VINTE E UM DE SETEMBRO

Que bom, Janna!

Foi sincero.

Abraços, RicardoC.

Cara, Volena, eu te felicito por tua vida longeva.

Infelizmente, não acredito que terei o privilégio de passar dos oitenta anos... Portanto, tendo hoje quarenta anos, tenho por expectativa ter chegado a mais da metade de minha existência.

Não sei se me faço entender em meu desabafo, mas correr atrás de uma vida saudável sobre uma esteira me fez perceber o quanto isso às vezes me parece absurdo.

Ter ideias claras pode ser assustador para muitos... Eu tento ter a mente aberta para tudo. E, assim, escrever.

Obrigado, pela generosidade do comentário e pela compreensão dos meus arrazoados.

Abraços, RicardoC.

...também nunca pensei chegar até esta idade e cá estou, há coisas que só Deus sabe. Obrigada pela resposta. Foi um dia que me chamou a atenção e julguei que era dia dos seus anos porque nesse dia fazem anos um neto, a filha minha bisneta e o um genro como vê é um grande dia de alegria! Espero que fosse um bom dia para si também. Um abraço Vólena

Obrigado, Anggela.

Essas prosas ligeiras que eu escrevo pondo datas como título são como páginas confessionais de um diário que atravessa os anos da vida. Acredito que para certos sentimentos caiba um discurso mais direto.

É isso.

Abraços, RicardoC.

Concordo, Mary, que a longevidade da vida seja algo imprevisível. Todavia, quando escrevi esse poema, eu tomei por hipótese que eu -- se tiver menos anos a viver que os anos já vividos (a saber, 40 anos) -- tenho uma certa urgência comigo mesmo e com minha poesia. Esse sentimento tem permeado os meus dias mesmo que, como argumentas, eu não possa ter certeza.

Não há melhor explicação para isso: Eu "sinto" que não tenho o tempo a meu favor para cumprir muita coisa em minha vida.

Se eu estiver errado, tanto melhor!

É isso.

Abraços, RicardoC.

Faz alguns anos a cantora luso-canadense Nelly Furtado gravou uma música pop chamada "Bucket List" acerca das suas realizações a cumprir antes da morte. Creio que seja título de um filme estadounidense também... Enfim, a ideia de que morreremos suscita sempre esse debate que, no final das contas, é sobre o sentido da vida.

Eu não tive até agora uma vida brilhante, ao contrário. Chego aos quarenta anos com mais perdas que conquistas numa existência que a maioria deve considerar muito insossa. Tenho hoje grandes responsabilidades e muito pouco tempo e dinheiro para prazeres. Todavia, sinto a promiscuidade e o alcoolismo sempre à espreita. Muitos consideram minha dedicação aos poemas uma espécie de vício. Se for, vejo como um mal menor, pois, escrever até onde eu saiba não adoece. Enfim, escrevo porque gosto, não por acreditar que meus poemas sejam relevantes nesse oceano de informação nos qual os lanço diariamente "like messages in a bottle"...

Fico feliz que, por puro acaso, essas mensagens cheguem a ti.

Abraços, RicardoC.