Sonetos : 

22748

 
Tragicamente aguardo o fim da história,
Trágica mente o fardo na memória
Entorna-se deveras, fere a pele,
E o canto que à loucura me compele

Promete nos encantos de uma glória,
Deixar algo que seja mais que escória,
Enquanto sem ter sonho que se atrele,
Tampouco o corpo inerte que alma vele

Imerso no passado mais sombrio,
Escrevo cada verso em desatino,
E busco esta meada, perco o fio,

A cândida presença da esperança,
Enquanto em solidão eu me amofino,
A morte, passo a passo, já me alcança...
Marcos Loures
 
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MARCOSLOURES
 
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Enviado por Tópico
Mariaa
Publicado: 12/01/2010 01:23  Atualizado: 12/01/2010 01:23
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Usuário desde: 23/08/2009
Localidade: Braga
Mensagens: 2621
 Re: 22748
A morte um dia será invitável,
mas não a chamemos que nos deixe
enquanto nosso corpo palpável
de viver e vida não se queixe...

E no entretanto algo notável
aqui faça o nosso sonho fixe,
algo tão belo e tão admirável
que faz com que a morte se lixe!

Vamos agarrar essa pontinha
de esperânça que ainda resta
e não largar mais essa linha...

E vamos ver a morte roidinha
por tanta alegria manifesta
e que a vida tão feliz caminha!

N Beijos e mil abraços soderais da amiga ao dispor
Mariaa