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VERDES VINHAS

 
VERDES VINHAS

Da noite, sem silêncio e tão comprida,
até a manhãzinha, com o sino da ermida,
muito barulho, durante a noite aconteceu.
Bem cedinho, canário, sabiá e o rouxinol,
cantam, para dizerem bem vindo ao sol,
mais um dia, que no ranchinho amanheceu.

A noite nunca vejo por aqui o calango,
mas ouço os tristes pios do curiango,
as vezes o lamentoso uivo de um cão.
Já na tarimba, aqui no meu aconchego,
vejo pela janela o voo rasante do morcego,
como se fosse o acento, da palavra solidão.

E a tarde no céu, a bando das andorinhas,
mudam a paisagem, coberta pelas vinhas,
desde o amanhecer, todo dia essa rotina...
Depois que se cala, o meu vizinho sabiá,
vem em seu lugar os uivos do lobo guará,
assim que acender a primeira lamparina.

GIL DE OLIVE

 
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gil de olive
 
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Enviado por Tópico
mariagomes
Publicado: 31/03/2012 11:25  Atualizado: 31/03/2012 11:25
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 Re: VERDES VINHAS
Olá amigo, é sempre um gosto lê-lo grande poeta, parabéns pelas lindas inspirações que tem.
beijinhos
mariagomes

Enviado por Tópico
RaipoetaLonato2010
Publicado: 31/03/2012 16:16  Atualizado: 31/03/2012 16:16
Colaborador
Usuário desde: 13/03/2010
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 Re: VERDES VINHAS
A leitura desse nos faz meditar sobre a situação do meio ambiente. O poeta relata paisagens,voos rasantes de morcegos. A "primeira lamprina" expressabem o clima de uma manhãna roça.
Parabéns.