu ajuda.
-Podem-me ajudar?
-Claro!!!
Meteram mãos à obra, a BEA rasgava a parte de cima, a ANA a da direita e o GONÇALO a da esquerda.
Por fim soltaram o homem.
O homem agradecido resolveu retribuir e perguntou-lhes:
-Há alguma coisa que eu possa fazer por vocês?
-Bem, na verdade até há uma coisa…
-O que é?!
-Tudo começou quando uns ciganos nos raptaram e nós decidimos fugir… O que acha que devemos fazer?
-Acho que devem denuncia-los á polícia.
-Também achamos que tem razão…mas não sabemos como chegar a Vila Verde.
-Nisso eu posso ajudar.
-Tu sabes o caminho?
-É claro que sim, foi de lá que eu vim.
-E como é que veio aqui parar?
-Vim dar um passeio e fiquei preso nesta rede.
-Então vamos embora antes que os ciganos venham.
De repente a BEA gritou:
-Os ciganos estão aqui!
Então o senhor disse:
-Metam-se no carro e vamos embora.
Finalmente chegaram a Vila Verde.
Foram directamente á esquadra da polícia.
A mulher polícia que estava à porta perguntou:
-O que querem?
-Queremos falar com o chefe…
-Nesse caso entrem, o chefe está na porta 10.
Chegaram à porta, bateram e…
-Entre!
-Boa tarde S. Guarda, sabe, no outro dia nós os três fomos raptados por cruéis ciganos que nos obrigaram a habituarmo-nos aos seus hábitos. E estão aqui.
-Onde é que eles estão?
De repente a porta arrombou-se. E entraram lá o casal de ciganos.
-Parem em nome da lei! –disse o chefe.
E prendeu-os.
Nunca mais fizeram aquilo, porque podia-lhes acontecer novamente o mesmo.
E os três amigos voltaram para casa muito felizes.
Mãe...
Sabes aquele abraço?
Que por vezes não soube dar...
Vou dá-lo hoje,
espero que o possas aceitar
E sabes aquele beijo?
Que por vezes me esqueci de dar...
Vou dá-lo hoje,
se tarde demais não chegar
E sabes aquela "Desculpa"?
Que por vezes não pedi?
Vou pedi-la hoje,
com isso só perdi
E o amor de filha?
Incondicional, não é verdade!?
Esse não me posso esquecer de dar,
em qualquer dia, em qualquer idade!
Presente que ofereci à minha mãe pelo seu aniversário.
Água
No alto nasci,
do alto fui descendo.
Logo me apercebi
que estava crescendo.
Meus irmãos afluentes
comigo o vale desceram.
Ondulámos bem contentes
e mais irmãos acolheram.
Mesmo junto a Vila Verde,
um rio já formámos.....
deram-lhe o nome de Cávado,
que belo nome arranjámos!
Muitas saudades temos nós,
do tempo em que nos encontrámos.
Agora fomos ter à foz,
e ao mar nos abraçámos.
Desculpa, Mãe
Desculpa, Mãe!!!
Sei que errei, errar todos erram
Deus perdoa tudo, uma Mãe é uma Deusa
Espero que um dia me perdoes,
Pois uma filha não é nada sem uma Mãe.
Magoei-te, sei que sim
Mas a verdade é para ser dita,
És tudo para mim,
És a luz da minha vida!
Filha sem Mãe não é nada
Mãe sem filha nada é.
Do bem és uma fada,
O Amor é a tua maré!!!
Amo-te
Mãe
Para a minha Bisavó Beatriz
A tristeza sabe muito mal,
Foi isso mesmo que senti
Quando soube estavas no Hospital,
Simplesmente entristeci…
Muito triste fiquei,
Bem podes acreditar.
A amar-te continuarei,
Chegue o que tiver de chegar!!!!!!!!!
Só te quero dizer que te amo,
Espero que ainda o possa dizer mais,
Bisavó como tu só há uma,
Não encontro pessoas a ti iguais!!!!!!!!!
Um Estranho dia de Escola
Certo dia, estava o velho computador cansado de pensar e entregar montes de ficheiros patetas à filha mais velha do Sr. Augusto, Catarina, pôs-se a pensar em como seria se pudesse ir à escola aprender como os humanos…
- Em que pensas – perguntou a impressora muito atarefada a enviar um fax que mandara o tio Álvaro, na véspera de S. Valentim á tia Andreia para a reciclagem…
- Estou a pensar em como seria se pudéssemos ir à escola aprender como os humanos.
- Tive uma ideia! - Disse a carpete dando um pulo – e se fizéssemos uma escola mesmo aqui no escritório, evitando as pessoas…
- Que óptima ideia!!! – Aplaudiu a carteira já velhinha e com uma grande dor na perna…
- Eu serei aluno. – Disse o computador sorrindo.
- E eu também. – Afirmou a impressora.
- Também me terão como professora à moda antiga. – Pronunciou a carteira com ar superior.
- E que tal uma carpete chinesa como delegada de turma?
- Claro que sim… – Comentaram todos.
Depois da porta trancada começaram todos a divertir-se imenso. E nem deram por mim que passara perto da janela do escritório e pus-me a observar, os objectos falantes, até que estes me descobriram em flagrante e tive de me explicar dizendo quem era e que estava a observá-los, pois queria juntar-me ao grupo fazendo de aluno…
E assim se passaram dias e dias na companhia dos meus novos amigos, sempre à mesma hora de chegada e de ida, durante muito, muito, muito tempo.
As Baleias
"Teus netos vão te perguntar em poucos anos pelas baleias que cruzavam oceanos"
Eu irei lhes responder,
que a amiga baleia
foi morta por caçadores,
isto não é brincadeira.
Foi morta por caçadores,
e alimentou certas culturas,
algumas perderam pais
e outras sofreram torturas.
Vou dizer-lhes também,
que elas comiam bichinhos,
bichinhos prejudiciais
e demasiado pequeninos.
Por último vou acrescentar,
que não foi só por isso,
foi também pela poluição
que deixou o mundo mortiço.