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Poeira

 
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Poeira

Estradas de chão batido levantavam poeira
Que estão no meu passado, que foi risonho
Quantas boiadas aí passaram à vida inteira
E as nuvens de pó ficaram em meu sonho

Nos dias de ventos saiam pelos cafezais
Avermelhando suas folhas tão viçosas
E deste tempo não esquecerei jamais
A gente saía da estrada e ia pelas roças

Agora o vermelho para o preto se mudou
O que era terra em asfalto se transformou
Só minha lembrança não teve um fim

Quando vejo a poeira levantar pelo alto
A minha saudade é de antes do asfalto
Parece que ainda voa dentro de mim.

jmd/Maringá, 07.12.09




verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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