Poemas : 

Alfaiate Zeit

 
.

Para onde eu vou
sem deixar nenhuma pista?
Com qual dança devo pousar
na fogueira de fênix
e começar de novo?
Quando é a reencarnação?
Ouço os grilos
e cigarras
do funcionar do meu cérebro
e o ventilador.
Ventilo essas palavras
para sobreviver.
Para inventar que esse tempo
de teclas e letras
de dizer algo
é tempo bom.
Tornei-me um adicto de mentiras,
mentiras do insante-já.
Eu preciso ocupá-lo sempre
com algo
com algas
com luzes
'vagalumes na poeira de neón'.
Não posso suportar
nem mais um
daqueles vagos e brancos
que me impõem o pensar
e o peso pesado
de conferir o legado,
triste,
da causa perdida.
Não quero mais instantes brancos,
supostamente ilesos,
idôneos
e pavorosos.
Usarei toda coleção de trapos
e retalhos
de mentiras
coloridas
e verdades
doloridas
para costurar o
'grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências'.

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Autor
thiagodebarros
 
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