Poemas, frases e mensagens de Archangel

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Archangel

sem título... simplesmente existe.

 
Frases soltas, cuspidas ao vento
Sem pudor nem arrependimento.
No passado prisioneiro,
Mas ainda agarrado à vida,
Sou um inconstante estrangeiro
Do meu próprio corpo!
Gostava de me ver livre
Das memórias que me atormentam,
Do saber que tive tudo o que quis…
As lembranças que alimentam
Um passado onde fui feliz.
Mas tudo isso acabou…
Restam… memórias…
Resta… o pouco que agora sou,
As vertigens ilusórias
De abismos insondáveis,
De actos perdidos no passar dos dias,
Fúnebres cânticos imagináveis,
Alegrias que se foram
E não mais voltam…
Mas ainda importam?
Até um deserto possui oásis…
Conseguirei encontrar o meu?
Tudo tira quem tudo deu,
Tudo perde quem tudo encontra…
Se bebo o néctar de um copo de cristal,
O saboroso néctar desta festa
Que a vida representa,
Sei que apenas o cristal resta…
E a vida nada ostenta.
 
sem título... simplesmente existe.

Detesto este asterisco ao lado do titulo...

 
Estou caído no escuro,
Não vejo, mas sinto temor!
Rastejo um solo obscuro,
Inerte, vago, sem cheiro ou sabor…

Razões que ninguém me diz…
Dói, arde novamente
Os cortes abertos que eu fiz
No coração, na alma, na mente!

Eu sou apenas como tu…
Sinto mais, com mais intensidade?
Será que o meu corpo nu
Poderá ser, junto ao teu, realidade?

Não me amas, apenas sentes
Um corpo que também não ama…
As labaredas são beijos quentes
Que me beijam a cada chama!

As lágrimas não apagam este fogo!
Os sonhos são esperanças que perdi…
No mar ardente da decadência me afogo
Sem luta… não sofro, não amo, já morri!
 
Detesto este asterisco ao lado do titulo...

Não gosto nada de "rotular" poemas com titulos...

 
Não tenho sentidos que me ajudem
A ultrapassar a insensibilidade dos dias!
Os anjos perdidos não me acudem,
As minhas mãos são pedras frias…

Não tenho paz que cubra a sede
Nem sonhos que abracem o sono!
O meu rumo esbarra numa parede
Cimentada pelas asas do abandono…

Encontra-me, olha para mim, saboreia!
Minha boca não conhece o sabor…
Descobre que o instinto não serpenteia
Por entre o sangue sem calor

Do meu corpo frio, vago, inerte…
Arranca de mim este estado depressivo!
Tudo o que o meu coração verte
É sóbria beleza do acto impulsivo…
 
Não gosto nada de "rotular" poemas com titulos...

A questão.

 
Porquê?
Perguntas tu... ou pergunto eu.
Porque não?
Respondes tu... ou respondo eu.

Porque quem escreve
O que sente no coração
Liberta de ânimo leve
O que outros chamariam de inspiração

Mas inspiração não é,
É apenas o que eu sou
Despido de corpo e de fé.
É assim que a ti me dou.

Porquê?
Perguntas tu...
Porque não?
Respondo eu.
 
A questão.

Nos teus braços...

 
Numa noite prateada
Como a de hoje
É longa a estrada
Que a minha mente percorre
E absorve…
Aqui estou…
A fazer o quê?
Aqui estou…
Porquê?
A questão
Que tenho…
Quem sou…
De onde venho…
Quero morrer,
Partir,
Quero nascer
E sorrir…
Quero regressar
Ao passado,
Amar
E ser amado…
Aqui estou novamente…
Amarrado em cordas de dor,
Infectado,
Deprimente,
Sem calor
No corpo…
Vazio,
Absolutamente vazio…
Seco como um rio
Sem foz,
Triste e frio,
Sem voz
Incapaz de gritar o teu nome,
De chamar por ti…
Aqui estou…
Á tua espera…
Sozinho…
Quem me dera embriagar-me
No vinho
Do teu amor…
Ficar demente
No conforto suave
Do teu corpo quente…
O meu coração,
No seu aperto estreito,
Faz-me sonhar que possa ainda adormecer
Com a cabeça no teu peito,
Ouvindo o teu coração bater…
Depressão?
Talvez…
Mas não tenho defesa…
De cada vez
Que sinto um batimento cardíaco
Sinto dor,
Sinto mágoa,
Sinto um ardor,
Chagas…
Porque não pára ele de bater?
Não sentiria mais dor…
Aqui estou…
Sozinho…
Seria um recomeçar?
Como eu gostava que ele abrandasse,
Que batesse devagarinho,
Até parar…

Nos
teus braços...
 
Nos teus braços...

Agreste...

 
Sonhando, em sonhos, pelo sonhar,
Que sonhos pode uma alma dilacerada
Ter? Que alegrias pode alcançar?
Alma triste, em meu corpo encarcerada…

Como podes ousar um voo gracioso
Quando incessantemente te cortam as asas?
E se o choro é grito lapidário e doloroso
Poderá ser ouvido em cada lar, todas as casas?

