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Roda gigante do tempo

 
Roda gigante do tempo
 
Roda gigante do tempo
[b]Elen de Moraes Kochman


Rodopia a vida nas rodas gigantes
Do tempo, que por nós passa apressado;
Impõe seus sinais, faz marcas nos semblantes

E distancia o presente do passado.
Separa amigos, fere ilusões e sonhos,
Sem se importar se atrás fica, magoado,


Um coração... em descompassos tristonhos.
E vai o tempo, acordando fantasias,
Permutando por projetos enfadonhos,


A realidade dos longínquos dias,
Quando éramos felizes adolescentes,
Bem comportados em nossas rebeldias.


Gira a vida em roda viva... entrementes,
Uns seguem... alguns voltam... outros, no entanto,
Alquebrados, tornam-se sobreviventes.

Segue o tempo... semeia risos e pranto.
Lento, para quem pisa com confiança
- e largas passadas – a estrada do enquanto.


Entre lento e apressado o tempo balança!
Faz-se o presente. Do ontem se faz o agora.
Faz-se do hoje um tempo de nova bonança!


Então, amores ausente, vida afora,
Reatam romances, reacendem o ardor...
Nos amigos renasce o elo de outrora!


Tempo esperança para a infância em flor;
Tempo alegria para os jovens em festa;
Para os que partiram... tempo de dor;

Tempo feliz pelo tempo que nos resta!



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elendemoraes
 
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