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A Resignada Rosa

 
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Os ventos de outono
Varrem as pétalas para longe
São partículas do meu corpo sem paradeiro;

Então quase nua
As tuas mãos me aguçam para um acalento
Repousa meu caule violentado;

Sangra na carne viva
As dores dos espinhos da saudade
Leva-me para longe o vento sem destino;

O manto da natureza é subversivo
Logo vem a primavera e me cobres
Outra armadilha da beleza que me fere;

Chora o orvalho a solidão
Mata-me a sede na semente
E ludibria a minha resignação;

Quando encontrar-me encolhida
Não chores pela morte repentina
Outras lhes trarão tristezas e alegrias;

Porque são assim as primaveras
Porque é assim a vida.




Christine Aldo

Pela autora Christine Aldo – Agosto de 2011 no dia 09.
 
Autor
Christine-Aldo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2011 15:43  Atualizado: 09/08/2011 15:43
 Re: A Resignada Rosa
Muito belo e bem escrito este poema. A vida é cíclica como a Primavera a Estação da renovação. Lindo o rebentar dos meristemas em cada renascer.


Beijo azulOpen in new window

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2011 16:06  Atualizado: 09/08/2011 16:06
 Re: A Resignada Rosa
UMA ROSA QUE QUER TODO UM AMOR, UMA ROSA QUE PONDERA EM UM MARAVILHOSOSESPLENDOR, QUE MARAVILHA DEIXO MEU ABRAÇO.

MARTISNS