Ah, corajoso coração cheio de vida
E com muita vida em ti para oferecer…
Sonhas em devaneios e de seguida
Vertes amor e saudade até morrer…

Mas vives ainda em receio, sem cura…
Os meus olhos fecham, em vão,
A minha mente é foz de amargura,
O meu olhar escondido é solidão…

A alma treme, o coração aperta, aperta…
Se pudesse viver um sonho! Ou apenas viver…
Minha alma não é alma, é porta aberta
Para as intempéries agrestes do meu ser…
 
Agreste...

sem título... simplesmente um mais...

 
Longa se torna a noite em espera,
Por entre rasgos de frio lancinante,
Por entre ondas de mágoa austera
Que não se espalham na praia distante

Que a minha alma sente estar
Cada vez mais longínqua do coração.
Poderá a água da chuva amar
Um oceano frio de desolação?

Chuva cai, mas não é água que chove
Nas terras férteis do imaginar…
É apenas um anjo que não se comove
Com a mágoa daqueles que vem magoar!

Longo se torna o dia em expectativa,
Por entre rasgos de solidão transitória,
Por entre efémeras ondas de dor lasciva
Que não mais existem senão na memória!
 
sem título... simplesmente um mais...

sem titulo... simplesmente está cá.

 
Ninguém vende as soluções
No mercado negro do existir…
Ninguém revela nas orações
Que ao rezar está a mentir!

Ninguém vende a esperança
Ao canto da praça do entristecer…
Quem busca nem sempre alcança
As estrelas do anoitecer!

Quem aguenta as picadas
Das agulhas do lamentar?
As vozes que cantam desalentadas
Entoando cânticos do serenar,

Entoam preces que levam a nada,
A não ser à súbita beleza acústica…
A minha alma é lâmina afiada
No meu coração de pedra rústica!
 
sem titulo... simplesmente está cá.

Sonhar...

 
Está uma mão
A segurar a minha…
Um coração
Que ampara
O meu…
Uma cara
Que sorri…
Uma alma
Que busca a minha,
Uma princesa,
Uma rainha
Que sem surpresa
Me conforta…
Não importa
Quem és,
De onde vens…
Liberta
As memórias reféns
Do coração que aperta
E não dá descanso…
E eu avanço…
Para ti!
Vem,
Dança comigo,
Bebe comigo,
Sem cerimónias
Ou perigo…
Existe um olhar
Que fixamente
Procura amar
Ardentemente…
Pelo menos estamos juntos
De mãos dadas…
As almas
Despreocupadas
São traços de destino
Errante,
São ironias, devaneios
De amante…
Deixa-me murmurar
Doces prosas…
Deixa-me cheirar
As belas rosas
Que adornam o teu cabelo…
Olho nos teus olhos
E o meu coração desfaz-se
Em estilhaços
Ao acordar…
Estava apenas…
Simplesmente…
A sonhar…
 
Sonhar...

Uma mulher, um anjo...

 
Nos seus olhos gentis me perdi
Para nunca mais me encontrar…
Se paz, se amor eu neles vi,
Não sei. Mas é mágico o seu olhar…

No seu cabelo doirado me refugiei,
No seu terno e indomável abrigo…
Se ternura, se desejo eu neles encontrei
Não sei… mas não os ter é castigo…

Desvaneci… no toque da sua pele sedosa
Senti a pureza de uma alma terna…
Todo o seu corpo se torna doce prosa
Que avidamente li com serenidade eterna!

Criatura tão bela não sei descrever…
Serei merecedor do seu belo olhar?
Ah… como gostaria de enlouquecer,
De me perder, no seu doce e suave beijar…
 
Uma mulher, um anjo...

Circulo com um unico sentido...

 
As decepções que demonstram o verdadeiro lugar onde pertencemos
São clarões de esperança.
As incertezas são o magnetismo de uma bússula desgovernada que tenta orientar as almas perdidas por entre estradas desertas e frias… trilhos solitários repletos de pó e cinzas dos sentimentos idos, aqui e ali pequenas pedras cimentadas pela cristalização das incessantes lágrimas dos viajantes alheios, desprovidos, quebrados… “salva-te a ti próprio”, diz o luar… mas que salvação existirá quando se tem presente que o sol não aquece, as sombras não ocultam… a vida é a extinção, o devaneio é a ilusão… os rostos são máscaras, a água é sede… as palavras são descanso, os sentimentos são temporários dissabores da alma!
O trilho não é infinito, nem tão pouco longo… não é duro, não é feroz… é apenas um circulo vicioso onde nos perdemos vezes e vezes sem conta para no fim vislumbrar uma silhueta que nos diz somente o que já sabemos: viajamos um mundo inteiro de atribulações, amarguras, prazeres, alegrias e tristezas… apenas para voltar ao inicio.
 
Circulo com um unico sentido...

Fate

 
Eu abraço a vida
Quando te abraço,
Eu sou a vida
Sem espaço
Nem tempo…
Sou livre
Sem saber
Onde estive,
Nunca vi
Nunca senti
Até ficar
Ao pé de ti…
Na tua alma
Me perco,
Perco a calma
O controlo
Do destino
Que nos juntou
Que não nos perguntou
Onde estivemos,
Simplesmente
Pertencemos um ao outro…
 
Fate